ANCED - Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente;
FNDCA - Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; e,
SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.
“Eu não quero ser igual à minha mãe e fingir que nada aconteceu. Eu quero tomar uma atitude, ser honesta comigo mesma, mostrar para todos quem ele é”. Frase da filha que fez a denúncia contro o pai.
“ (...) já atendi muitas crianças, adolescentes e mulheres que sofreram violências. Essas pessoas me ensinaram muito sobre os seus sentimentos em relação à violência sofrida. Elas sentem raiva, ódio de quem as machucaram e humilharam. Mas um outro sentimento as atormentam demais: a magoa. Elas sentem uma magoa profunda de quem elas confiavam e amavam, mas que nunca as protegeram de verdade. Ou seja, se existe alguém que fere o outro, existem sempre muitos que não impediram que essa ferida fosse aberta. Se queremos ajudar as vítimas, só tem um caminho: não ser também cúmplices das violências, não negligenciar o sofrimento do outro” . Cida Alves, 2011
Filha denuncia advogado por abuso sexual em Bauru, SP
Jovem contou ter sofrido abusos entre os 8 e 16 anos.
Cunhada e sobrinha do suspeito também o denunciaram.
Mãe teria tentado agredir filhos ao saber de denúncia.
Polícia informou que pedirá prisão preventiva do casal de Bauru, SP.
Queria estar lá hoje à noite!
Sempre tive uma grande dificuldade de gravar letras de música, mas essas eu sei de cor.
“Perto do aniversário de 15 anos da morte de Renato Russo, o Rock In Rio fará uma grande homenagem à banda Legião Urbana. Importantes nomes da música nacional se encontrarão no principal palco do evento. Rogério Flausino, Toni Platão, Pitty, Herbet Vianna, Dinho Ouro Preto, o baterista Marcelo Bonfá e o guitarrista Dado Villa-Lobos serão acompanhados pela Orquestra Sinfônica Brasileira”. (fonte: G1 em 29 de setembro de 2011)
Set List previsto (informação da Assessoria de Imprensa)
1) Medley com vários sucessos (apenas a Orquestra)
2) Tempo perdido (Rogério Flausino)
3) Quase sem querer (Rogério Flausino)
4) Quando o sol bater (Toni Platão)
5) Índios (Pitty)
6) Teatro dos vampiros (Marcelo Bonfá)
7) Será (Herbert Vianna)
8) Por enquanto (Dinho Ouro Preto)
9) Pais e filhos (todos os convidados)
Veja mais AQUI
Caros amigos e parceiros,
Tenho a satisfação de divulgar para vocês a realização da Audiência Pública convocada pela Comissão Especial que está analisando o PL 7672/2010.
Foram convidados os seguintes Conselhos para discutir o tema: CONANDA, CNAS, CNS E CNJ. Certamente os conselhos poderão contribuir muito para a discussão.
Vamos nos mobilizar e participar dessa importante discussão!
Abraços,
Marcia Oliveira
Rede Não Bata Eduque
Veja mais sobre a audiência
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 7672, DE 2010, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990, QUE DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, PARA ESTABELECER O DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE SEREM EDUCADOS E CUIDADOS SEM O USO DE CASTIGOS CORPORAIS OU DE TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE"
54ª Legislatura - 1ª Sessão Legislativa Ordinária
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
DIA 27/09/2011
LOCAL: Anexo II, Plenário 16
HORÁRIO: 14h30min
Reunião Ordinária:
A) - AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES DOS SEGUINTES CONSELHOS:
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente;
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social;
CNS - Conselho Nacional de Saúde; e,
CNJ - Conselho Nacional de Justiça; e,
TEMA: Discussão sobre a prática dos castigos corporais ou de tratamentos degradantes empregados na educação de crianças e adolescentes no nosso país.
B) Deliberação de requerimentos.
