1 de mai. de 2017

Entre a vida e a morte, “era uma vez um homem e o seu tempo” - Belchior

Belchior - obra e homem, fascinante expressão dos que resistem até o fim, dos que não se deixam domar e nunca se rendem ao esquadrinhamento e à colonização de corações e mentes, dos despossuídos de “Corpos Dóceis” e que portam no peito "Corações Selvagens".
Cida Alves
 
Cenas de violência policial cometida contra participante da Greve Geral  (Foto divulgada nas redes sociais – Goiânia, 28 de abril de 2017).


“O que é que eu posso fazer
Um simples cantador das coisas do porão?
Deus fez os cães da rua pra morder vocês
Que sob a luz da lua
Os tratam como gente - é claro! - aos pontapés

Era uma vez um homem e o seu tempo
Botas de sangue nas roupas de lorca
Olho de frente a cara do presente e sei
Que vou ouvir a mesma história porca
Não há motivo para festa: Ora esta!
Eu não sei rir à toa!”

Belchior








"A minha história é talvez
É talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
Que no sul viveu na rua
Que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
Que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
Que ficou apaixonado e violento como você
Eu sou como você
Eu sou como você
Eu sou como você que me ouve agora
Eu sou como você
Como você"

Belchior

Mateus Ferreira, estudante que foi brutalmente agredido por PM nas manifestações da Greve Geral de 28 de abril em Goiânia (Foto divulgada por Mateus no facebook).
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Um pouco mais de Belchior



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