28 de jun. de 2011

Jornada de lutas contra a privatização da saúde



JORNADA DE LUTAS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE - Brasília,
07 a 10/06/2011 - Campanha “STF, vote a favor da ADIn 1923/98”


Representantes da Frente Nacional contra a privatização da Saúde estiveram em Brasília, no período de 7 a 10 de junho e realizaram diversas atividades, a saber:

- Participação na Reunião do Fórum das Entidades Nacionais de trabalhadores da Área de Saúde (FENTAS) no dia 07/06/2011;
- Participação na reunião do Conselho Nacional de Saúde no dia 08/06/2011, que tirou a Moção de Apoio a ADIn 1923/98 (veja no final desse e-mail);
-Visitas aos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal para entregar material de apoio a ADIn 1923/98 e audiência com o ministro Celso Mello no dia 09/06
- Contato com parlamentares para a defesa da Saúde Pública e contra privatização da saúde, bem como solicitação de apoio a ADIn 1923/98;
-Reunião com entidades para ampliar as ações da Frente no dia 08/06 na sede do CFESS, bem como mobilizar para a marcha do dia 16/06/2011, a ser realizada em Brasília.

Todas as ações foram muito positivas e fortaleceram o SUS público, estatal, de qualidade e universal. Nestes dias conseguimos ampliar o abaixo-assinado, sensibilizar mais entidades para assinarem a carta aos ministros do STF, divulgar a Frente Nacional, etc.

Vamos ampliar esta luta contra a Privatização da Saúde!!



Reunião do CNS que aprovou a moção de apoio
da entidade à ADIN (foto: Rafael Werkema)

17/06/2011 -Para salvar a Saúde: mobilização contra a privatização do SUS ganha força

Não é de hoje que se sabe que a área da Saúde é um dos maiores campos de atuação do/a assistente social. E grande parte desses/as profissionais trabalha no setor público. Também não é de hoje que o CFESS vem acompanhando a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, formada por entidades, fóruns populares de saúde e movimentos sociais na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) público, estatal, de qualidade, universal e gratuito.

Na semana passada, dos dias 7 a 9 de junho, integrantes da Frente estiveram em Brasília (DF), mais uma vez, para uma série de reuniões e audiências em busca de apoio para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a votar pela procedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN 1.923) contra a Lei 9.637/1998, que legaliza a terceirização da gestão de serviços e bens coletivos para entidades privadas, mediante o repasse de patrimônio, bens, serviços, servidores e recursos públicos. O CFESS participou da intensa agenda da Frente.

No dia 7/6, o grupo se mobilizou para protocolar no STF uma série de documentos que denunciam os prejuízos à Saúde causados pelas OS e tentar agendar audiências com os/as ministros/as que ainda não haviam sido contactados/as pela Frente. A análise da ADIN está interrompida desde o dia 19 de maio, em razão de um pedido de vista (solicitação de prazo para analisar a matéria) do ministro Marco Aurélio Mello. Até agora, somente os ministros Ayres Britto, relator da ADIN, e Luiz Fux votaram, ambos pela procedência parcial da Ação.

À noite, representantes da Frente participaram da reunião do Fórum das Entidades Nacionais de Trabalhadores da Área da Saúde (FENTAS) para discutir as estratégias de intervenção e mobilização junto ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), com o objetivo de fortalecer a relação da Frente com o FENTAS e a luta em defesa da saúde pública e de qualidade.

No dia 8/6, a Frente continuou sua agenda movimentada. Parte do grupo foi ao CNS participar do debate “Análise da situação de Saúde no Brasil”, que aconteceu durante a reunião do CNS. Após quase um dia inteiro de discussão acerca do tema, a assistente social Maria Inês Bravo e a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFJR) Fátima Siliansky, ambas representantes do Fórum de Saúde-RJ, apresentaram aos/às conselheiros/as do CNS a Frente e sua agenda de lutas. “Falamos da nossa mobilização em defesa da saúde pública e universal e da luta contra as Organizações Sociais, instituições que têm reforçado e ampliado a ação patrimonialista e clientelista, enfraquecendo o Estado”, afirmou Inês. Fátima enfatizou: “como consequência, o alto custo decorrente dessa ação, a princípio denominada de modernizante, atua como um instrumento politico e ideológico, comprometendo drasticamente o financiamento da rede eminentemente pública, criando distorções na remuneração de pessoal, precarizando as relações de trabalho, entre outros”.

Ao final da reunião, a Frente conseguiu que o Conselho Nacional de Saúde aprovasse, quase que por unanimidade, uma moção de apoio do CNS à ADIN 1.193/1998. “Um apoio fundamental para essa luta, já que o CNS é a instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS) e fiscaliza, acompanha e monitora as políticas públicas de Saúde”, completou Inês Bravo.

Saindo do CNS, à noite, a Frente reuniu-se na sede do CFESS, incluindo a participação de representantes dos segmentos de usuários no CNS e do FENTAS com a proposta de mobilizar mais entidades para participar da campanha “STF, vote a favor da ADIN 1.923/1998 contra as OS” e discutir estratégias de ampliação da luta contra a privatização da Saúde.

