31 de out. de 2013

"No Brasil, em média 18 Amarildos desaparecem nas mãos do Estado por mês" (Francisco Silva)

Imperdível a entrevista do historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva sobre a prática institucionalizada de tortura na Polícia Militar e a criminalização dos movimentos sociais no Brasil.

 

“Entrevista com Francisco Carlos Teixeira da Silva, historiador da UFRJ e IUPERJ (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) dedicado aos estudos de assuntos contemporâneos, fala dos resquicios da ditadura militar nas ações da polícia e das ameaças da lei de terrorismo para a luta popular” (Causa Operaria TV).

 


Enviado pelo professor Marcos Loureiro, em 31 de outubro de 2013.

29 de out. de 2013

Carta de repúdio à declaração preconceituosa do Sr. Claudio de Moura Castro

CARTA ABERTA AO SENADO FEDERAL EM REPÚDIO À DECLARAÇÃO PRECONCEITUOSA DO SR. CLAUDIO DE MOURA CASTRO

Brasil, 28 de outubro de 2013.

As entidades e os movimentos da sociedade civil que participam dos debates para a construção do novo Plano Nacional de Educação (PNE), desde a I Conae (Conferência Nacional de Educação, 2010), manifestam seu repúdio e exigem retratação pública à “proposição” desrespeitosa apresentada pelo Sr. Claudio de Moura Castro, em audiência pública realizada no dia 22 de outubro de 2013, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.

Na ocasião, buscando reforçar seu argumento de que o PNE é inconsistente devido à participação da sociedade civil, o referido expositor sugeriu, em tom de deboche, que sua proposta ao plano seria oferecer “um bônus para as ‘caboclinhas’ de Pernambuco e do Ceará se casarem com os engenheiros estrangeiros, porque aí eles ficam e aumenta o capital humano no Brasil, aumenta a nossa oferta de engenheiros” (sic).

Preconceituosa, a “proposição” é inadmissivelmente machista e discriminatória. Constitui-se em uma ofensa às mulheres e à educação brasileira, inclusive sugerindo a subjugação das mesmas por estrangeiros. Além disso, manifesta um preconceito regional e racial inaceitável, especialmente em uma sociedade democrática. Entendemos que a diversidade de opiniões não pode significar, de forma alguma, o desrespeito a qualquer pessoa ou grupo social.

Compreendemos, ainda, que tal manifestação representa um desrespeito ao próprio Senado Federal, como Casa Legislativa que deve ser dedicada ao profícuo debate democrático, pautado pela ética e pelo compromisso político, orientado pelos princípios da Constituição Federal de 1988 e de convenções internacionais de Direitos Humanos. A elaboração do PNE, demandado pelo Art. 214 da Carta Magna, não deve ceder à galhofa, muito menos quando preconceituosa.

Por esta razão, os signatários desta Carta esperam contar com o compromisso dos parlamentares e das parlamentares em contestar esse tipo de manifestação ofensiva aos brasileiros e às brasileiras. Nesse sentido, esperamos as devidas escusas do Sr. Claudio de Moura Castro, que com seus comentários discriminatórios desrespeitou profundamente nossa democracia e a sociedade.

Movimentos e entidades signatárias (por ordem alfabética):

ABdC (Associação Brasileira de Currículo)

Ação Educativa - Assessoria, Pesquisa e Informação

ActionAid Brasil

Aliança pela Infância

Anfope (Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação)

Anpae/DF (Associação Nacional de Política e Administração da Educação – Distrito Federal)

Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação)

Assopaes (Associação de Pais de Alunos do Espírito Santo)

Auçuba Comunicação Educação

Campanha Nacional pelo Direito à Educação

CCLF-PE (Centro de Cultura Luiz Freire – Pernambuco)

Cedeca-CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)

Cedes (Centro de Estudos Educação e Sociedade)

Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária)

CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)

Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)

Escola de Gente - Comunicação e Inclusão

Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação)

Flacso Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais)

Fojupe (Fórum das Juventudes de Pernambuco)

FOMEJA (Fórum Mineiro de Educação de Jovens e Adultos)

Fóruns de Educação de Jovens e Adultos do Brasil

Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente

Geledés - Instituto da Mulher Negra

Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos)

Instituto Avisa Lá

IPF (Instituto Paulo Freire)

Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)

Mova Brasil (Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos do Brasil)

Movimento Mulheres em Luta do Ceará

MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)

Omep/Brasil/RS – Novo Hamburgo (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar)

RedEstrado (Rede Latino-americana de Estudos Sobre Trabalho Docente)

Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos

Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

Unipop (Instituto Universidade Popular)

27 de out. de 2013

Genesis por Sebastião Salgado

Genesis 1

 

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Genesis 3

 

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Genesis 7

 

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Nos vídeos abaixos Sebastião Salgado comenta algumas de suas fotos

 

 

 

 

 

 


Sebastião Salgado

 

 

 

 

 

“Você não fotografa com sua máquina. Você fotografa com toda sua cultura” (Sebastião Salgado).

 

 

 


Foto capturada na Revista TAM, edição de junho de 2013.

26 de out. de 2013

Violência no namoro: pesquisa aponta que a agressão parte dos dois lados.

“Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entende.
[…] Você pode até duvidar
Acho que isso não é amor”.

Legião Urbana


 

Três em cada quatro jovens relatam casos de agressão no namoro

Estudo da Universidade de São Paulo (USP) revela que 75% dos jovens já sofreram algum tipo de violência durante o relacionamento. A violência física entre os casais vem sempre depois de várias agressões psicológicas, que já começam no namoro.

