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Parabéns ao Ministerio Público e a todos
que se mobilizaram para que mais uma violência contra crianças,
adolescentes e moradores de rua não acontecesse em Goiânia.
que se mobilizaram para que mais uma violência contra crianças,
adolescentes e moradores de rua não acontecesse em Goiânia.
A Operação Integração 5 da Polícia Militar (PM) de Goiás, que seria desenvolvida na noite de ontem com o objetivo de encaminhar moradores de rua para abrigos de Goiânia, foi cancelada à tarde por falta de local adequado para acomodá-los. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Carlos Antônio Elias, a nova data da operação ainda não foi marcada.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) não compareceu à reunião. Segundo a PM, a ação estava marcada para quinta-feira, 19, mas foi remarcada para ontem a pedido da própria Semas. “Na reunião, verificamos que a competência desta operação é mais ampla e se torna social”, disse Elias.
No próximo dia 2 de setembro, uma reunião do gabinete de Gestão Integrada, presidida pela secretária Estadual de Segurança Pública, Renata Cheim Gomes, vai discutir a operação. Na convocação serão chamados a PM, os bombeiros, Poder Judiciário e órgãos municipais.
Coordenador do Centro de Apoio da Infância (CAO) do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), promotor Everaldo Sebastião de Sousa afirma que não adianta a polícia fazer todo o trabalho, localizando e catalogando o número de moradores de rua na capital, se não há lugar para enviar e manter estas pessoas. “Devem ser realizadas políticas de inclusão, para evitar que estes indivíduos voltem para as ruas”, reforça Sousa.
O promotor diz que a ação deve ser bem mais ampla que a simples retirada de mendigos das ruas. “A operação foi postergada para que os demais atores se articulem, principalmente o município”, justifica. Ele ressalta ainda que a lei não obriga que os indivíduos resgastados das ruas permaneçam nos abrigos. “Esta reunião evidenciou ainda mais a falta de políticas sociais em Goiânia.”
SOLUÇÕES
Sousa afirmou que o MP procurou soluções para o problema na capital, para ser resolvido ou amenizado, sem resposta satisfatória. “A própria segurança pública, o empresariado e segmentos organizados estão tentando obter uma solução. Mas o problema não é da polícia”, afirma.
De acordo com a PM, em seis meses de trabalho, foi verificado que existem 80 adultos e 40 menores de idade nas ruas de Goiânia. Nesta catologação, há fotos, nomes e locais por onde os moradores de rua perambulam.
Para aproveitar o efetivo que já estava disposto, a Polícia Militar fez, na noite de ontem, uma operação com foco diferente da Intergração 5. A intenção foi reduzir a criminalidade. Sem nome específico, a operação atuou nas regiões central e sul de Goiânia, como nos setores Sul, Marista, Oeste, Universitário e Bueno.
O comandante-geral da PM vai pedir novamente a retirada dos menores infratores, com penas já definidas, que estão detidos no 1º Batalhão e daqueles menores presos, provisoriamente, no 7°.
Por meio de nota, a Semas informou que estranha as críticas feitas pela Secretaria de Segurança do Estado de Goiás (SSP) e Ministério Público de Goiás e que a afirmação de autoridades de que a ausência teria se dado pela falta de estrutura da pasta para receber os moradores de rua recolhidos pela ação é infundada. Sua assessoria ainda ressaltou que só tomou conhecimento da reunião na tarde de ontem e que enviou fax à SSP. Também informou que o presidente da Semas, Walter Silva, estava em procedimento cirúrgico.
Fonte: Jornalista Cejane Pupulin - Jornal Hoje, Terça-feira, 24 de agosto de 2010.
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