Segundo a assistente social Inês Bravo, as próximas ações da Frente serão: mobilização das pessoas para enviarem telegramas ao STF pedindo a aprovação da ADIN; ampliação do número de signatários do Abaixo-assinado; participação na 3ª Marcha Unificada em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos, no dia 16 de junho, na Esplanada dos Ministérios; e realização do 2º Seminário Nacional da Frente, que acontecerá na cidade de São Paulo, em julho.

Seguindo a intensa agenda, no dia 9/06, outros/as integrantes da Frente voltaram ao STF para uma audiência com o ministro Celso de Mello, que recebeu, em mãos, a Carta aos Ministros do STF, cópia do Abaixo-assinado pela procedência da ADIN (com quase 6 mil assinaturas) e o documento "Contra fatos não há argumentos que sustentem as Organizações Sociais no Brasil", que relata os inúmeros prejuízos causados pelas Organizações Sociais à saúde pública.

“Vamos protocolar nos gabinetes dos ministros, quantas vezes for necessário, todos os nossos documentos. Inclusive porque ministro Luiz Fux, em seu voto, no mês passado, chegou a afirmar que só havia recebido relatos sobre ‘benefícios do modelo de gestão público-privado’, o que nos deixou surpresos/as, porque a Frente já havia socializado para o ministro todos os documentos que comprovam que só há prejuízo para a Saúde com as OS”, explicou Inês Bravo.

MOÇÃO DE APOIO Nº 008, DE 09 DE JUNHO DE 2011

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Vigésima Segunda Reunião Ordinária, realizada nos dias 8 e 9 de junho de 2011, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e pelo Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006, e

considerando a Reforma Administrativa, ocorrida nos anos 90, que prometia modernizar o Estado brasileiro, não dialogou com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde Universal quando, promovendo diferenciações entre o serviço burocrático e a prestação de serviços assumiu o primeiro bloco como função do Estado e incentivou que os demais passassem à responsabilidade da própria sociedade. Diante dessa possibilidade jurídica foi aprovada a lei que criou as Organizações Sociais.
considerando que esse projeto atingiu diretamente o SUS em princípios basilares como o do concurso público, da impessoalidade, da moralidade e da transparência, bem como dos artigos 17 e 18 da lei 8.080/90 que tratam das competências dos entes federados, no Sistema Único de Saúde.
considerando as Organizações Sociais têm reforçado e ampliado a ação patrimonialista e clientelista enfraquecendo o Estado brasileiro da Constituição Federal de 1988. Como conseqüência, o alto custo decorrente dessa ação, à princípio denominada de modernizante, atua como um instrumento político e ideológico comprometendo drasticamente o financiamento da rede eminentemente pública criando distorções na remuneração de pessoal, precarizando as relações de trabalho bem como desconstruindo e inviabilizando quase que por completo, a possibilidade de atuação sinérgica e produtiva da equipe multiprofissional em saúde.
considerando que a contratação de profissionais sem amparo legal e técnico, tem comprometido a qualidade do serviço prestado à população usuária do SUS. Os fatos observados e as informações da mídia apontam a terceirização da gestão do SUS como um dos mais importantes fatores de desvios e corrupção no sistema.
considerando que a solução dos graves problemas de gestão do SUS, passa pela regulamentação do art. 37 da CF, propiciando autonomia administrativa e orçamentária dos serviços, bem como a profissionalização da gestão com os seus próprios quadros devidamente qualificados.

O Conselho Nacional de Saúde vem a publico, e particularmente junto aos Ministros do Supremo Tribunal Federal, manifestar seu mais absoluto e irrestrito apoio a ADI 1.923 que contesta a legalidade das organizações sociais como gestores dos serviços públicos de saúde.


Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima
Vigésima Segunda Reunião Ordinária.

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Visite o blog "Pela Saúde", do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, envie e-mails para os/as ministros e veja os links para outros fóruns de saúde no Brasil

Baixe o documento Contra fatos não há argumentos que sustentem as Organizações Sociais no Brasil

Conheça no site do STF a ADIN 1.923/1998

E RELEMBRE

Saúde agoniza enquanto ADIN não é votada

A saúde pública vai sobreviver à espera?

Frente contra privatização do serviço público se reúne com Ministro do STF, Ayres Britto

CFESS assina carta em defesa de serviço público de qualidade e pelo controle social


Enviado por Ivanilde V. Batista em 28 de junho de 2011.

Tempo de travessia


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa

27 de jun. de 2011

Juiz de Goiás que anulou união de casal gay nega ser homofóbico








No último dia 18, Jeronymo Villas Boas, juiz de Goiás, mandou anular a união estável de um casal gay. Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o juiz falou sobre sua decisão e negou ser homofóbico.



Argumento do juiz goiano

Para o juiz, a união estável de pessoas de mesmo sexo contraria esse conceito constitucional. Na opinião dele, casais gays não teriam como constituir nem família nem estado. “Se você fizer um experimento, levando para uma ilha do Pacífico dez homossexuais e ali eles fundarem um estado, sob a bandeira gay, e tentarem se perpetuar como estado, eu acredito que esse estado não subsistiria por mais de uma geração”, argumenta.


Interpretação do STF

A posição do juiz vai contra a interpretação do Supremo Tribunal Federal sobre o que é uma família. “O ministro-relator Ayres Britto disse que a Constituição apenas silencia e, portanto, não proíbe a união homoafetiva. Em linguagem poética, o relatório dele, aprovado por unanimidade, diz que família é um núcleo doméstico baseado no afeto e que os “insondáveis domínios do afeto soltam por inteiro as amarras desse navio chamado coração”.

