Egoísmo
Contra el sucio oleaje de las cosas
yo apretaba la puerta. Mis dos manos,
resueltas, obstinadas, indomables,
la mantenían firme desde dentro.
yo apretaba la puerta. Mis dos manos,
resueltas, obstinadas, indomables,
la mantenían firme desde dentro.
Fuera, el naufragio; fuera, el caos; fuera
ese pavor, abierto como un pozo,
de las bocas que gritan
al hambre, al ruido, al odio, a la mentira,
al dolor, al misterio.
ese pavor, abierto como un pozo,
de las bocas que gritan
al hambre, al ruido, al odio, a la mentira,
al dolor, al misterio.
Fuera, el rastro acosado de los hombres
sin alas y sin piernas, que se arrastran,
que giran a los vientos,
que caen, que se disuelven
en muerte sorda, oscura,
derrumbándose
sin asunción posible.
sin alas y sin piernas, que se arrastran,
que giran a los vientos,
que caen, que se disuelven
en muerte sorda, oscura,
derrumbándose
sin asunción posible.
Fuera, las madres dóciles que alumbran
con terrible alarido;
las que acarrean hijos como fardos
y las que ven secarse ante sus ojos
la carne que parieron y renuevan
su grito primitivo.
con terrible alarido;
las que acarrean hijos como fardos
y las que ven secarse ante sus ojos
la carne que parieron y renuevan
su grito primitivo.
Fuera, los niños pálidos, creados
al latigazo rojo del instinto,
y que la vida, bruta, dejó solos
como una mala perra su camada,
y abren los anchos ojos asombrados
sobre las rutas áridas,
mordiendo con sus bocas sin dulzura
los largos días duros.
al latigazo rojo del instinto,
y que la vida, bruta, dejó solos
como una mala perra su camada,
y abren los anchos ojos asombrados
sobre las rutas áridas,
mordiendo con sus bocas sin dulzura
los largos días duros.
Fuera, la ruina de los viejos tristes
que un cuervo desmenuza fibra a fibra
en dolorida hilacha, preparando
la dispersión desnuda de los hueso.
que un cuervo desmenuza fibra a fibra
en dolorida hilacha, preparando
la dispersión desnuda de los hueso.
Fuera, el escalofrío que sacude
el espinazo enfermo de la tierra
con ráfagas de hastío y de fracaso.
el espinazo enfermo de la tierra
con ráfagas de hastío y de fracaso.
Fuera, el rostro de Dios, oscurecido
por infinitas alas desprendidas
de arcángeles sin hiel, asesinados.
por infinitas alas desprendidas
de arcángeles sin hiel, asesinados.
Yo, dentro. Yo: insensible, acorazada
en risa, en sangre, en goce, en poderío.
Maciza, erguida; manteniendo firme,
contra el alud del llanto y de la angustia,
mi puerta bien cerrada.
en risa, en sangre, en goce, en poderío.
Maciza, erguida; manteniendo firme,
contra el alud del llanto y de la angustia,
mi puerta bien cerrada.
Ángela Figuera Aymerich
________________________
Educar sob a ordem da mãe: cuidado e conexão com a vida e o
mundo
[...] A ordem da mãe é inversa
àquela que se utiliza de violências para instalar e manter a sociabilidade que
se restringe à díade relacional dominação/sujeição, comando/obediência. Mas
qual é a origem dessa sociabilidade que se sustenta na relação
dominação/subordinação? Alguns teóricos centram a origem desse modelo na
dominação capital/trabalho. Em acordo como as pesquisas que estudam o tema
gênero e dominação (BOURDIEU, 2007; DIÓTIMA, 2004; SAFFIOTI, 2004; SOCOTT,
1995), acredito que esse modelo foi desenvolvido pelo sistema capitalista, mas
inaugurado na ascensão e consolidação do patriarcado.