A pesquisa ouviu 362 jovens, todos com mais de 18 anos, universitários e namorando. As mulheres sofrem mais do que os homens, que são mais violentos. As mulheres também são as que sofrem mais violência psicológica e sexual.

“Esses tipos de atos, um empurrão, um beliscão ou um ato de ciúme exagerado, são vistos como sinal de amor. Então, o próprio jovem não reconhece isso como violência”, explica a psicóloga e coordenadora da pesquisa, Tânia Aldrighi Flake.

O que também chamou a atenção dos pesquisadores foi o alto índice de violência psicológica: 67%. Segundo eles, a violência psicológica antecede a violência física. Os insultos e xingamentos vão se tornando cada vez mais graves, até que não funcionam mais e a agressão passa a ser corporal.

Segundo Tânia, a maioria das cenas de violência acontece em um lugar público e essa violência que começa no namoro aumenta no casamento. “Na conjugalidade, essa violência acontece no espaço da intimidade: no espaço da casa, do casal. Agora, esses jovens estão agredindo na frente dos amigos ou na escola. Então, as pessoas estão vendo”, alerta.

Veja reportagem completa AQUI



ATENÇÃO MENINAS E MENINOS!

Não acreditem nessa conversa fiada: ciúmes exagerados, necessidade de controle, invasão de privacidade, humilhações e violências físicas não são sinais de amor.

Interdite a violência logo no começo, não te ama quem te machuca ou te humilha!

 


Fonte: Jornal Hoje - Edição do dia 25/10/2013

24 de out. de 2013

Carta de Solidariedade a Fran

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CABEÇA ERGUIDA FRAN!

Senti uma profunda comoção ao ler hoje (24 de outubro) no jornal “O popular”  o seu depoimento. Nele descobri que tem por costume ler todas as mensagens a seu respeito. Por isso fiz essa postagem!

Querida e linda menina, saiba que sou solidária a seu sofrimento. Imagino a sua dor e todas as dificuldades que tem enfrentando ante ao preconceito e ao moralismo vigente em nossa sociedade. Mas lhe peço, mesmo ante toda a dor que sente, que guarde em seu precioso coração uma certeza, você não tem nenhuma culpa nessa história. É seu direito a livre expressão de sua sexualidade! E sexo não tem nada a ver com violência. Nele se exige a construção de um vínculo de confiança, respeito, entrega sincera e cumplicidade. Se alguém rompe esses valores é por que é um GRANDE MAU CARÁTER.

Um forte abraço e conte comigo!

Dedico a você a canção “DIGNIFICADA” de Lila Downs.

Dignificada

Hay en la noche un grito,
Y se escucha lejano.
Cuentan al sur,
Es la voz del silencio.
En este armario hay un gato encerrado,
Porque una mujer,
Porque una mujer,
Defendió su derecho.

De la montaña se escucha la voz de un rayo,
Es el relámpago claro de la verdad.
En esta vida santa que nadie perdona nada,
Pero si una mujer, pero si una mujer,
Pelea por su dignidad.

Ay, morena,
Morenita mía,
No te olvidaré.

Ay, morena,
Morenita mía,
No te olvidaré.

Que me doy mi lugar porque yo soy mujer,
Y todo lo que me pasa no me lo puedo creer,
Canto tú y la mentira y los cholos me ven,
Si lo quiero o no quiero es mi gusto querer.
De tu carne a mi carne, dame un taco de res,
Los prefiero y los quiero al que me dé de comer,
Ya probé el que es ajeno, es el pan que no quiero,
Que la voluntad del cielo me mande al primero,
Que me quiera como soy, a ese sí que no lo quiero.
A ese sí que no quiero
A ese sí que no quiero.

Te seguí los pasos, niña,
Hasta llegar a la montaña,
Y seguí la ruta de Dios,
Que las animas acompañan.

Te seguí los pasos, niña,
Hasta llegar a la montaña,
Y seguí la ruta de Dios,
Que las animas acompañan.

Hay en la noche un grito,
Y se escucha lejano.
Cuentan al sur,
Es la voz del silencio.
En este armario hay un gato encerrado,
Porque una mujer,
Porque una mujer,
Defendió su derecho.

De la montaña se escucha la voz de un rayo,
Es el relámpago claro de la verdad.
En esta vida santa que nadie perdona nada,
Pero si una mujer, pero si una mujer,
Pelea por su dignidad.

Ay, morena,
Morenita mía,
No te olvidaré.

Dignified

At night, there’s a scream
It can be heard far away
In the south it is said
That is the voice of silence.
In this closet there’s an enclosed cat,*
Because a woman,
Because a woman,
Fought for her rights

The voice of a thunderbolt can be heard from the mountain
It is the truth; clear as lightning
In this blessed life where nobody forgives anything
But a woman does, but a woman does
She fights for her dignity

Ay! Swarthy
Little swarthy of mine
I won’t forget you

I give myself the respect I deserve because I am a woman
I can’t believe everything that happens to me
So you, falsehood, and “cholos”** look at me
If I love him, or if I don’t, ultimately it is up to me to love
From your skin to my skin, give me a beef taco
I prefer them, and hence, I love he who feeds me
I tasted already the one that belongs to someone else, that’s the bread I don’t want
May the heavens send me the first one
Who loves me the way I am, that one I do love
That one I do love
That one I do not

I followed your steps, girl,
Till we arrived at the mountain
And I followed God’s trail
The one that the souls walk

At night, there’s a scream
It can be heard far away
In the south it is said
That is the voice of silence.
In this closet there’s an enclosed cat,
Because a woman,
Because a woman,
Fought for her rights