Veja entrevista aqui



Fonte: G1 Atualizado em 26/06/2011 21h39

Garoto de 11 anos desaparece após operação policial


"Não tenho mais lágrimas para chorar", diz mãe de menino sumido no Rio Garoto de 11 anos despareceu durante operação policial no último dia 20. PM abriu sindicância para apurar envolvimento de policiais militares.

Segundo os parentes, Juan sumiu depois de ser baleado num tiroteio entre PMs do 20º BPM (Mesquita) e um traficante. A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar se houve envolvimento de policiais no desaparecimento.

Veja matéria completa aqui

Fonte: G1 - Atualizado em 25/06/2011 13h03

26 de jun. de 2011

30 de junho, Arnaldo Antunes em Goiânia

Veja mais aqui

Abaixo, Arnando Antunes com seu grave poderoso
em duas boas companhias










Arnaldo Antunes para as crianças






Boletim Criança Não é de Rua



Compartilhamos o Boletim Criança Não é de Rua e a Carta Aberta acerca da “Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua", assinada por Bernardo Rosemeyer, Secretário Nacional da Campanha Criança Não é de Rua.


Click para visualizar: Boletim e Carta Aberta.


Quênia Oliveira
Comitê Criança Não é de Rua
www.criancanaoederua.org.br
Fone: 0xx 85: 3212-9477 ou 3212-2836
Msn: queniadeoliveira@hotmail.com
Skype: Criança não e de Rua

23 de jun. de 2011

São João, minha festa favorita


Olha Pro Céu
Luíz Gonzaga
Composição: Luiz Gonzaga / José Fernandes

Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração.








Noite De São João

Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

Fernando Pessoa



Noite de São João, celebrada em 23 de junho, véspera da data de nascimento de São João que, em vida, foi um pregador austero e de moral rigorosa. No entanto, é honrado em festas alegres e dionisíacas, com muita comida, dança e bebida. A data coincide com o solstício de verão no hemisfério norte. Desde tempos remotos, camponeses de toda Europa comemoravam, acendendo fogueiras. A tradição estendeu-se ao Brasil e outros países latino-americanos, coincidindo, neste caso, com o solstício de inverno.

A fogueira, o banho de cheiro, a poesia simples das cantigas do povo, o gosto bom da canjica, o perfume apetitoso das rosquinhas e dos bolos, as sortes, todo um mundo de esperanças, era assim que se festejava São João, sem dúvida a mais antiga e a mais brasileira das festas.

São João é o mais comemorado entre todos, especialmente, na zona rural, quando em sua honra as festas contam com comidas especiais à base de milho como canjica e pamonha, por exemplo. A música geralmente utilizando a sanfona é própria para a ocasião, são queimadas fogueiras e usadas roupas típicas para a dança da quadrilha. Entre as brincadeiras destacam-se a pescaria, leitura da sorte, rifas e leilões.

“São João, o santinho distraído, que estava dormindo e não sabia que aquele era seu dia, recebia do povo as rosas e os cravos, as graças e as ternuras das mãos inspiradas das sinhazinhas doceiras que criavam em sua homenagem os melhores doces brasileiros.”

Fonte: Arquivo do mês de Christiane Alberca

22 de jun. de 2011

As aprendizagens mais profundas e duradouras fazemos em silêncio



Enviado por Vanderleida Rosa de Freitas e Queiroz, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e doutoranda do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação/UFG, em 20 de junho de 2011.

21 de jun. de 2011

Educar os filhos com autoridade e não autoritarismo

Educar os filhos com autoridade, e não autoritarismo,
é um dos principais desafios diante dos quais os
pais se deparam no processo de formação dos pequenos.

Ter autoridade implica desfrutar de alguma forma de comando ou poder sobre outras pessoas, característica de alguém que exerce o direito de se fazer obedecer. Já o autoritarismo diz respeito ao exagero, ao uso desproporcional de força, ao fim do diálogo, à intimidação ou mesmo humilhação, a todo um sistema ou ideologia totalitária.

Crianças formadas de maneira sadia precisam de pais que se filiem à primeira opção e saibam exercer de modo correto a autoridade que lhes é própria, em função dos seus papéis dentro de casa.

“No ambiente doméstico, a autoridade está relacionada ao respeito e consideração aos pais por parte de seus filhos, ligada aos laços sanguíneos, ao fato de que os pais, além de progenitores, se responsabilizam durante toda a infância e adolescência pela formação, valores, educação e preparação para o contato com o mundo externo, além dos sentimentos fortes que os unem”, esclarece o doutor em Educação pela PUC-SP, João Luís Machado.

Por sua vez, a psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, Adela Stoppel de Gueller, lembra que a pessoa investida de autoridade “se ocupa de fazer cumprir aqueles valores morais nos quais acredita, que lhe foram transmitidos por seus antecessores e que no presente toma como próprios. Para a criança, os pais são as primeiras figuras de autoridade e, durante muito tempo, as mais importantes. Ao longo da primeira infância, os pais vão transferindo esse direito para avós, professores, médicos, etc. A criança começa a ir à escola quando está pronta para reconhecer nos educadores figuras de autoridade, além das de seus pais”.

