26 de abr. de 2020

"Grândola, Vila Morena" - a força e a história de uma canção libertária



Grândola, Vila Morena

“Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena [...]”

José Afonso







20 de abr. de 2020

Que a alegria e a criatividade de Morais Moreira façam morada em nossos corações



“Vou mostrando como sou
E vou sendo como posso
Jogando meu corpo no mundo
Andando por todos os cantos
E pela lei natural dos encontros
Eu deixo e recebo um tanto
E passo aos olhos nus
Ou vestidos de lunetas
Passado, presente
Participo sendo o mistério do planeta


Novos Baianos





12 de abr. de 2020

Esperanza - Alexis Valdés



Esperanza

Cuando la tormenta pase
Y se amansen los caminos
y seamos sobrevivientes
de un naufragio colectivo.

Con el corazón lloroso
y el destino bendecido
nos sentiremos dichosos
tan sólo por estar vivos.

Y le daremos un abrazo
al primer desconocido
y alabaremos la suerte
de conservar un amigo.

Y entonces recordaremos
todo aquello que perdimos
y de una vez aprenderemos
todo lo que no aprendimos.

Ya no tendremos envidia
pues todos habrán sufrido.
Ya no tendremos desidia
Seremos más compasivos.

Valdrá más lo que es de todos
Que lo jamas conseguido
Seremos más generosos
Y mucho más comprometidos

Entenderemos lo frágil
que significa estar vivos
Sudaremos empatía
por quien está y quien se ha ido.

Extrañaremos al viejo
que pedía un peso en el mercado,
que no supimos su nombre
y siempre estuvo a tu lado.

Y quizás el viejo pobre
era tu Dios disfrazado.
Nunca preguntaste el nombre
porque estabas apurado.

Y todo será un milagro
Y todo será un legado
Y se respetará la vida,
la vida que hemos ganado.

Cuando la tormenta pase
te pido Dios, apenado,
que nos devuelvas mejores,
como nos habías soñado.


Poema escrito por el humorista cubano Alexis Valdés


5 de abr. de 2020

Chega de Saudades - Laís Bodanzky




“Se ela andava no jardim,
Que cheiro de jasmim,
Tão branca do luar...
Eis tenho a junto a mim,
Vencida é minha, enfim,
Após tanto a sonhar...
Por que entristeço assim?
Não era ela, mas sim,
O que eu quis abraçar,
A hora do jardim...
O aroma de jasmim...
A onda do luar...” 

O poema simbolista de Camilo Pessanha que encerra o filme, veio parar ali direto de uma aula de cursinho, quando um professor leu o poema após uma minha desilusão amorosa. O poema que nunca mais esqueci, que é a farsa de uma lírica romântica, já que na verdade faz sucumbir todos os preceitos do romantismo clássico, jogando por terra os pilares do amor idealista e afirmando de modo tão subversivo quanto libertador a frugalidade e a efemeridade de um encontro amoroso que só faz sentido pela circunstância, caiu como uma luva para o momento da história. A SUBVERSÃO AMOROSA É A MAIOR REDENÇÃO DE CHEGA DE SAUDADE, QUERO CRER. O casal de jovens, na plenitude de sua beleza não possui ferramentas para manter vivo nenhum tipo de amor, não têm experiência para escapar das armadilhas do amor institucional, enquanto o outro casal, com barriga e rugas, sinais do tempo, possui ferramentas capazes de afirmar um amor original, seja lá de que moral for, quando tudo em torno conspirava terrivelmente contra” (Luiz Bolognesi  - Roteiro do Filme Chega de Saudade).