Vitimização física de crianças e de adolescentes | |||||||||
Meios da agressão/idade da vítima | 11m | 1-2a | 3- 4a | 5- 6a | 7-10 | 11-13 | 14-18 | Total | % |
Socos | 6 | 3 | 1 | 4 | 5 | 2 | 13 | 34 | 8,2 |
Pontapés | 1 | 1 | 1 | - | 1 | 6 | 6 | 16 | 3,9 |
Beliscão/empurrão/imobilizar | 9 | 5 | 2 | 1 | 2 | 2 | 2 | 25 | 5,5 |
Esganadura | - | - | - | - | 1- | - | 2 | 3 | 0,7 |
Afogamento/imersão | 2 | - | - | 1 | - | - | - | 3 | 0,7 |
Agressão com instrumento | 2 | 5 | 6 | 11 | 24 | 18 | 21 | 87 | 21,0 |
Queimaduras | 1 | 2 | 2 | 3 | 3 | 2 | 2 | 15 | 3,6 |
Ingestão forçada de álcool/psicotrópicos | - | 1 | 2 | 1 | 1 | - | 1 | 6 | 1,4 |
Ameaça de morte | - | - | - | 1 | - | - | 1 | 2 | 0,5 |
Negligência | 3 | 2 | 3 | - | 2 | 2 | - | 12 | 2,9 |
Agressão com arma | - | 1 | - | - | - | 1 | 5 | 7 | 1,7 |
Sem informação | 15 | 22 | 21 | 19 | 51 | 41 | 38 | 207 | 49,9 |
Total | 39 | 42 | 38 | 41 | 90 | 74 | 91 | 415 | |
% | 9,4 | 10,1 | 9,2 | 9,9 | 21,7 | 17,8 | 21,9 | 100 |
“cotidianamente com sentimentos de raiva, ambivalência do afeto e do ódio que sentem pelos familiares e a aceitação do fato de que as dores que sentiram foram merecidas, ao reconhecerem que a agressão por eles sofridas esteve respaldada no amor e na necessidade cultural de educá-los. É o aprendizado da violência e da vida acontecendo simultaneamente para essas crianças e adolescentes. E, no entanto, hoje é de domínio público que a violência intrafamiliar potencializa a violência social” (ASSIS; DESLANDES 2005, p. 51).
“A sociedade colhe o que planta pela maneira como cria seus filhos. O estresse esculpe o cérebro para que exiba comportamentos anti-sociais, embora adaptativos. Quer o trauma venha na forma psicológica, emocional ou física, ou pela exposição à guerra, fome ou pestilência, o estresse pode disparar uma onda de mudanças hormonais que permanentemente estruturam o cérebro para lidar como o mundo malévolo. Por essa corrente de eventos, a violência e o abuso passam de geração para geração e de uma sociedade para outra. Nossa conclusão é de que vemos a necessidade de fazermos muito mais para garantir que o abuso infantil não aconteça, porque uma vez que essas alterações cerebrais acorrerem, pode não haver retorno” (TEICHER, 2002, p. 7).
Programação do Seminário:
22 de Setembro de 2011
08:00h Entrega do Material
08:30h Abertura
09:15h Conferência: “Bullying e Palmada: Lei e repercussões psicossociais na saúde mental da criança”
Márcia Oliveira
Representante da Rede Não Bata Eduque
Maria Aparecida Alves da Silva
Núcleo de Prevenção das Violências e Promoção à Saúde (SMS de Goiânia)
10:30h Debate
11:00h Coquetel
Local: Auditório Jaime Câmara
14:00h Fórum A Voz e a Vez das Crianças
Tema: “A educação de valores éticos e morais na infância como forma de prevenção da violência”
Grupo Gwaya - Contadores de História
Universidade Federal de Goiás
15:30h Vivência e Elaboração de Documento
16:30h Apresentação do Fórum A Voz e a Vez das Crianças no Auditório Jaime Câmara
Local: Auditório Carlos Eurico (público: crianças)
14:00h Mesa Redonda: “Bullying: Ações e Experiências de Prevenção”
Cyberbullying
Evelyn Rocha
Especialista em educação
Os Desafios da Escola no Combate ao Bullying
Mércia Rosana Chavier
Coordenadora do CMAI (SME)
Prevenção de Violências
Orozimbo Júnior
Membro da equipe do CAPSi Água Viva
16:00h Debate
16:30h Apresentação do Fórum A Voz e a Vez das Crianças
17:00h Apresentação Artística
17:30h Encerramento
Local: Auditório Jaime Câmara
23 de Setembro de 2011
08:00h Mesa Redonda: “A Lei da Palmada”
Relato de Experiências de Familiares
Hilda da Cunha Ferreira Mata
Denner Edilton Félix Fontinelli
A Autoridade dos Pais nos Dias de Hoje
Ordália Alves Junqueira
Membro da Escola Brasileira de Psicanálise – DG GO/DF
A Família como Fator de Proteção
Vera Morselli
PUC/Goiás
A Escola e os Modelos de Prevenção
Sirley Aparecida de Souza
Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação - UFG
11:00h Debate
11:30h Coquetel
Local: Auditório Jaime Câmara
13:30 ás 15:00h Psicopatologia da Infância
Paulo Verlaine
Psiquiatra da Infância e Adolescência/Prof.PUC-GO
15:20 às 15:50h Tratamento e Medicalização
Edison Arantes Faria Filho
16:00 às 17:30h Redes Sociais e a Instigação do Suicídio na Infância e Adolescência
Marcelo Trindade
Psiquiatra da Infância e Adolescência HC/FMUFG e CAPSi-SMS
17:30h Encerramento
Local: Auditório Jaime Câmara
Realização:
CAPSi Água Viva
Rua 115, nº 341 – Setor Sul
Goiânia – Goiás
gentecrescente@gmail.com
Telefone: 3524-1660
www.goiania.go.gov.br /
O lugar da verdade não é nas sombras
A mulher que ousou acreditar na verdade ainda que ela fosse atroz.