Reflexos

Nas famílias em que prevalece o diálogo e a autoridade é percebida de forma natural, as crianças aprenderão a utilizar em suas outras relações, fora do âmbito familiar, as ferramentas da compreensão e do entendimento. “Nesse sentido, reitero a necessidade de que a argumentação deve ser sempre bem feita, clara e evidenciar a situação, os motivos da conversa, as questões em pauta, os problemas discutidos e as alternativas de solução”, opina João Luís.

Sustentar a autoridade implica um compromisso ético e de muita responsabilidade acerca das ações dos adultos.

“Ter autoridade com os filhos decorre da seriedade que os pais têm consigo e entre si mesmos. Quando os pais sustentam a autoridade, estão transmitindo aos filhos o valor da responsabilidade e do compromisso, e é isso que permitirá que, um dia, seus filhos possam exercer o lugar de pais. Isso quer dizer que a autoridade está estreitamente ligada à transmissão de uma geração a outra e, por isso, é o canal por onde se transmitem os valores do passado para o futuro. A autoridade apazigua as crianças porque transmite firmeza e segurança. Permite um questionamento que induz à reflexão, ou seja, induz a criança a pensar sobre a ordem das coisas”, explica Adela.

Por outro lado, famílias que são local de embates frequentes tendem a criar pessoas igualmente agressivas, repressoras e autoritárias em outros espaços e situações.

“Esta tônica infeliz, de agressões e autoritarismo, poderá, inclusive, levar à deterioração dos laços familiares e ao afastamento dos membros da família”, diz o doutor João Luís. “O autoritarismo está mais preocupado com o tempo presente, com o controlar uma situação atual. Por isso, exige que os pais tomem medidas como castigos ou punições que tem valor nesse momento, mas muitas vezes não têm efeito duradouro e, por isso, exigem ser repetidas. Pode ter como consequência uma submissão passiva ou uma rebeldia recorrente”, esclarece a doutora Adela.

Recuperação

E será possível para os pais recuperar a autoridade em lares nos quais tudo já está caótico e as relações são desrespeitosas? A regra é nunca perder a esperança.

“Algumas pessoas advogam que devemos zerar as relações, recomeçar mesmo. Pode ser uma boa alternativa esse recomeço, mas dependerá muito das pessoas acreditarem nisso. As cicatrizes e dores permanecem e qualquer recaída pode ser fatal. É preciso consciência, que se estabeleça um acordo coletivo, que as pessoas queiram muito, percebam que, além das diferenças, deve prevalecer o amor e os fortes sentimentos que as unem. É possível, sim, superar qualquer diferença quando o que de fato une as pessoas é um sentimento como o amor”, acredita João Luís.

Esse não é um processo fácil e não há soluções prontas. Tudo exige tempo e trabalho. “Não há nada mais delicado nas relações humanas que a confiança. Quando as crianças nascem, dão um voto de confiança a seus pais. Eles têm que saber que esse é um presente precioso que seus filhos lhes deram. Se o perdem, terão um trabalho enorme para recuperá-lo. O que os pais terão que conseguir é que seus filhos voltem a acreditar na palavra deles. Às vezes, nesses casos, é necessário que um profissional intervenha para ajudar nesse reestabelecimento”, diz Adela.

O que fazer

O diálogo deve ser a palavra de ordem na mediação dos inevitáveis conflitos ou diferenças de opinião que surgirem. Com base na opinião dos especialistas João Luís e Adela Stoppel, confira algumas dicas do que deve ser feito para exercer a autoridade:

– Pais educam pelo exemplo. Assim, o diálogo começa pela forma de relação entre o casal. O respeito mútuo assumido de forma honesta e franca diante dos filhos é a forma primordial de estabelecer para as crianças e adolescentes que é deste modo que se superam as divergências;

– O diálogo assume tons variáveis de acordo com a maior ou menor ênfase que se pretende dar aos assuntos em discussão. Algumas vezes, a conversa tende a ser mais tensa ou dura. No entanto, não se pode perder de vista que, por mais sério e grave que seja o caso, as pessoas envolvidas nesta discussão são pais e filhos e que, dessa forma, em nenhum caso deve haver violência ou imposição, autoritarismo;

– Deve prevalecer a clareza das informações, o direito de os filhos se manifestarem, de apresentarem o seu lado, de se defenderem;

– Pais que tem autoridade transmitem segurança para o filho. É importante que a criança saiba que há alguém que ensina o que se pode fazer e o que é proibido;

– A autoridade apoia-se no poder da palavra, ou seja, que a palavra tenha valor de ato e de promessa. A criança confia na autoridade de seus pais quando verifica que eles cumprem o que dizem e fazem o que prometem. As crianças buscam confirmar isso de forma recorrente;

– A palavra não precisa ser dita a cada vez. Para um pai que tem autoridade, só com seu olhar a criança já entende que está fazendo algo que não devia. O olhar diz algo como: “Já lhe disse que…”.

