10 de set. de 2011

Proteja a vida de quem você ama: não guarde armas de fogo dentro de casa

 

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“Não há lugar seguro para esconder arma em casa”, afirma o especialista em segurança Rodrigo Pimentel

Acesse AQUI a entrevista com Rodrigo Pimentel

 

Acidentes com armas é mais comum que você imagina

Diariamente são registradas inúmeras ocorrências envolvendo acidentes com armas de fogo.

A falta de treinamento, o desconhecimento de regras básicas de segurança no manuseio e a situação de estresse no momento de precisar usá-la têm originado mortes ou ferimentos de inocentes ou do próprio proprietário do revólver ou pistola.

Acidentes com armas é mais comum que você imagina

Algumas ocorrências que ocorrem diariamente no Brasil:

Bebê de seis meses é morto pelo pai
Um bebê de apenas seis meses foi morto com um tiro de espingarda disparado pelo próprio pai. O incidente ocorreu no distrito de Cariparé, zona rural de Riachão das Neves, na Bahia. Segundo a mãe da criança, o objetivo do marido era matá-la por ter saído de casa, mas o tiro acabou atingindo o bebê que estava no seu colo. O lavrador Marcos Merciano Figueiredo, que está foragido, ainda tentou atirar novamente, mas foi impedido pelas pessoas que estavam no local.
Fonte: A Tarde 8/9/2005


Menina de seis anos é morta por engano por primo
Uma menina de seis anos foi morta com um tiro disparado por um primo, no domingo (4), em Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. O crime aconteceu durante uma briga conjugal entre o rapaz e sua esposa. O motoboy Alenilton Ribeiro Costa, de 21 anos, teria pego a arma e atirado durante a discussão. O tiro pegou de raspão no ombro da mulher, mas atingiu a menina que morreu a caminho do hospital.
Fonte: O Globo 4/9/2005

Homem mira na mulher e mata a filha
Uma tragédia familiar chocou a cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Depois de discutir e tentar atirar na esposa, um pedreiro acabou matando a própria filha de sete anos. O pedreiro de 48 anos chegou à sua residência e começou uma discussão com a mulher, uma costureira de 31 anos. Nervoso, sacou de um revólver calibre 38 e ameaçou atirar na companheira. Observando a cena e chorando, a menina abraçou-se à mãe para interromper a discussão. O pedreiro apontou o revólver para a esposa e apertou o gatilho. A arma falhou cinco vezes. Na sexta tentativa, a criança jogou-se no colo da mãe e foi atingida por um disparo que lhe atravessou o peito. O homem fugiu, mas foi detido pela Brigada Militar.
Fonte: Correio do Povo 4/9/2005


Menina é morta com tiro acidental em João Pessoa
Uma garota de oito anos morreu após ser atingida no queixo por um tiro acidental dentro de sua casa, no bairro de Mandacaru, em João Pessoa, na Paraíba. Segundo a mãe da menina, o disparo foi efetuado quando a filha pegava uma toalha, que estava em cima do guarda-roupa, com um revólver calibre 38 enrolado. A arma pertencia ao companheiro da mãe da criança, que fugiu levando o revólver, antes da chegada da polícia. Os vizinhos ainda socorreram a criança que morreu quando estava sendo levada para o centro cirúrgico.
Fonte: Correio da Paraíba


Homem é ferido acidentalmente
Em Cascavel - CE, no mesmo dia em que uma mãe foi morta acidentalmente pelo filho, com um tiro de espingarda, aconteceu outro acidente com arma de fogo. Conforme o Comando de Policiamento do Interior, um adolescente disparou contra Enoque Edimilson dos Santos, 34, ferindo-lhe no tórax. Enoque foi levado para o Hospital Municipal de Chorozinho e depois transferido para o Instituto José Frota. O acidente ocorreu na localidade de Brito. O adolescente foi apreendido e levado para prestar esclarecimentos na Delegacia de Cascavel.
Fonte: Jornal O Povo 3/9/2005


Acidente: filho mata a mãe com tiro
A doméstica Maria Célia Gomes Nogueira, casada, 45, foi morta, em Cascavel, a 60 quilômetros de Fortaleza-CE, com um tiro acidental de espingarda, disparado pelo próprio filho Anacélio da Silva Nogueira, 21. De acordo com a polícia, o caso acorreu quando Anacélio disparou no quintal da casa para matar um capote a pedido da mãe. Ele contou que no momento em que apontava a espingarda para acertar o capote foi justamente no momento em que sua mãe passava. A vítima ainda foi socorrida para o hospital de Chorozinho, onde morreu.
Fonte: Jornal O Povo 03/09/2005

Arma de fogo não é brinquedo, é coisa séria e por isso deve ser usada por pessoas habilitadas, treinadas e capacitadas.