The voice of a thunderbolt can be heard from the mountain
It is the truth; clear as lightning
In this blessed life where nobody forgives anything
But a woman does, but a woman does
She fights for her dignity

Beautiful mother (pray for her)
Loving mother (pray for her)
Merciful mother (pray for her)***

 


Veja mais informações nas reportagens abaixo:

A cretinice de quem vaza - e compartilha - vídeo íntimo

'Não me arrependo porque fiz por amor', diz garota sobre vídeo de sexo

Suspeito depõe e nega envolvimento com garota filmada em vídeo de sexo

23 de out. de 2013

Saúde e educação são as principais reivindicações de crianças e adolescentes indígenas

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Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Fruto de parceria entre Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA e a Organização Não Governamental Imagem da Vida, realizou-se nesta terça-feira (22), em Brasília, no auditório Freitas Nobre, da Câmara dos Deputados, das 9h às 12h30min,  o Fórum "Direitos e Cidadania na Visão de Crianças e Adolescentes Guarani Kaiowá".

O Fórum contou com a participação de cerca de 40 crianças e adolescentes Guarani Kaiowás oriundas das aldeias de Panambizinho, Tey Kue, Kurusu Ambá, Ipoy e Guaiviry. Na ocasião, os adolescentes indígenas apresentaram suas demandas e direitos aos representantes do poder público presentes, com o intuito contribuir para a formulação de políticas públicas que contemplem suas necessidades.

 

Crianças e adolescentes Guarani Kaiowás apresentaram nesta terça-feira (22), à ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), uma série de reivindicações. Os adolescentes participaram do 1º Fórum Direitos e Cidadania na Visão das Crianças e Adolescentes Guarani Kaiowá, que ocorreu na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Os garotos e garotas indígenas, que residem no Mato Grosso do Sul, reclamaram da falta de infraestrutura básica nas comunidades de Panambizinho, Te’ýikue, Kurusu Ambá e Rekopave. Foram várias as demandas apresentadas, dentre elas, destaca-se a reivindicação do adolescente Oseas Martins, de 16 anos, que reclamou da falta de escolas e postos de saúde dentro das aldeias. Essa medida, segundo o jovem, evitaria o deslocamento das comunidades para outros localidades. Outra pauta bastante demandada durante o evento foi a questão da demarcação das terras indígenas, que tem motivado grandes conflitos entre fazendeiros e comunidades indígenas em vários estados brasileiros.

Após ouvir vários dos meninos e meninas presentes, a ministra reafirmou o compromisso do governo federal com as populações indígenas e reconheceu a importância das demandas. “A gente veio aqui receber as propostas, ouvir o que vocês têm a dizer e buscar resolver as questões que vocês colocam”, afirmou.

A ministra afirmou ainda que vai propor uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) para fazer um mapeamento das aldeias que não possuem escolas.  Ela ainda lembrou o caso do menino Denílson Barbosa, 15 anos, morto por funcionários de um fazendeiro por pescar em uma propriedade. A ministra também pediu paz e entendimento para assegurar a demarcação das terras. “Se os adultos não conseguem conversar e resolver, as crianças podem nos ensinar”.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social SDH/PR

Enviado por Mariza Alberton, em 22 de outubro de 2013.

20 de out. de 2013

A Infância de Aninha – Rosa Berardo

Estimado(a) leitor(a),

nesse domingo peço o seu voto para a animação goiana “Infância de Aninha”, dirigida por Rosa Berardo. Assista e, caso goste, vote no link abaixo.

Um abraço!

Animação Infância de Aninha

Assista a animação e vote AQUI

 

Autor Rosa Berardo

Concurso Intenacional da BANG Awards

SINOPSE

A Infância de Aninha conta a história da poetisa Cora Coralina, focando sua infância na cidade de Goiás, antiga capital do estado. Retratando a fase dificil pelo qual passou a escritora, a narrativa traz a mesma mensagem presente nos poemas de Cora: a superação da dor através da poesia.


Enviado Helenilza Teixeira, em 16 de outubro de 2013.

18 de out. de 2013

Abaixo-Assinado em apoio ao deputado Mauro Rubem e aos defensores dos Direitos Humanos de Goiás

ASSINE AQUI

Os signatários abaixo identificados manifestam publicamente seu apoio ao Deputado Estadual MAURO RUBEM (PT-GO), defensor dos Direitos Humanos, presidente da respectiva comissão no parlamento goiano, ameaçado nas Redes Sociais pelo Coronel PM, reformado, Carlos Macário, que publicou:

Coronel da PM de Goiás ameaça Deputado Estadual em rede social

Ameaça

“Ainda ele vai encontrar quem o enfrente cara a cara. Sua vez chegará. A Polícia Militar não ficará órfã de defensor...”(Comentário postado pelo Coronel Carlos Macário).

O coronel, ex-subcomandante geral da corporação, foi um dos presos pela Polícia Federal, em 2011, na operação “Sexto Mandamento”, que investigava a participação de policiais goianos em grupos de extermínio. O inquérito ainda segue aberto na justiça. Atualmente o coronel aguarda em liberdade a conclusão da Ação Penal, que corre em segredo de justiça, sobre um assassinato, ocorrido durante as investigações.