O que não fazer

De acordo com a psicóloga Adela, o autoritarismo instala-se no lar quando, por algum motivo, a autoridade perdeu sua base. “É geralmente uma tentativa de reinstaurar a autoridade e que, geralmente, fracassa, porque a sustentação simbólica da autoridade não está funcionando bem”. Veja o que buscar não fazer, sob pena de se tornar um pai autoritário e não com autoridade:

– O pai não deve desautorizar a mãe na frente da criança, ou vice-versa. A autoridade passará a ser questionada pelas crianças, pois parecerá relativa. essa relatividade não dá confiança suficiente para a criança;

– Atitudes autoritárias e violentas desencadeiam situações ainda piores, de confrontação e de transgressão ainda maiores. Proibir, punir ou limitar ações dos filhos, por exemplo, só tem sentido se a situação como um todo for explicada de forma clara a eles para que entendam os motivos destas sanções impostas.Link

Fonte: Rede Nacional Primeira Infância em 20 de junho de 2011.

Anulação de união estável entre gays é ‘atentado’ ao STF, diz ministro

Em maio, STF reconheceu efeitos da união civil para casais gays.
Juiz de Goiânia anulou contrato de união estável entre homossexuais.


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux avaliou como um “atentado” à soberania da Corte a decisão do juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Goiânia Jeronymo Pedro Villas Boas, que determinou a anulação de um contrato de união estável entre homossexuais firmado em Goiás.

“Se o juiz declarou inconstitucional uma decisão do Supremo é realmente uma afronta à autoridade da Suprema Corte, que é a única competente no país para declarar se uma lei é inconstitucional ou não. É um atentado à soberania das decisões do STF”, afirmou Fux.

Veja matéria completa aqui

Fonte: Débora Santos Do G1, em Brasília, 20 de maio de 2011.

20 de jun. de 2011

Homossexual que teve união estável anulada por juiz diz que vai recorrer


Juiz de Goiás diz que STF não tem poder para alterar a Constituição
Jornalista registrou união quatro dias após Supremo aprovar medida.


O jornalista Léo Mendes disse ao G1 neste domingo (19), por meio de e-mail, que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de Goiás contra a decisão do juiz da 1º Vara da Fazenda Pública de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas, de anular o primeiro contrato de união estável entre homossexuais firmado em Goiás.

No dia 5 de maio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Quatro dias depois, Mendes registrou sua união com o estudante Odílio Torres.

O jornalista disse que ainda não foi notificado da decisão do juiz. “Ainda não fui notificado pelo juiz, e nem conheço o teor completo da decisão tomada por ele, numa ação movida por ele mesmo.Só tomei conhecimento que ele quis, simbolicamente, declarar sua indignação pelo fato de a primeira união estável ter sido registrada no estado dele”, escreveu.

Mendes disse ainda que enviou à Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás e ao Conselho Nacional de Justiça um pedido para que o juiz seja afastado.

O juiz disse ao G1 que o Supremo “alterou” a Constituição. Segundo ele, a Constituição aponta apenas a união entre homem e mulher como núcleo familiar.

“Na minha compreensão, o Supremo mudou a Constituição. Apenas o Congresso tem competência para isso. O Brasil reconhece como núcleo familiar homem e mulher”, afirmou.

O magistrado analisou o caso de ofício (sem que tenha sido proposta uma ação por qualquer pessoa) por entender que se trata de assunto de ordem pública.

Além de decidir pela perda da validade do documento, Villas Boas determinou a todos os cartórios de Goiânia que se abstenham de realizar qualquer contrato de união entre pessoas do mesmo sexo.

De acordo com o magistrado, os cartórios só podem providenciar a escritura se houver decisão judicial que reconheça expressamente o relacionamento do casal.

Em entrevista por telefone, Villas Boas afirmou que a decisão do Supremo está fora do “contexto social” brasileiro. De acordo com ele, o país ainda não vê com "naturalidade" a união homoafetiva.

“O Supremo está fora do contexto social, porque o que vemos na sociedade não é aceitação desse tipo de comportamento. Embora eu não discrimine, não há na minha formação qualquer sentimento de discriminação, ainda demandará tempo para isso se tornar norma e valor social”, afirmou.

Fonte: Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília - 19/06/2011 17h55 - Atualizado em 19/06/2011 17h55

Um homem extraordinário


"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida.
É nossa luz, não
nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos:
"Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e
incrível?"
Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...
Bancar o pequeno
não ajuda o mundo.
Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras

pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente
damos às
outras pessoas permissão para fazer o mesmo".

(Discurso de posse, em 1994)
Nelson Mandela

19 de jun. de 2011

É encantador o conceito visual deste clip

Da explícita claridade do dia à sutil e delicada luminosidade da noite!


Cerca de mil pessoas participam da 'Marcha das Vadias' em Brasília





Passeata chegou a ocupar todas as faixas do Eixo Monumental. Apesar do nome, a passeata reuniu mulheres, homens e famílias.





A “Marcha das Vadias” reuniu cerca de mil pessoas em Brasília na tarde deste sábado (18), segundo estimativa da Polícia Militar. A passeata é um protesto pelo direito das mulheres de se vestir, andar e agir de forma livre e nasceu em Toronto, no Canadá, em maio. No Brasil, São Paulo e Recife já realizaram edições da marcha.


Os manifestantes se concentraram perto da Rodoviária do Plano Piloto, passaram pelo Conic e seguiram em direção à Torre de TV. A marcha chegou a ocupar todas as faixas do Eixo Monumental no sentido Esplanada dos Ministérios, o que congestionou o trânsito. Os participantes cantaram palavras de ordem contra o abuso sexual contra as mulheres.