Acompanhe alguns dados estatísticos que envergonham o Brasil:

- Mortes por arma de fogo: 30,1%
- Mortes em acidentes de trânsito: 25,9%
- Mortes por outras causas externas: 44%

. O Brasil é o país onde mais se mata com arma de fogo em todo o mundo [1]. São mais de 38.000 mortos todos os anos!

. A cada 15 minutos um brasileiro morre vítima de arma de fogo [2].

. Segundo a AACD – Associação de Assistência à Criança com Deficiência, 40.8% dos pacientes com lesão medular que procuram seus centros de reabilitação foram vítimas de armas de fogo. Esses pacientes se tornaram tetraplégicos ou paraplégicos.
. Mais de 83% dos pacientes avaliados pela AACD eram homens.
. No grupo de pacientes de 12 a 18 anos, as lesões medulares por armas representam 61% dos casos.
. O Brasil responde, aproximadamente, por 3% da população mundial, mas ao mesmo tempo responde por 8% das mortes por arma de fogo no mundo [3].


. Estima-se que o número total de armas em circulação no Brasil seja de 17,5 milhões.


Apenas 10% dessas armas pertencem ao Estado (forças armadas e polícias), o resto, ou seja, 90% estão em mãos civis. Está na hora deste país se desarmar! [4].

Se considerarmos todas as mortes (naturais ou por causas externas) dos jovens brasileiros (15 a 24 anos), 38,8% acontecem por armas de fogo! Acidentes de trânsito somam 16% [5].

Mortes por PAF (projétil de arma de fogo): 38,8%
Mortes em acidentes de trânsito: 16%
Mortes por causas naturais: 19,8%
Mortes por outras causas: 25,4%

A taxa de mortes por arma de fogo no Brasil é de 21,8 por 100 mil habitantes. Já entre homens de 20 a 29 anos esta taxa é 5 vezes maior: 103,1 por 100 mil habitantes [6].
Fontes:

[1] Fonte: United Nations International Study on Firearm Regulation. United Nations, New York, 1998
[2] Fonte: DATASUS, 2002
[3] Fonte: Small Arms Survey, 2004 – Análise ISDP.
[4] ISER-Small Arms Survey, 2005.
[5] SUS / ISER 2002
[6] ISER, Brasil: as armas e as vítimas, 2005

Colaboração: site TUDO SOBRE SEGURANÇA – adminstrado por Jorge Lordello, especialista em segurança pública e privada e pesquisador criminal.

 

Campanha Nacional de Desarmamento: veja abaixo uma iniciativa de promoção da cultura de paz

Lei que institui Semana Estadual do Desarmamento Infantil é sancionada

Foi sancionada pelo Governador do Estado, e já está em vigor desde o dia 29 de agosto, a Lei nº 17.401/11, de autoria do Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, deputado Mauro Rubem (PT), que institui a Semana Estadual do Desarmamento Infantil.

O objetivo da nova lei é promover anualmente, na semana do dia 12 de outubro, o desenvolvimento de atividades, campanhas e projetos de incentivo ao desarmamento das crianças, através da promoção de concursos de redação, monografias, produção de imagens e organização de atos públicos.

A proposta prevê o desenvolvimento de trabalhos de conscientização voltados para as famílias goianas, em parceria com escolas públicas e privadas, as quais poderão efetuar parcerias com organizações não governamentais (ONGs), associações profissionais, órgãos públicos estaduais e outras entidades afins para implementar os objetivos pretendidos pela Semana Estadual do Desarmamento Infantil.

A proposta também prevê a criação de postos de troca de armas ou de quaisquer outros brinquedos relacionados à violência, durante a semana, por outros que valorizem o esporte, integração social, afetividade, educação, cultura, bem como o desenvolvimento intelectual e da coordenação motora.

Mauro Rubem justifica sua iniciativa afirmando que a medida visa conscientizar as crianças não apenas sobre o uso de armas, mas também sobre a violência subentendida e enraizada em seu manuseio. O petista argumenta que a semana convida crianças e adultos à reflexão sobre os efeitos da banalização da violência.

Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participtiva.

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