O Deputado teve essas ameaças confirmadas, assumidas e com promessa de execução das mesmas, por alguns dos seguidores internautas do coronel. O desrespeito, o deboche e o descaso com que muitos comentários tratam os direitos e a pessoa humana, conduzem a publicação a um nível muito baixo de cidadania e civilidade, incompatível com o esperado de agentes públicos responsáveis por garantir o direito fundamental à Segurança Pública, como parece ser o caso de parte do grupo de seguidores virtuais do coronel, no qual se incluem militares da ativa e coloca em risco todos aqueles e aquelas que atuam na defesa desses direitos em Goiás.

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“porque a equipe deve ser muito medrosos, se fosse eu mostrava pra esse Mauro Rubem que a polícia militar do estado de Goiás [...] minha mão já ta coçando viu seu deputado despreparado, seu canalha [...]” (comentário postado por um contato do Coronel Macário).

 

Não esquecer

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A vida é um dom e um bem inestimável e a história da humanidade, em todas as latitudes, caminha, cada vez mais, para a valorização e proteção deste tesouro. Apoiamos os direitos humanos e seus defensores.


Entidades que já aderiram a essa luta:

Comissão Pastoral da Terra (CPT);

Movimento Camponês Popular (MCP);

Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Goiás (FETRAF-GO);

Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (SindSaúde-GO);

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Goiás (SINTSEP-GO);

Movimento Brasileiro de Trabalhadores Rurais (MBTR).


Veja mais reportagens sobre a OPERAÇÃO SEXTO MANDAMENTO em Goiás

A Operação Sexto Mandamento foi deflagrada no dia 15 de fevereiro de 2011 e prendeu 19 policiais militares suspeitos de participar de um grupo de extermínio que atuava em Goiás. Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), dezenas de pessoas teriam sido assassinadas em dez anos.

Para esconder as mortes, os militares estariam simulando as ocorrências, justificando que as vítimas entraram em confronto com a polícia. Ainda de acordo com as investigações, os crimes eram praticados durante o horário de expediente dos militares e eles utilizavam os carros da corporação.

Dos 19 policiais detidos, 11 ficaram presos em um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul. Mas todos eles acabaram liberados, ao longo de 2011, por falta de provas. O processo corre em segredo de Justiça.

16 de out. de 2013

“Enfrentamento da violência e o compromisso ético e político da Psicologia”– Tema da conferência de abertura da V JORNADA INTERDISCIPLINAR DO CURSO DE PSICOLOGIA da UNIP

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP

Cida Alves, representante da Divisão de Vigilância as Violências e Promoção da Saúde - Departamento de Epidemiologia/Diretoria de Vigilância em Saúde (SMS Goiânia), expõe as estatísticas que revelam o impacto da violência física na saúde e reflete sobre o papel da psicologia no enfrentamento das violências.

 

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP 6

A conferência de abertura foi coordenada pela Profa Dra. Cristina Vianna – Faculdade de Psicologia da UNIP – Goiânia. 

 

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP 9

Auditório da UNIP - V JORNADA INTERDISCIPLINAR DO CURSO DE PSICOLOGIA da UNIP - Diálogo interdisciplinar no enfrentamento à violência. Goiânia, em 16 de outubro de 2013.

 

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP 8

Papel da Psicologia, alguns destaques:

  • Contribuir com a construção de conhecimentos - teorias e práticas, civilizatórios que libertem o homem das relações de dominação-sujeição;
  • Promover a ruptura com a violência simbólica, reconhecendo valor e igualdade nos diferentes;
  • Solidificar uma postura de compromisso real com a vida e o desenvolvimento dos sujeitos.

 

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP 4

Cida Alves ao lado de Juliana De Moura Borges, professora e coordenadora da V JORNADA INTERDISCIPLINAR DO CURSO DE PSICOLOGIA da UNIP - Diálogo interdisciplinar no enfrentamento à violência e  da professora Patrícia Bento Gonçalves Philadelpho, coordenadora da Faculdade de Psicologia da UNIP.

 

Palestra Cida Alves V Jornada da Faculdade de Psicologia da UNIP 11

“Viver é comover-se” (MANEN, 2010).

Para Manen viver é mover-se com o outro. Inspirada no pensamento desse autor, entendo que a finalidade central de nosso ofício é construir uma presença cuidadora e protetiva que auxilie o outro a dar marcha a sua vida.  Em essência somos profissionais do vínculo e da comoção, portanto, faz-se necessário  o “comover-se com outro, participar de sua existência, deixa-se tocar pela sua história de vida [...] demora-se no outro não pelas sensações que lhe produz, mas por amor*, pelo apreço de sua diferença e pela valorização de sua vida e luta” (BOFF, 1999, p. 118-119).

 


*O conceito de amor apresentado por Leonardo Boff não tem nada a ver com ideais românticos ou religiosos. Ele se aproxima mais da definição que Montagu dá a esse sentimento. Na compreensão de Montagu, o amor é o sentimento que promove a ação consciente e planejada de conferir a um outro os benefícios da sobrevivência, comunicando-lhe por gestos de cuidado real um sentimento de profundo envolvimento com o seu bem-estar (MONTAGU, 1978).

REFERÊNCIAS:

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra/ Leonardo Boff. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.

MANEN, Max Van. El tacto en la enseñanza. El significado de la sensibilidad pedagógica. 3º Edição. Editora: Paidós Educador. Barcelona, 2010.