Apesar do nome, a marcha reuniu mulheres, homens e famílias. Yohana Cordeiro, de 19 anos, foi à passeata acompanhada do marido e da filha de quatro meses. “Eu tenho motivos pessoais para estar aqui. Já fui perseguida por um cara. E agora que tenho uma filha não quero jamais que ela passe por isso”, conta.


Amanda Araújo Neves, de 23 anos, foi à passeata vestida de freira. “Sou contra a culpabilização das vítimas. Tenho certeza que nenhuma mulher que foi estuprada quis ser vítima da agressão”, disse.



Histórico da Marcha

O ato é uma versão das Slut Walk, realizadas a partir de abril deste ano em várias cidades do mundo. A primeira, em Toronto, no Canará, foi organizada como crítica a declarações de um policial que associou violência sexual ao modo de agir das vítimas (que se vestiam como "vagabundas", segundo ele).

O termo pejorativo virou bandeira, com aposta no bom humor para criticar o machismo arraigado na sociedade. Roupas justas e curtas, incluindo blusas decotadas, biquinis e lingerie a mostra também deram a tônica no ato brasiliense, que partiu do centro da cidade até a Torre de TV, onde se juntou à Marcha da Liberdade. São Paulo e Recife já promoveram suas edições.

As informações são do G1.

Vejam fotos da Marcha das Vadias em brasília aqui

Mulheres com pouca roupa fazem a 'Marcha das Vadias' em SP

Homens e mulheres promovem a 'Marcha das Vadias' no Recife



Veja ainda o Manifesto – Porque marchamos?



Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos?


Em Brasília, marchamos porque apenas nos primeiros cinco meses desse ano, foram 283 casos registrados de mulheres estupradas, uma média de duas mulheres estupradas por dia, e sabemos que ainda há várias mulheres e meninas abusadas cujos casos desconhecemos; marchamos porque muitas de nós dependemos do precário sistema de transporte público do Distrito Federal, que nos obriga a andar longas distâncias sem qualquer segurança ou iluminação para proteger as várias mulheres que são violentadas ao longo desses caminhos.

No Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.

No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.

Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, por um ou vários homens ao mesmo tempo, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e curradas durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.

Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque tiveram seus corpos invadidos, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.

Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias…todas merecemos respeito!

18 de jun. de 2011

17 de jun. de 2011

Esperança é sentir e ter "deuses por dentro"




Enviado por Núbia Vieira Teixeira, professora e mestranda do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação - UFG em 16 de junho de 2011.

CONVERSANDO SOBRE ADOÇÃO

ENCONTRO MENSAL ABERTO

Os encontros mensais, coordenados por voluntários do GEAAGO, acontecem sempre na primeira terça feira de cada mês, no horário das 19:00 às 21:00 horas :

PRÓXIMOS ENCONTROS
05 de julho
02 de agosto
06 de setembro
04 de outubro
06 de dezembro

Endereço do GEAAGO:
Av. República do Líbano, nº2417 (esquina com Rua 5) sala 604
Edifício Palladium Center, Setor Oeste / Goiânia
(referência: primeira esquina acima da Praça Tamandaré)

Observações importantes:

• Pagamento de R$5,00 (cinco reais) por participante (contribuição para a manutenção de nossa sede).
• Não levar crianças, pois a sala é pequena, infelizmente ainda não temos espaço para elas.

Vera Lucia Cardoso
Diretora Executiva
www.geaago.blogspot.com
adocao@cultura.com

15 de jun. de 2011

Aplausos: ingenuidade ou cumplicidade?

Imprensa flagra aplausos de alguns militares na recepção de
grupo trazido ontem do presídio em Mato Grosso do Sul

Ante esses aplausos precisamos fazer algumas perguntas:
Os militares que aplaudiram acreditam sinceramente na inocência destes presos? Ou pior, têm consciência dos atos criminosos cometidos por esses presos e os aprovam? O que triunfará em Goiás: a violência e a impunidade ou a justiça e o respeito à vida humana?

Veja matéria completa aqui:

Abaixo uma síntese da reportagem:

Quinze policiais militares (veja os nomes no box ao lado) presos durante a Operação Sexto Mandamento em 15 de fevereiro foram trazidos do Complexo Prisional de Campo Grande (MS) para Goiânia na manhã de ontem. Os suspeitos de participação em grupos de extermínio saíram do aeroporto Santa Genoveva por uma área de hangares particulares e foram encaminhados para o novo Centro de Custódia da Polícia Militar, no Setor Leste Universitário. Ao chegarem na unidade, eles foram recepcionados com aplausos, conforme registrou a imprensa que acompanhou a recepção do grupo. Emissoras de televisão ainda flagraram alguns militares aplaudindo a chegada da tropa. O comando da PM afirmou que a manifestação foi individual e pode estar relacionada a fatos isolados. Os quinze PMs ficarão detidos por tempo indeterminado até o julgamento do caso.

Preso com o grupo, major Alessandri da Rocha Almeida, ainda permanece detido em Campo Grande. O comando geral da PM informou que ele não foi transferido com os demais militares devido a um equívoco na relação dos nomes. Na próxima semana, major Alessandri deverá ser remanejado para Goiânia, de acordo com informações reveladas pelo comando da corporação, e ficará detido com os outros 15 PMs.

