O mercado ilegal de armas de pequeno porte é alimentado pelos desvios de armas dos mercados legais, seja por meio de roubos, extravios, intermediação (brokering) ou tráfico formiga (como por exemplo, entre os EUA e o México, onde cerca de 90% das armas usadas no crime são provenientes dos EUA).
Contrariamente ao comércio de drogas, que é ilegal ao longo de todo o ciclo de vida (produção, transferências e uso), a maioria das armas produzem-se de forma legal e, por isso, controlada, sendo desviadas depois para os mercados ilegais.
No Brasil, a maioria das armas de pequeno porte encontra-se em posse civil; apenas 10% das armas se encontram em mãos militares. Tradicionalmente, as armas que eram consideradas uma ameaça à segurança pública eram as armas estrangeiras de uso restrito no Brasil, tais como fuzis de assalto e metralhadoras, de produção estrangeira.
Com o início do trabalho do Viva Rio, em 2000, particularmente depois da construção base de dados das armas acauteladas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (num dos estados mais violentos do país), as armas de pequeno porte de produção nacional passaram a ser consideradas relevantes.
Diversas pesquisas feitas por esta instituição mostraram que a maioria das armas apreendidas pela polícia eram revólveres e pistolas de fabricação brasileira. Entre os principais utilizadores de armas ilegais, encontram-se os cidadãos envolvidos na criminalidade organizada, delinquentes comuns, milícias, garimpeiros e madeireiros ilegais, cidadãos individuais e empresas de segurança privada informal/irregular.
A pesquisa do Viva Rio3 no Rio de Janeiro questionou assim o mito do arma do bem do “cidadão de bem”, chegando à conclusão de que 27 % das armas ilegais em circulação no Brasil eram de cidadãos e/ou empresas informais de segurança privada que não possuíam registro prévio.
Fatores de risco relativamente ao desvio das armas de fogo no Rio de Janeiro e/ou Brasil dos mercados legais para os ilegais (armas ilegais de uso criminal e armas ilegais de uso informal): em primeiro lugar, de ordem interna:
a) os roubos, furtos e vendas ilegais,
b) os roubos, perdas e vendas por parte dos agentes da lei;
c) o aumento da violência urbana, sobretudo entre jovens.
Em segundo lugar, de ordem externa:
a) desvio de países limítrofes;
b) a permeabilidade do Brasil ao tráfico de armas, dada a sua tríplice fronteira, acentuou o uso de arma de fogo em actividades criminosas e aumentou procura de armas de defesa, c) conflitos internos em países limítrofes, como a Colômbia.
Fonte: RELATÓRIO SEMINÁRIO “VIOLÊNCIA E ARMAS LIGEIRAS: UM RETRATO PORTUGUÊS” NÚCLEO DE ESTUDOS PARA A PAZ (NEP/CES) COIMBRA, 30 E 31 DE OUTUBRO DE 2008
Contrariamente ao comércio de drogas, que é ilegal ao longo de todo o ciclo de vida (produção, transferências e uso), a maioria das armas produzem-se de forma legal e, por isso, controlada, sendo desviadas depois para os mercados ilegais.
No Brasil, a maioria das armas de pequeno porte encontra-se em posse civil; apenas 10% das armas se encontram em mãos militares. Tradicionalmente, as armas que eram consideradas uma ameaça à segurança pública eram as armas estrangeiras de uso restrito no Brasil, tais como fuzis de assalto e metralhadoras, de produção estrangeira.
Com o início do trabalho do Viva Rio, em 2000, particularmente depois da construção base de dados das armas acauteladas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (num dos estados mais violentos do país), as armas de pequeno porte de produção nacional passaram a ser consideradas relevantes.
Diversas pesquisas feitas por esta instituição mostraram que a maioria das armas apreendidas pela polícia eram revólveres e pistolas de fabricação brasileira. Entre os principais utilizadores de armas ilegais, encontram-se os cidadãos envolvidos na criminalidade organizada, delinquentes comuns, milícias, garimpeiros e madeireiros ilegais, cidadãos individuais e empresas de segurança privada informal/irregular.
A pesquisa do Viva Rio3 no Rio de Janeiro questionou assim o mito do arma do bem do “cidadão de bem”, chegando à conclusão de que 27 % das armas ilegais em circulação no Brasil eram de cidadãos e/ou empresas informais de segurança privada que não possuíam registro prévio.
Fatores de risco relativamente ao desvio das armas de fogo no Rio de Janeiro e/ou Brasil dos mercados legais para os ilegais (armas ilegais de uso criminal e armas ilegais de uso informal): em primeiro lugar, de ordem interna:
a) os roubos, furtos e vendas ilegais,
b) os roubos, perdas e vendas por parte dos agentes da lei;
c) o aumento da violência urbana, sobretudo entre jovens.
Em segundo lugar, de ordem externa:
a) desvio de países limítrofes;
b) a permeabilidade do Brasil ao tráfico de armas, dada a sua tríplice fronteira, acentuou o uso de arma de fogo em actividades criminosas e aumentou procura de armas de defesa, c) conflitos internos em países limítrofes, como a Colômbia.
Fonte: RELATÓRIO SEMINÁRIO “VIOLÊNCIA E ARMAS LIGEIRAS: UM RETRATO PORTUGUÊS” NÚCLEO DE ESTUDOS PARA A PAZ (NEP/CES) COIMBRA, 30 E 31 DE OUTUBRO DE 2008
De acordo com a pesquisa coordenada por Ana Uritia (Anistia Internacional) "O impacto das armas nas vidas das mulheres", a violência doméstica torna-se mais letal quando combinada com a arma de fogo.
"Mesmo que elas não sejam as principais vítimas ou agressoras, sabemos pelos dados do Ministério da Saúde que quase 50% das mulheres que morrem por homicídio no Brasil tem como causa a arma de fogo", explica Jéssica Galeria, coordenadora da pesquisa "Mulheres e meninas no contexto da violência armada no Rio de Janeiro".
Veja mais informações nas reportagens:
Mobilização feminina pelo desarmamento
"Mesmo que elas não sejam as principais vítimas ou agressoras, sabemos pelos dados do Ministério da Saúde que quase 50% das mulheres que morrem por homicídio no Brasil tem como causa a arma de fogo", explica Jéssica Galeria, coordenadora da pesquisa "Mulheres e meninas no contexto da violência armada no Rio de Janeiro".
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Advierten que las armas ligeras incrementan la violencia de gênero
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Sarney quer plebiscito sobre desarmamento para outubro
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¿Por qué desarmar?
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¿Por qué desarmar?
Muito bem, Cida,
ResponderExcluirMais uma chance para a vida.
Conte comigo.
Tô dentro e desarmado.
Rosimar Silva
Portal Girbrasil