Com o fim da guerra da Bósnia, as mulheres que sobreviveram aos estupros coletivos levaram a público as violências cometidas pelas forças armadas militares e paramilitares sérvias. A própria atrocidade dos relatos sobre os estupros na Bósnia depôs contra essas mulheres. Quem ouvia os testemunhos das mulheres bósnias não conseguia acreditar nas crueldades relatadas.
A promotora Carla Del Ponte reconheceu como verdadeiros os “incríveis” relatos das vítimas da limpeza étnica promovida pelo ditador Milosevic
Após o fim da guerra da Croácia (1991) os estupros foram confirmados, no entanto, o seu caráter sistemático, as práticas de enclausuramento e de gravidez forçada só vieram a tona durante a guerra da Bósnia (1992 – 1995).
Estupro como arma de gerra
“A guerra na ex-Yuguslávia ensinou ao mundo que o estupro poderia ser não apenas o ‘repouso’ e o butim do guerreiro – o que já é, em si, insuportável –, mas se tornar objeto de um programa sistemático, constituindo-se numa arma de guerra e um elemento de uma estratégia militar desejada, consciente e determinada.
Assim, a novidade nos estupros de guerra é o fato de essa agressão ser usada politicamente, a sua "estatização", o fato de serem geridos por autoridades militares. ‘Às atrocidades 'habituais' cometidas por todos os exércitos do mundo (violações, torturas, pilhagens...), o regime de Milosevic acrescentou a violação organizada em campos previstos para esse efeito, e de acordo com modalidades precisas.’
Nos ‘campos de violação’, como ficaram conhecidos os locais onde esse crime era perpetrado de modo sistemático, tratava-se de conservar a mulher violada em vida e de impedi-la de abortar. Elas eram mantidas prisioneiras ali até atingirem os seis meses de gravidez.
Os torturadores, voluntários ou forçados, de Milosevic aplicaram escrupulosamente esse princípio. Tratava-se, através da violação política, não somente ‘serbacisar’ o sangue não-sérvio, mas também destruir a identidade e a honra das populações visadas sujando o que elas tinham como o mais caro. ‘O violador diz à mulher bósnia que viola: 'Terás uma criança sérvia’. Como os fascistas espanhóis que pichavam sobre os muros: ‘Morreremos talvez mas as vossas mulheres darão nascimento a crianças fascistas!’. Num caso como no outro, o estupro é uma mensagem dos vencedores aos vencidos”.
Estupro em massa com a finalidade de limpeza étnica:
Entre 20.000 a 44.000 mulheres foram sistematicamente violentadas pelas forças sérvias. Estes atos foram realizados no leste da Bósnia, durante os massacres de Foca e em Grbavica, durante o cerco de Sarajevo. Em menor escala, há evidências de que unidades bósnias também realizaram esta prática com as mulheres sérvias em Kamenica, Rogatica, Kukavice, Milici, Klisa, Zvornik e outras cidades.
Pela força de muitas mulheres que lutaram para que a sua verdade fosse reconhecida, em 27 de junho de 1996, o Tribunal Penal Internacional incriminou, pela primeira vez, o estupro como crime contra a humanidade.
Em maio de 2005, a destemida procuradora Carla del Ponte exibiu aos juízes do tribunal um filme sobre os massacres em Srebrenica. Um fotógrafo amador fez a histórica filmagem: as mulheres, várias estupradas, eram expulsas de suas casas, jogadas em caminhões e obrigadas a deixar a região. As crianças, os adolescentes e os adultos do sexo masculino foram executados depois de amarrados com as mãos para trás.
No Tribunal Penal Internacional a procuradora Carla del Ponte acusa Milosevic e Mladic de autorizar, para a criação da "Grande Sérvia", uma "limpeza étnica" nos Balcãs”.
Entre os crimes cometidos sob o comando de Milosevic e de Mladic estão o massacre de 8 mil meninos e homens mulçumanos em Srebrenica, os estupros sistemáticos de milhares de mulheres bósnias e tráfico de órgãos humanos.
Os filmes A vida secreta das palavras e Última guerra (Savior) trazem à tona as violências sofridas pelas mulheres na guerra da sérvia.
Lírico, belo… Um dos melhores filmes que assistir nos últimos tempos. Imperdível!!!
Um filme, que sem omitir o sofrimento dilacerante de seus personagens centrais, enaltece a esperança no humano.
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NAHOUM-GRAPPE, Véronique. Da dimensão sexual de uma guerra: os estupros em série como arma na ex-Iugoslávia, 1991 – 1995. In: SCHPUN, Mônica Raisa. Masculinidades. São Paulo: Boitempo Editorial, Santa Cruz do Sul, Eunise, 2004.