Na época que foi deflagrada, 19 policiais foram presos na Operação Sexto Mandamento. Dois deles, os PMs Durvalino Câmara e André Ribeiro Nunes, que cumpriam prisão temporária foram soltos cinco dias depois. O 1 tenente da Rotam Vitor Jorge Fernandes foi o primeiro detido do grupo a ser remanejado para Goiânia. O PM foi liberado no fim de março após receber determinação da Justiça Estadual para ser solto por insuficiência de provas que comprovassem sua participação no grupo de extermínio. Alguns dias depois de chegar a Goiânia, a justiça determinou que ele fosse preso novamente. Vítor Jorge já está preso em uma das celas do Centro de Custódia junto com os 15 PMs que chegaram a Goiânia na tarde desta terça-feira.

Um dos militares trazidos para Goiânia é o tenente coronel Ricardo Rocha e o ex subcomandante da Polícia Militar em Goiás, Coronel Carlos César Macário, que teve pedido de habeas corpus negado pela justiça na semana passada. Ambos foram acusados de crime de homicídio qualificado à partir de denúncia levantada pelo Ministério Público do estado (MP-GO). Gravações telefônicas mantidas entre os dois militares, que ocupavam cargos de alta patente na corporação, mostram envolvimento em homicídio ocorrido em 2010.

Policiais

1 – Cel PM Carlos César Macário
2 – Ten Cel Ricardo Rocha Batista
3 – ST PM Hamilton Costa Neves
4 – ST PM Fritz Agapito Figueiredo
5 – 2º SGT PM Wanderley Ferreira dos Santos
6 – 3º SGT PM Geson Marques Ferreira
7 – CB PM Gilson Cardoso dos Santos
8 - CB PM José Francisco Ferreira Lopes
9 - CB PM Cláudio Henrique Camargo
10 - CB Alex Sandro Souza Santos
11 - CB PM Éderson Trindade
12 - CB PM Ricardo Rodrigues Machado
13 – SD PM Francisco Emerson Leitão de Oliveira
14 – SD PM Lourival Torres Inez
15 – SD PM Rodrigo Euzébio Pereira

Ficou em Campo Grande:

Maj PM Alessandri da Rocha Almeida

13 de jun. de 2011

Convite aos parceiros da Rede Não Bata Eduque

Caro Parceiro,

A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente convida a sociedade civil e todos os atores do Sistema de Garantia de Direitos, para apresentação do Plano de Ação da Frente e para a 1ª Oficina de debates.

Uma das formas de atuação que a Frente pretende adotar é a coordenação participativa com os parceiros. Dessa maneira, a oficina será uma das primeiras iniciativas da Frente visando dar espaço e voz para que todos possam dialogar diretamente com a Coordenação Colegiada e os membros da Frente Parlamentar.

A intenção da Frente Parlamentar é estabelecer um canal direto de interlocução com diversos parceiros.

Venha construir conosco esta nova forma de diálogo, pois acreditamos que só unindo esforços poderemos contribuir para melhorar as condições da infância do nosso Brasil.

Data: 16 de junho (quinta-feira)

Horário: 9h00

Local: Plenário 4, do anexo II, da Câmara dos Deputados.

Na oportunidade, renovamos os nossos protestos de elevada estima e distinta consideração.
E-mail para confirmação de presença: redeinfanciaeparlamento@gmail.com

Erica Kokay -
Deputada Federal
Teresa Surita -
Deputada Federal
Lídice da Mata - Senadora
COORDENAÇÃO COLEGIADA DA FRENTE PARLAMENTAR


Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária

Na próxima segunda-feira, às 16h, haverá o lançamento da Frente Parlamentar Mista Intersetorial em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária, também chamada de Frente pela Adoção. Será no Plenário 2, da Ala Nilo Coelho, no Senado Federal, conforme convite abaixo.

A Frente pela Adoção pretende se somar os esforços do Poder Público e da sociedade no sentido de estimular as políticas de convivência familiar e comunitária e as políticas de adoção. De caráter suprapartidário, a Frente pela Adoção poderá contribuir para o aperfeiçoamento da legislação que regula a matéria e para sensibilizar a população para o relevantíssimo tema da convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes.

Mais informações na Agência Câmara de Notícias

Fonte: ANDI em 13 de junho de 2011.


Veja ainda a reportagem Dos oito aos 18 anos, a espera em um abrigo


CONHEÇA A SÉRIE "ESPERA":

Esperar é a rotina de toda criança que vive em um abrigo. Normalmente, esta condição acaba quando uma família pretende adotá-la. Mas muitas nunca são adotadas e são obrigadas a deixar o abrigo assim que chegam à maioridade. A espera, nesses casos, vira uma contagem regressiva. No caso da atendente de caixa Dayara Cristina Apolinário Amaral Pereira, 22, a espera durou dez anos, dos oito aos 18 anos, período em que viveu no Centro Educacional à Criança e Adolescente (CECA), de onde saiu há quatro anos.


Dayara (foto acima) é a segunda filha de oito irmãos. Uma de suas irmãs, sete anos mais nova, recebeu seus cuidados desde que era bebê. “Quando nasceu eu já cuidava dela. Eu tinha sete anos, mas era comigo que ela ficava”, diz.