14 de out. de 2013

V JORNADA INTERDISCIPLINAR DO CURSO DE PSICOLOGIA - DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA

CARTAZ V JORNADA INTERDISC - 20132

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Programação:

16/10 – das 19 as 22h (quarta-feira)

19:00 - Abertura Cultural

19:30 – Conferência de abertura:

Enfrentamento da violência e o compromisso ético e político da Psicologia

Coordenadora da mesa: Profa Dra. Cristina Vianna

Conferencista: Dra. Cida Alves

 

17/10 – das 08 as 12 h (quinta-feira)

8:00 – Alienação Parental

Coordenadora de mesa: Profa. Ms. Eliane Pelles

Conferencistas: Dra. Sirlei Martins da Costa e Dra. Angela Dolores Baiochi de Vasconcelos

10:00 – Violência no Trabalho

Coordenação de mesa: Profa. Dra. Luiza Medeiros

Conferencistas: Sérgio Henrique Barroca e Elise Alves dos Santos

17/10 – das 19 as 22 h

19:00 - Desafios interdisciplinares no atendimento a crianças vítimas de violência sexual.

Coordenadora: Profa. Dra. Ionara Moura Rabelo

Conferencistas: Drª Marce Divina de Paula Costa e Dr. Saulo Bezerra

20:30 – Desafios da Juventude na Atualidade

Coordenação da mesa: Profa. Esp. Inês Gomes

Conferencistas: Aliciana Oliveira de Freitas

 

18/10 – das 08 as 12 h (sexta-feira)

8:00 – Violência contra Idosos

Coordenação de mesa: Profa. Ms. Luciene Falcão

Conferencista: Wadson Arantes Gama

Encerramento com Teatro das Idosas do Cerrado

13 de out. de 2013

Miopia Progressiva - Clarice Lispector

Estimado(a) leitor(a),

Para encantar o seu domingo deixo o belíssimo conto “Miopia Progressiva” de Clarisse Lispector - livro Felicidade Clandestina.

 Miopia Progressiva

Se era inteligente, não sabia. Ser ou não inteligente dependia da instabilidade dos outros. Às vezes o que ele dizia despertava de repente nos adultos um olhar satisfeito e astuto. Satisfeito, por guardarem em segredo o fato de acharem-no inteligente e não o mimarem; astuto, por participarem mais do que ele próprio daquilo que ele dissera. Assim, pois, quando era considerado inteligente, tinha ao mesmo tempo a inquieta sensação de inconsciência: alguma coisa lhe havia escapado. A chave de sua inteligência também lhe escapava. Pois às vezes, procurando imitar a si mesmo, dizia coisas que iriam certamente provocar de novo o rápido movimento no tabuleiro de damas, pois era esta a impressão de mecanismo automático que ele tinha dos membros de sua família: ao dizer alguma coisa inteligente, cada adulto olharia rapidamente o outro, com um sorriso claramente suprimido dos lábios, um sorriso apenas indicado com os olhos, "como nós sorriríamos agora, se não fôssemos bons educadores" - e, como numa quadrilha de dança de filme de faroeste, cada um teria de algum modo trocado de par e lugar. Em suma, eles se entendiam, os membros de sua família; e entendiam-se à sua custa. Fora de se entenderem à sua custa, desentendiam-se permanentemente, mas como nova forma de dançar uma quadrilha: mesmo quando se desentendiam, sentia que eles estavam submissos às regras de um jogo, como se tivessem concordado em se desentenderem.

Às vezes, pois, ele tentava reproduzir suas próprias frases de sucesso, as que haviam provocado movimento no tabuleiro de damas. Não era propriamente para reproduzir o sucesso passado, nem propriamente para provocar o movimento mudo da família. Mas para tentar apoderar-se da chave de sua "inteligência". Na tentativa de descoberta de leis e causas, porém, falhava. E, ao repetir uma frase de sucesso, dessa vez era recebido pela distração dos outros. Com os olhos pestanejando de curiosidade, no começo de sua miopia, ele se indagava por que uma vez conseguia mover a família, e outra vez não. Sua inteligência era julgada pela falta de disciplina alheia?

Mais tarde, quando substituiu a instabilidade dos outros pela própria, entrou por um estado de instabilidade consciente. Quando homem, manteve o hábito de pestanejar de repente ao próprio pensamento, ao mesmo tempo que franzia o nariz, o que deslocava os óculos - exprimindo com esse cacoete uma tentativa de substituir o julgamento alheio pelo próprio, numa tentativa de aprofundar a própria perplexidade. Mas era um menino com capacidade de estática: sempre fora capaz de manter a perplexidade como perplexidade, sem que ela se transformasse em outro sentimento.

Que a sua própria chave não estava com ele, a isso ainda menino habituou-se a saber, e dava piscadelas que, ao franzirem o nariz, deslocavam os óculos. E que a chave não estava com ninguém, isso ele foi aos poucos adivinhando sem nenhuma desilusão, sua tranqüila miopia-exigindo lentes cada vez mais fortes.

Por estranho que parecesse, foi exatamente por intermédio desse estado de permanente incerteza e por intermédio da prematura aceitação de que a chave não está com ninguém - foi através disso tudo que ele foi crescendo normalmente, e vivendo em serena curiosidade. Paciente e curioso. Um pouco nervoso, diziam, referindo-se ao tique dos óculos. Mas "nervoso" era o nome que a família estava dando à instabilidade de julgamento da própria família. Outro nome que a instabilidade dos adultos lhe dava era o de "bem comportado", de "dócil". Dando assim um nome não ao que ele era, mas à necessidade variável dos momentos.

Uma vez ou outra, na sua extraordinária calma de óculos, acontecia dentro dele algo brilhante e um pouco convulsivo como uma inspiração.

