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Os signatários abaixo identificados manifestam publicamente seu apoio ao Deputado Estadual MAURO RUBEM (PT-GO), defensor dos Direitos Humanos, presidente da respectiva comissão no parlamento goiano, ameaçado nas Redes Sociais pelo Coronel PM, reformado, Carlos Macário, que publicou:
Coronel da PM de Goiás ameaça Deputado Estadual em rede social
“Ainda ele vai encontrar quem o enfrente cara a cara. Sua vez chegará. A Polícia Militar não ficará órfã de defensor...”(Comentário postado pelo Coronel Carlos Macário).
O coronel, ex-subcomandante geral da corporação, foi um dos presos pela Polícia Federal, em 2011, na operação “Sexto Mandamento”, que investigava a participação de policiais goianos em grupos de extermínio. O inquérito ainda segue aberto na justiça. Atualmente o coronel aguarda em liberdade a conclusão da Ação Penal, que corre em segredo de justiça, sobre um assassinato, ocorrido durante as investigações.
O Deputado teve essas ameaças confirmadas, assumidas e com promessa de execução das mesmas, por alguns dos seguidores internautas do coronel. O desrespeito, o deboche e o descaso com que muitos comentários tratam os direitos e a pessoa humana, conduzem a publicação a um nível muito baixo de cidadania e civilidade, incompatível com o esperado de agentes públicos responsáveis por garantir o direito fundamental à Segurança Pública, como parece ser o caso de parte do grupo de seguidores virtuais do coronel, no qual se incluem militares da ativa e coloca em risco todos aqueles e aquelas que atuam na defesa desses direitos em Goiás.
“porque a equipe deve ser muito medrosos, se fosse eu mostrava pra esse Mauro Rubem que a polícia militar do estado de Goiás [...] minha mão já ta coçando viu seu deputado despreparado, seu canalha [...]” (comentário postado por um contato do Coronel Macário).
A vida é um dom e um bem inestimável e a história da humanidade, em todas as latitudes, caminha, cada vez mais, para a valorização e proteção deste tesouro. Apoiamos os direitos humanos e seus defensores.
Entidades que já aderiram a essa luta:
Comissão Pastoral da Terra (CPT);
Movimento Camponês Popular (MCP);
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Goiás (FETRAF-GO);
Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (SindSaúde-GO);
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (SINTSEP-GO);
Movimento Brasileiro de Trabalhadores Rurais (MBTR).
Veja mais reportagens sobre a OPERAÇÃO SEXTO MANDAMENTO em Goiás
A Operação Sexto Mandamento foi deflagrada no dia 15 de fevereiro de 2011 e prendeu 19 policiais militares suspeitos de participar de um grupo de extermínio que atuava em Goiás. Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), dezenas de pessoas teriam sido assassinadas em dez anos.
Para esconder as mortes, os militares estariam simulando as ocorrências, justificando que as vítimas entraram em confronto com a polícia. Ainda de acordo com as investigações, os crimes eram praticados durante o horário de expediente dos militares e eles utilizavam os carros da corporação.
Dos 19 policiais detidos, 11 ficaram presos em um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul. Mas todos eles acabaram liberados, ao longo de 2011, por falta de provas. O processo corre em segredo de Justiça.
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