No artigo Formação e
capacitação, Maturana (2000) ressalta que a cultura patriarcal se constitui em
um modo de vida caracterizado pela apropriação, desconfiança, controle, domínio
e sujeição, discriminação de gênero e na guerra. Embora a cultura patriarcal
assuma diferentes expressões em cada território, sua essência política é a
supremacia, o domínio de um homem sobre os demais. Nesse sentido, as relações
interpessoais são vistas como meros instrumentos que visam alcançar a
superioridade numa luta pela dominação e controle do outro. Para Maturana a
relação de supremacia e dominação “não é primária nos seres humanos, não é
característica da história que nos deu origem como seres humanos, é uma
característica peculiar de nossa cultura patriarcal” (MATURANA, 2000, p. 79).
De acordo com Maturana (2000),
a espécie humana pertence a uma linhagem neotênica[1], nela ocorreu uma
progressiva expansão das características da infância na vida adulta. Além de
conservar os traços anatômicos e fisiológicos da infância na vida adulta esse
processo também conservou nessa fase as dinâmicas relacionadas à relação
materno-infantil. Segundo ele é na dinâmica da relação materno-infantil que
surge o amor[2].
Esse sentimento é primário da cultura humana, pois é ele que institui
O domínio daquelas condutas nas quais o
outro surge como um legítimo outro em coexistência com alguém. O amor implica
na aceitação mútua e, na relação materno-infantil, em confiança e a aceitação
total da proximidade e contato corporal do outro, de qualquer sexo, sem
utilização nem instrumentalização das relações, isto é, sem o emocionar que
nega o outro em benefício próprio. Nós, os seres humanos modernos, somos
animais dependentes do amor em todas as idades, e pensamos em nossa linhagem
como uma característica neotênica (MATURANA, 2000, p. 70).
Outra característica da
neotenização de nossa linhagem está associada a expansão da sexualidade da
fêmea. O sexo como fonte de prazer promove a aceitação e desejo da proximidade
do corpo do outro. Essa aceitação abriu espaço para a intimidade do
conhecimento mútuo numa convivência muito próxima. A expansão da sexualidade da
fêmea gerou espaços de intimidade estável que instituiu vínculos e convivências
de caráter cooperativo que agregou fêmeas, machos e filhos em pequenas
famílias. As características neotênicas da linhagem humana propiciaram a
expansão da sensualidade e da ternura, que eram específicas da relação
materno-infantil, para a fase adulta.
Maturana (2000) define sensualidade
com uma abertura sensorial e a ternura como o comportamento de cuidado em
relação com os outros. Nesse sentido, a sexualidade, a ternura e a sensualidade
são as dimensões relacionais básicas que constituíram as unidades, pequenas
famílias, de um viver em cooperação e consensualidade. Sensualidade,
intimidade, ternura, são os fundamentos primários da cultura humana. De acordo
com esse autor, esses fundamentos são antagônicos à maneira de viver da
instrumentalização patriarcal, que se fundamenta em relações de domínio e
sujeição.
A forma de viver que se
concentra na apropriação e na luta pela dominação e sujeição converte a
experiência sexual (hetero ou homossexual), que deveria ser fonte de intimidade
e prazer, em uma forma de manipulação. A sociabilidade que se configura em uma
relação dominação/sujeição
Restringe a sensualidade, a ternura e a
inteligência devido ao fato de se focalizar a atenção principalmente num só
tema fundamental, o tema da dominação e da sujeição. O crescimento epidêmico do
patriarcado, na expansão da instrumentalização de todas as relações no domínio
das dinâmicas políticas e comerciais, torna impossível que a relação primária
mãe-filho e o crescimento das crianças no respeito por si mesmas e na
consciência moral tenham lugar de maneira espontânea na conservação do humano.
Nessas circunstâncias, é necessária a reflexão que expande o entendimento para
levar a uma convivência amorosa que conserve o humano (MATURANA, 2000, p. 80).
