17 de jul. de 2010

Amigos e amigas do Blog

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Os números são claros, a maioria das notificações registradas no Sistema de Vigilância em Violências e Acidentes (VIVA) do Ministério da Saúde (BRASIL, 2009) é de violências de natureza física. Os dados de atendimento por violências e acidentes em serviços de saúde de urgência e emergência em municípios selecionados no país mostram a grande freqüência de violência física em crianças e adolescentes.

Do ponto de vista da morbidade medida pelas internações hospitalares no Sistema Único de Saúde,
verifica-se elevada ocorrência de traumatismo de crânio em crianças. No Brasil, em 1998, foram internadas por essa causa 16.376 crianças menores de 10 anos, com predomínio também do sexo masculino. Quanto a idade 56,8% eram menores de 5 anos, sendo representativo o número de internações em menores de 1 ano (BRASIL, 2005).

No entanto, ainda persiste a aceitação social de práticas de violências físicas intrafamiliares na educação de crianças e adolescentes. A comunidade, a família, e a escola queixam-se da violência expressa por crianças, adolescentes e jovens, porém é completamente permissiva com relação a violência que os adultos perpetram nas novas gerações. Educamos com violência física e psicológica os nossos filhos e nos assombramos quando estes expressam a sua importante aprendizagem social: seu comportamento também violento.

Em Goiânia (GO) existem valorosos profissionais que atuam na área de defesa dos direitos de crianças e adolescentes, em especial no enfrentamento de situações que envolvam situações de exploração do trabalho infantil e da exploração e violência sexual. Mas, lamentavelmente, ainda são poucos os que se engajaram na luta pela erradicação dos castigos físicos e humilhantes em crianças e adolescentes.

Em dezembro de 2009, ao participar do
I Simpósio Nacional de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – pela erradicação dos castigos físicos e humilhantes, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, pude encontrar muitas pessoas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo inteiro que não tratam a violência física e psicológica que afeta crianças e adolescentes como um problema secundário, mas sim como uma prioridade absoluta. Uma dessas pessoas é a jornalista Eleonora. Ramos – coordenadora do Projeto Proteger - Infância sem Dor e sem Medo, desenvolvido na Bahia, que gentilmente disponibilizou para postagem no blog Educar sem violência o artigo abaixo.

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