1 de mai. de 2016

De mentes tacanhas a gigantes do pensamento mundial já ouvimos idiotices demais sobre nós mulheres. Que se calem!

"La anatomía es el destino. Las niñas sufren toda la vida el trauma de la envidia del pene tras descubrir que están anatómicamente incompletas" .
Freud





Filósofos e pensadores contra as mulheres



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Se não conseguem romper com as correntes da misoginia, silêncio!
Deixem que outros sons, cores e poesias os curem deste mal.




"A Origem do Mundo", de Gustave Courbet (1819-1877)




A Mulata Grande de Carybé







O AMOR

Na selva amazônica, a primeira mulher e o primeiro homem se olharam com curiosidade. Era estranho o que tinham entre as pernas. – Te cortaram? – perguntou o homem.
– Não – disse ela.
 – Sempre fui assim.
Ele examinou-a de perto. Coçou a cabeça. Ali havia uma chaga aberta.
Disse:
– Não comas mandioca, nem bananas, e nenhuma fruta que se abra ao amadurecer. Eu te curarei. Deita na rede, e descansa. Ela obedeceu.
Com paciência bebeu os mingaus de ervas e se deixou aplicar as pomadas e os unguentos. Tinha de apertar os dentes para não rir, quando ele dizia:
– Não te preocupes. Ela gostava da brincadeira, embora começasse a se cansar de viver em jejum, estendida em uma rede. A memória das frutas enchia sua boca de água. Uma tarde, o homem chegou correndo através da floresta. Dava saltos de euforia e gritava:
– Encontrei! Encontrei! Acabava de ver o macaco curando a macaca na copa de uma árvore.
– É assim – disse o homem, aproximando-se da mulher.
Quando acabou o longo abraço, um aroma espesso, de flores e frutas, invadiu o ar. Dos corpos, que jaziam juntos, se desprendiam vapores e fulgores jamais vistos, e era tanta formosura que os sóis e os deuses morriam de vergonha.



EL AMOR

En la selva amazónica, la primera mujer y el primer hombre se miraron con curiosidad. Era raro lo que tenían entre las piernas.
-Te han cortado? -preguntó el hombre.
-No -dijo ella-. Siempre he sido así.
Él la examinó de cerca. Se rascó la cabeza. Allí había una llaga abierta.
Dijo:
-No comas yuca, ni plátanos, ni ninguna fruta que se raje al madurar. Yo te curaré. Echate en la hamaca y descansá.
Ella obedeció. Con paciencia tragó los menjunjes de hierbas y se dejó aplicar las pomadas y los ungüentos. Tenía que apretar los dientes para no reírse, cuando él le decía:
-No te preocupes.
El juego le gustaba, aunque ya empezaba a cansarse de vivir en ayunas y tendida en la hamaca. La memoria de las frutas le hacía agua la boca.
Una tarde, el hombre llegó corriendo a través de la floresta. Daba saltos de euforia y gritaba:
-¡Lo encontré! ¡Lo encontré!
 Acababa de ver al mono curando a la mona en la copa de un árbol.
 -Es así -dijo el hombre, aproximándose a la mujer.
Cuando terminó el largo abrazo, un aroma espeso, de flores y frutas, invadió el aire. De los cuerpos, que yacían juntos, se desprendían vapores y fulgores jamás vistos, y era tanta su hermosura que se morían de vergüenza los soles y los dioses.






Guadi Galego – Matriarcas  (letra na pantalla)



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