Nesta mesma linha de
argumentação, ao discutir o tema da formação docente Contreras (2012) ressalta
o valor da relação educativa existente entre mãe e filho/filha[3]. Ele defende a ideia de
que educar é continuar o processo iniciado pela mãe (ou a figura que a
substitui), ou seja, é estender as ações de seu legado e sua função vital. O
conceito de educar para esse autor refere-se a uma ordem de sentido que permite
transitar pelo fundamental da vida, não desligando por um minuto a experiência
do aprender com a do “lidar com a realidade, com o significado, com o vivo e
necessário em cada uma, em cada um. É mediar entre quem esse filho ou filha é e
o mundo ao que se incorpora” (CONTRERAS, 2012, p. 4-5).[4]
Contreras (2012) destaca que
na relação educativa mãe e filho/filha não existe desconexão entre o que é ensinado
pela mãe e a realidade viva e complexa que envolve o filho/filha. Essa forma de
educar não cinde o pensar do sentir. Em seu entendimento a construção de
saberes que opera na sala de aula deveria seguir a mesma dinâmica, ou seja,
estar conectada com a experiência viva dos alunos e alunas. A aula, a formação,
a produção de conhecimentos deveria ser um reflexo de um estar no mundo que não
é guiado por critérios de significação já dados, mas um movimento ininterrupto
e criativo de busca de seus próprios significados e sentidos (DIÓTIMA, 2004;
SOUZA, 2006).
Uma aprendizagem pessoal, no
âmbito escolar, significa dar continuidade ao que já começou em cada criatura
desde que nasceu em sua relação com a figura materna, afirma Contreras (2012).
Uma relação que é guiada por uma consciência intuitiva de amor, de afeto, de
brincadeira e de sentidos das coisas e da vida que envolve uma criança.
Todavia, ele não nega que uma aprendizagem pessoal é algo difícil de ser
efetivado nas instituições que gastam tempo demais na transmissão de saberes
como disciplinas que falam por si só. Saberes que falam em uma linguagem
abstrata, universal, em que o sujeito da aprendizagem não opera sobre esses
saberes. A linguagem materna não desconecta o discurso educativo com a realidade
vivida pela criança.
A definição da educação
materna que Contreras (2009) expressa acima está amparada no conceito que
Milagros Rivera denomina de língua materna. Para essa pesquisadora a língua
materna é a que traz a realidade, ela não se dá por intermédio de discursos que
associam conhecimento com poder[5], pois os discursos, sejam
de qual ideologia for,
Custa trabalho tanto ensiná-los como
aprendê-los, por que suplantam ou pretendem suplantar a realidade, em vez de
trazê-la. A professora que ensina na língua materna entende e dá a entender, da
maneira que seu corpo e o de seus alunos e alunas sentem a felicidade de
ensinar e aprender, contemplando dos lábios dela a presença do real. Quando o
corpo é feliz na classe, o saber flui, por que o corpo e a língua materna estão
bem quando estão juntos, quando o corpo não se vê obrigado a ensinar ou
aprender de memória discursos que só em parte recorda ou compreende porque são,
de fundo, fictícios. Em verdade, por que não são língua materna. Porque o corpo
humano sofre quando tem que incorporar discursos, custa tanto esforço ir a
classe; e por isso interpretamos acertadamente este fato tão frequente na
infância com a expressão a dor da separação da mãe; quer dizer, de separar-se
da relação de aprendizagem que ela fundou e sustentou durante a primeira
infância. O corpo humano sofre quando tem que estudar discursos por que lhe
obriga a aprender numa relação de força (Rivera apud CONTRERAS, 2009, p. 9). [6]
Para Rivera (2009) a língua da
mãe não se expressa pela força que almeja o domínio sobre o outro, mas sim pelo
amor. Como Maturana (2000) e Rivera (2009), Maria Zambrano (apud RAMOS, 2009),
entende que o amor é uma criação do universo das mulheres. Sobre essa criação
Zambrando diz:
O interessante para o problema que nos
ocupa é ver qual foi a criação do homem e qual a da mulher [...]. A mulher tem
uma maior proximidade com a natureza, mas não fica tampouco com ela, pois de
ser assim, seria outra espécie distinta do homem; ela também cria, e sua
primeira criação é isso que chamamos amor. O amor é uma criação espiritual como
a arte, como a ciência (Zambrano, apud RAMOS, 2009, p. 6).[7]
A relação educativa que se
funda nessa criação do mundo feminino não busca construir conhecimentos que têm
como função o controle do outro. Para Rivera (2009) a educação que opera na
língua materna não concebe o conhecimento como um poder nem tão pouco busca
entendê-lo de forma neutra. Nela o ato de educar se comunica de forma direta
com a inteireza do aluno e da aluna. Ao contrário da tradição científica que se
instituiu a partir de uma interpretação parcial dos postulados de Descartes
(2001), a educação que se rege pela ordem da língua materna não faz cisão entre
corpo e mente, sentidos e pensamentos. No livro de chamada da professora e do
professor que educa guiado por essa ordem, a sexualidade, os afetos, os valores
e os conhecimentos científicos sempre respondem juntos: presente!