Foi, por exemplo, quando lhe disseram que daí a uma semana ele iria passar um dia inteiro na casa de uma prima. Essa prima era casada, não tinha filhos e adorava crianças. "Dia inteiro" incluía almoço, merenda, jantar, e voltar quase adormecido para casa. E quanto à prima, a prima significava amor extra, com suas inesperadas vantagens e uma incalculável pressurosidade - e tudo isso daria margem a que pedidos extraordinários fossem atendidos. Na casa dela, tudo aquilo que ele era teria por um dia inteiro um valor garantido. Ali o amor, mais facilmente estável de apenas um dia, não daria oportunidade a instabilidades de julgamento: durante um dia inteiro, ele seria julgado o mesmo menino.

Na semana que precedeu "o dia inteiro", começou por tentar decidir se seria ou não natural com a prima. Procurava decidir se logo de entrada diria alguma coisa inteligente - o que resultaria que durante o dia inteiro ele seria julgado como inteligente. Ou se faria, logo de entrada, algo que ela julgasse "bem comportado", o que faria com que durante o dia inteiro ele seria o bem comportado. Ter a possibilidade de escolher o que seria, e pela primeira vez por um longo dia, fazia-o endireitar os óculos a cada instante.

Aos poucos, durante a semana precedente, o círculo de possibilidades foi se alargando. E, com a capacidade que tinha de suportar a confusão - ele era minucioso e calmo em relação à confusão - terminou descobrindo que até poderia arbitrariamente decidir ser por um dia inteiro um palhaço, por exemplo. Ou que poderia passar esse dia de um modo bem triste, se assim resolvesse. O que o tranqüilizava era saber que a prima, com seu amor sem filhos e sobretudo com a falta de prática de lidar com crianças, aceitaria o modo que ele decidisse de como ela o julgaria. Outra coisa que o ajudava era saber que nada do que ele fosse durante aquele dia iria realmente alterá-lo. Pois prematuramente - tratava-se de criança precoce - era superior à instabilidade alheia e à própria instabilidade. De algum modo pairava acima da própria miopia e da dos outros. O que lhe dava muita liberdade. Às vezes apenas a liberdade de uma incredulidade tranqüila. Mesmo quando se tornou homem, com lentes espessíssimas, nunca chegou a tomar consciência dessa espécie de superioridade que tinha sobre si mesmo.

A semana precedente à visita à prima foi de antecipação contínua. Às vezes seu estômago se apertava apreensivo: é que naquela casa sem meninos ele estaria totalmente à mercê do amor sem seleção de uma mulher. "Amor sem seleção" representava uma estabilidade ameaçadora: seria permanente, e na certa resultaria num único modo de julgar, e isso era a estabilidade. A estabilidade, já então, significava para ele um perigo: se os outros errassem no primeiro passo da estabilidade, o erro se tornaria permanente, sem a vantagem da instabilidade, que é a de uma correção possível.

Outra coisa que o preocupava de antemão era o que faria o dia inteiro na casa da prima, além de comer e ser amado. Bem, sempre haveria a solução de poder de vez em quando ir ao banheiro, o que faria o tempo passar mais depressa. Mas, com a prática de ser amado, já de antemão o constrangia que a prima, uma estranha para ele, encarasse com infinito carinho as suas idas ao banheiro. De um modo geral o mecanismo de sua vida se tornara motivo de ternura. Bem, era também verdade que, quanto a ir ao banheiro, a solução podia ser a de não ir nenhuma vez ao banheiro. Mas não só seria, durante um dia inteiro, irrealizável como - como ele não queria ser julgado "um menino que não vai ao banheiro" - isso também não apresentava vantagem. Sua prima, estabilizada pela permanente vontade de ter filhos, teria, na não ida ao banheiro, uma pista falsa de grande amor.

Durante a semana que precedeu "o dia inteiro", não é que ele sofresse com as próprias tergiversações. Pois o passo que muitos não chegam a dar ele já havia dado: aceitara a incerteza, e lidava com os componentes da incerteza com uma concentração de quem examina através das lentes de um microscópio.

A medida que, durante a semana, as inspirações ligeiramente convulsivas se sucediam, elas foram gradualmente mudando de nível. Abandonou o problema de decidir que elementos daria à prima para que ela por sua vez lhe desse temporariamente a certeza de quem ele era. Abandonou essas cogitações e passou a previamente querer decidir sobre o cheiro da casa da prima, sobre o tamanho do pequeno quintal onde brincaria, sobre as gavetas que abriria enquanto ela não visse. E finalmente entrou no campo da prima propriamente dita. De que modo devia encarar o amor que a prima tinha por ele?

No entanto, negligenciara um detalhe: a prima tinha um dente de ouro, do lado esquerdo.

E foi isso - ao finalmente entrar na casa da prima - foi isso que num só instante desequilibrou toda a construção antecipada.

O resto do dia poderia ter sido chamado de horrível, se o menino tivesse a tendência de pôr as coisas em termos de horrível ou não horrível. Ou poderia se chamar de "deslumbrante", se ele fosse daqueles que esperam que as coisas o sejam ou não.

Houve o dente de ouro, com o qual ele não havia contado. Mas, com a segurança que ele encontrava na idéia de uma imprevisibilidade permanente, tanto que até usava óculos, não se tornou inseguro pelo fato de encontrar logo de início algo com que não contara.

Em seguida a surpresa do amor da prima. É que o amor da prima não começou por ser evidente, ao contrário do que ele imaginara. Ela o recebera com uma naturalidade que inicialmente o insultara, mas logo depois não o insultara mais. Ela foi logo dizendo que ia arrumar a casa que ele podia ir brincando. O que deu ao menino, assim de chofre, um dia inteiro vazio e cheio de sol.