Em 1997, Dayara conta que “um dos pais dos meus irmãos maltratava a gente e, por decisão judicial, fomos para um abrigo”. A ida tinha data e hora marcada. Mas, com oito anos de idade, ela tomou a primeira de algumas decisões. Decidiu fugir antes mesmo de chegar ao orfanato. A saudade da irmã mais nova, no entanto, impediu que a fuga durasse muito tempo. “Fugi, mas logo voltei e procurei pelo abrigo. Não consegui ficar longe dela”, conta.

Adoção

A partir de então, a espera de Dayara foi um pouco diferente da de muitas das outras crianças na mesma situação que ela. Isso porque o anseio por ter condições de cuidar oficialmente da irmã foi mais forte até do que o pela possibilidade de ser adotada. Ela diz que chegou a recusar três pedidos de adoção, e que não se arrepende de ter renunciado o que poderia ter “tornado a vida mais fácil”. “Eu tinha nove, dez e 12 anos quando quiseram me adotar, mas eu não deixaria minha irmã no orfanato.” A determinação por um objetivo que dependia dela, e não de pretendentes a adoção, ajudou a amenizar a angústia e a sensação de impotência.

O convívio com as pessoas do CECA proporcionou o que Dayara chama de “várias famílias”. “No orfanato, apesar de tudo, a gente não tem contato com muitas coisas ruins, como por exemplo, decepção com as pessoas”.


Quatro anos depois de deixar o abrigo,
Dayara volta para buscar a irmã mais nova

Foto: Edu Cesar/Fotoarena

O laço familiar ininterrupto com a irmã e a possibilidade de estudar fora do orfanato ajudou com que os dias passassem menos devagar para Dayara. A vida escolar mantida fora da instituição teve ainda outra contribuição: um namoro. O romance começou entre 15 e 16 anos. Quando atingiu a maioridade, ela, diferentemente de muitos jovens na mesma situação, tinha para onde ir: o namorado virou marido e eles foram viver juntos.

A vida fora do abrigo

Casar, separar e realizar um sonho são experiências já vividas por Dayara fora do abrigo. “Aqui fora, meu relacionamento não era como eu tinha imaginado, e então decidi que era melhor terminarmos”, afirma. E, para Dayara, “a partir do fim do meu casamento é que está sendo possível viver e conhecer o que existe aqui fora”.

Mas o desejo pela guarda da irmã cresceu ainda mais desde sua saída. E, em meio a este fim, ela foi presenteada com o começo de uma nova fase. “Depois de quase quatro anos tentando a guarda dela, que hoje está com 14 anos, finalmente eu consegui. Por enquanto é provisória, ela fica comigo por 180 dias.” E este será mais um período de espera ansiosa, mas que Dayara acredita que vai superar. “Para quem já aguardou dez anos para sair de um orfanato, 180 dias vão passar rápido. E acredito que posso ganhar a guarda permanente dela”.

A irmã é tímida, mas já tem planos para a nova vida que começa treze anos depois da experiência no orfanato. Pensa em ser fotógrafa, modelo e gosta de sapatos de salto alto. Enquanto isso, Dayara, que nasceu em pleno dia 25 de dezembro e afirma que passou vários aniversários esquecidos, confessa em segredo que “no ano que vem, quero oferecer para ela o que não tive: uma festa de 15 anos”. Vai valer esperar.

Fonte: Júnior Milério, especial para o iG São Paulo em 31 de maio de 2011.

10 de jun. de 2011

PARA REFLEXÃO......

Parece mentira, mas foi verdade.

No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos, atual campeão paulista de futebol, foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral. Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou. Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a) , todos ídolos muito aguardados. O motivo teria sido religioso. A instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral. Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram. Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto abaixo que tenho o prazer de compartilhar.

No Brasil, futebol é religião (por Ed René Kivitz)

Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.

Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico e santista desde pequenininho.

Enviado por Gilsey Rodrigues da Cunha em 10 de junho de 2011

9 de jun. de 2011

Rafinha do "CQC" debocha de vítimas de estupro

O Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, órgão institucional formado por representantes da sociedade e do poder público, divulgou nota de repúdio contra o humorista Rafinha Bastos, do programa "CQC".

Na nota, o conselho critica as declarações sobre estupro feitas por Bastos em seu show de comédia stand-up reproduzidas na revista Rolling Stone e diz que sua piada encoraja os homens.

"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus", disse o humorista.

"A liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro", diz a nota. "No caso, estamos a falar da dignidade da mulher, do direito assegurado internacional e nacionalmente de não ter sua imagem estereotipada, bem como ter o direito à escolha de com quem manter relação sexual."

O conselho vê na piada de Bastos conteúdo machista e preconceituoso, "encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível".

Veja mais

Rafinha Bastos é vítima de estupro

Rafinha Bastos causa polêmica após brincar sobre órfãos no Dia das Mães

Fonte: Folha online em 08 de junho de 2011.

8 de jun. de 2011

Babá é flagrada por câmera de segurança agredindo bebê

Equipamento foi instalado para coibir ação de ladrões em SP. Como não houve flagrante, mulher não foi detida.

As imagens mostram o momento em que a mulher vai alimentar o bebê. Ela segura o rosto da criança e tenta forçá-la a comer. Instantes depois, ela olha para trás para ver se não está sendo observada. Em seguida, dá um tapa no bebê. Os pais não suspeitavam dos maus-tratos.

Veja reportagem aqui

Fonte: G1 em 08 de junho de 2011.