Lá pelas tantas, limpando os óculos, tentou, embora com certa isenção, o golpe da inteligência e fez uma observação sobre as plantas do quintal. Pois quando ele dizia alto uma observação, ele era julgado muito observador. Mas sua fria observação sobre as plantas recebeu em resposta um "pois é", entre vassouradas no chão. Então foi ao banheiro onde resolveu que, já que tudo falhara, ele iria brincar de "não ser julgado": por um dia inteiro ele não seria nada, simplesmente não seria. E abriu a porta num safanão de liberdade.

Mas à medida que o sol subia, a pressão delicada do amor da prima foi se fazendo sentir. E quando ele se deu conta, era um amado. Na hora do almoço, a comida foi puro amor errado e estável: sob os olhos ternos da prima, ele se adaptou com curiosidade ao gosto estranho daquela comida, talvez marca de azeite diferente, adaptou-se ao amor de uma mulher, amor novo que não parecia com o amor dos outros adultos: era um amor pedindo realização, pois faltava à prima a gravidez, que já é em si um amor materno realizado. Mas era um amor sem a prévia gravidez. Era um amor pedindo, a posteriori, a concepção. Enfim, o amor impossível.

O dia inteiro o amor exigindo um passado que redimisse o presente e o futuro. O dia inteiro, sem uma palavra, ela exigindo dele que ele tivesse nascido no ventre dela. A prima não queria nada dele, senão isso. Ela queria do menino de óculos que ela não fosse uma mulher sem filhos. Nesse dia, pois, ele conheceu uma das raras formas de estabilidade: a estabilidade do desejo irrealizável. A estabilidade do ideal inatingível. Pela primeira vez, ele, que era um ser votado à moderação, pela primeira vez sentiu-se atraído pelo imoderado: atração pelo extremo impossível. Numa palavra, pelo impossível. E pela primeira vez teve então amor pela paixão.

E foi como se a miopia passasse e ele visse claramente o mundo. O relance mais profundo e simples que teve da espécie de universo em que vivia e onde viveria. Não um relance de pensamento. Foi apenas como se ele tivesse tirado os óculos, e a miopia mesmo é que o fizesse enxergar. Talvez tenha sido a partir de então que pegou um hábito para o resto da vida: cada vez que a confusão aumentava e ele enxergava pouco, tirava os óculos sob o pretexto de limpá-los e, sem óculos, fitava o interlocutor com uma fixidez reverberada de cego.

Clarice Lispector - Felicidade Clandestina


Foto capturada nesse link: http://www.flickr.com/photos/czklsk/4228436445/

12 de out. de 2013

12 de outubro: dia que muitas crianças não podem comemorar - 12 de octubre: día que muchos niños no pueden celebrar

Indiferença 1

Miserere Mei, Deus (Tende piedade de mim, Deus) de Gregorio Allegri (1582-1652) é o leitmotiv perfeito para esta cena calma e dilacerante” (Oliveiro Pluviano).

 

A covardia eu não perdoo por que dela nascem todas as flores do mal. A mais cruel das violências sempre se origina dos pequenos e cotidianos gestos de covardia. O olhar evasivo, o silêncio que aprisiona as verdades, as mãos que se lavam, as costas que se dão ao outro, a escolha que não se guia pelo bom, belo e justo, mas sim pela comodidade de uma vida pacata e sem enfrentamentos não são atos inocentes. Ao contrário, são eles que criam as condições para que a barbárie se realize.

La cobardía yo no perdono por que de ella nacen todas las flores del mal. La más cruel de las violencias siempre proviene de los pequeños actos cotidianos de cobardía. La evasiva mirada, el silencio que aprisiona las verdades, las manos que si lavan, las espaldas que si ofrecen al otro, la elección que no se guía por el bueno, bello y justo, pero por la comodidad de una vida tranquila y sin confrontaciones no son actos inocentes. Todo lo contrário, son ellos que crean las condiciones para que la barbarie se lleve a cabo. 

Cida Alves

 


Campanha “Torne o invísivel visível” – UNICEF

"O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas covardias do cotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses."

 

Campaña “Hacer visible lo invisible” - UNICEF

"El egoísmo personal, el comodismo, la falta de generosidad, las pequeñas cobardias del cotidiano, todo esto contribuye para esta perniciosa forma de ceguera mental que consiste en estar en el mundo y no ver al mundo, o solo ver de él lo que, en cada momento, es susceptible de servir a nuestros interés".

José Saramago

 


Foto: Oliveiro Pluviano. Veja no link a seguir o artigo em que Oliveira Pluviano comenta sua foto - Calmo e dilacerante

11 de out. de 2013

Em Dia Internacional, ONU pede garantia do direito à educação de meninas – En el Día Internacional, ONU pide la garantía del derecho a la educación de las niñas

 

 

"Uma menina de coragem é uma revolução"

 

“Una  muchacha de coraje es una revolución”

 

Esta sexta-feira, 11 de outubro, é comemorado o Dia Internacional da Menina e o Secretário-Geral da ONU está fazendo um pedido em prol da educação para todas as meninas e garotas do mundo.

Ban Ki-moon ressalta a importância de garantir seus direitos, lutar contra a discriminação e a violência enfrentada por muitas meninas. Para Ban, a melhor opção é providenciar às meninas "a educação que elas merecem".

Obstáculos

O chefe da ONU lembra que em muitos países, as jovens são impedidas de progredir ou de frequentar a escola. E segundo ele, os obstáculos são ainda maiores quando a mãe também foi privada de ter educação, quando as meninas vivem em uma comunidade pobre ou têm algum tipo de deficiência.

Ban Ki-moon cita a iniciativa "Educação em Primeiro Lugar", que busca colocar todas as crianças na escola, em especial meninas, e "criar cidadãos globais que consigam enfrentar os desafios complexos do século XXI".

Investimentos

O Secretário-Geral defende novas soluções para os desafios da educação das garotas e diz ser necessário "ouvir a voz dos jovens". Ban nota que a campanha para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e as metas para o período pós-2015 devem abordar os problemas que envolvem as joves do mundo todo.

No Dia Internacional da Menina, Ban Ki-moon ressalta também a importância do investimento na educação para que as garotas "possam progredir no seu desenvolvimento pessoal e contribuírem para o futuro".

 


Hoy es el Día Internacional de la Niña

Empoderar a las niñas, garantizar que se respetan sus derechos humanos y combatir la discriminación y la violencia a la que se enfrentan es clave para el progreso de toda la humanidad. Este fue el mensaje del Secretario General de la ONU con motivo del Día Internacional de la Niña, que se celebra el 11 de octubre.

Ban Ki-moon afirmó que para que las menores puedan hacer frente a los complejos desafíos que plantea el siglo XXI deben recibir una formación de calidad.

En ese sentido, Ban lamentó que "las jóvenes cuyas madres también se vieron privadas de educación, que viven en comunidades pobres o tienen una discapacidad se enfrenten a obstáculos aún mayores".

Por su parte, la directora de ONU Mujeres recordó que el lema de esta jornada es "innovar para la educación de las niñas".

Phumzile Mlambo-Ngcuka abogó por una educación pública universal de calidad que tome en cuenta la igualdad de género y que utilice las ventajas que brinda la tecnología.

La educación puede desempeñar un rol fundamental para prevenir la violencia contra las mujeres y las niñas, agregó. Una de cada tres mujeres sufre violencia y más de la mitad de las víctimas de agresiones sexuales son niñas menores de 16 años de edad.

Fonte: Rádio ONU – Notícias e Mídias em 11 de outubro de 2013.

9 de out. de 2013

Representantes da ONU e do CONANDA cobram a aprovação da redação final do PL 7672/2012

Onu e conada

Marta Santos Pais, representante da ONU, Angelica Goulart, Secretaria de Direitos Humanos da Presidencia da Republica  e Maria Izabel da Silva,  presidenta do Conanda, solicitam ao Presidente da Camara e da CCJC a aprovação da Redação Final do PL 7672/2010, que garante o direito das crianças e adolescentes serem educados s o uso de castigos fisicos e tratamentos curéis ou degradantes!

8 de out. de 2013

VI Fórum de Enfrentamento à Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes LGBT e de Prevenção às DST/AIDS e Hepatites Virais.

ONG promove seminário de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes

O Fórum de Transexuais de Goiás promove, no período de 10 a 13 de outubro, no Hotel Umuarama, em Goiânia, o VI Fórum de Enfrentamento à Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes LGBT e de Prevenção às DST/AIDS e Hepatites Virais.

O evento pretende reunir diversas autoridades no assunto, da região Centro Oeste e outros estados do Brasil, para debater temas como as políticas públicas para esses adolescentes, exploração sexual, prostituição infanto-juvenil, migração, tráfico de pessoas, exploração sexual e do trabalho, abrigamento de adolescentes vulneráveis, atendimento psicossocial, doenças sexualmente transmissíveis, HIV/Aids, Hepatites Virais, entre outros.

Beth Fernandes, coordenadora do evento, ressalta que, “apesar de todos os avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente, os índices de exploração sexual e comercial de adolescentes LGBT ainda são alarmantes em nosso país, revestindo-se de suma importância o engajamento de toda a sociedade para a proteção integral de nossas crianças e adolescentes.”

O seminário será aberto na noite de quinta-feira, terá prosseguimento com sete mesas temáticas nas jornadas de sexta e sábado, das 09:00h às 18:00h, e terminará no domingo ao meio-dia com a entrega de certificados e exibição de filmes temáticos.

O evento tem o apoio financeiro do Ministério da Saúde, através do Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais e do UNODC (órgão das Nações Unidas para as Drogas e o Crime).

Maiores informações poderão ser obtidas pelo e-mail forumtransexuais@yahoo.com.br ou pelo fone (62) 8419-2523 com Beth Fernandes.

6 de out. de 2013

Brincadeiras perdidas! Uma crítica à educação que usurpa das crianças o prazer da convivência.

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"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."

Carlos Drummond de Andrade


 

Estimado(a) leitor(a),  

Deixo com você nesse domingo o esclarecedor documentário “Infância Perdida” e o belo filme “Esperança e Glória” dirigido por John Boorman. Por meio de temas e linguagens distintas, esses dois filmes fazem uma importante crítica ao modelo educativo autoritário que busca exercer o máximo controle sobre a vida e as expressões das crianças.

 

 

 

Comentário do editor das cenas do filme “Esperança e Glória”:

Selecionei duas cenas de "Esperança e Glória" de John Boorman (Ing/1987). Elas se passam na Londres que os alemães tentam conquistar na 2ª.guerra mundial. A escola é autoritária e tradicional. Os alunos a odeiam, mas se submetem. Chegam a ponto de agradecer Hitler por tê-la posto abaixo num dos bombardeios. Mas nem toda lucidez está perdida: "Tiram todo bom senso da cabeça deles e depois a enchem de besteiras", diz o avô ao deixar o menino na Escola.

Augusto Ferreira

 


Fotos: Christopher Woolford