Nesse sentido, compreendo que
o resgate que Maturana, (2000), Contreras (2009; 2012), Rivera (apud CONTRERAS)
e Zambrano (apud RAMOS, 2009) fazem da criação inaugurada pelo feminino,
representa um posicionamento crítico à epistemologia que promove saberes
independentes e separados do viver comum (DIÓTIMA, 2004). A separação entre
corpo e mente, realizada pela epistemologia cartesiana, é o ponto de referência
chave para a cisão entre a experiência vivida no próprio corpo e a ditada pela
razão, afirma Seidler (apud CONTRERAS; FERRÉ, 2010). Nessa concepção de ciência
o corpo pertence a uma natureza a parte e a identidade de um sujeito está
situada em sua mente, que é considerada a sede do pensamento. O corpo é
concebido como parte da natureza, portanto fora do reino da razão.
A natureza, como o corpo
humano, por possuírem inclinações irracionais, devem sempre ser controlados,
dominados, ou seja, submetidos a uma moralidade racional. O corpo é
incivilizado, quando não sujo, por isso representa uma ameaça à cultura e a
civilização. Negado, silenciado e, muitas vezes, punido por ser o que dizem que
ele é, o corpo foi exilado na modernidade dos processos de construção do
conhecimento. Para Seidler a conversão do conhecimento e do pensamento em algo
descorporalizado é um dos reflexos da separação entre a forma de conhecer
dominante entre os homens e as mulheres. O conhecimento sem corpo
Sem sexo, centrado na razão, desconfiado
dos sentimentos, das paixões e desejos, que reduz a experiência em dados
empíricos racional; enquanto que os sentimentos e as emoções, as experiências e
a consciência da própria corporeidade como lugar da experiência e como uma via
ao conhecimento, são considerados como um modo de comportar-se tipicamente
feminino, pouco confiável: a experiência se é contida em ‘si mesma’, de
subjetividade, de desejos e inclinações, de sentimentos, de tudo que se associa
à irracionalidade. Quando os homens se converteram em possuidores da razão e do
conhecimento, deixando com as mulheres a experiência e as emoções, o vínculo
entre experiência e conhecimento se rompeu (Seidler apud CONTRERAS; FERRÉ,
2010, p. 60-61).[8]
Contreras e Ferré (2010)
ressaltam como Milagro Rivera tem demonstrado que o conhecimento universitário
se construiu historicamente sobre esta separação. Separação que se configura em
duas formas de comunicação: uma da língua materna e outra da língua
universitária. A língua materna (mais além do idioma de origem) é aquela que se
aprende com a figura que cumpre o papel de maternagem, ou seja, em sua fala dá
nome as coisas e sentido ao que se diz. A língua universitária é abstrata,
encapsulada, um discurso organizado em si mesmo, mais preocupado com a sua
coerência interna do que com o manejo das contradições da vida e da experiência.
Para Contreras e Ferré (2010), os discursos que não falam a língua materna, que
assumem uma postura de desconfiança em relação à veracidade das sensações que
nascem do próprio corpo, tendem a perder a capacidade de se conectar com o real
e extrair dele novos conhecimentos.
Na mesma linha de raciocínio,
Morin (2009) considera ser fundamental refletir sobre os efeitos nocivos que o
princípio da disjunção e da neutralidade promove na área da educação. A
disjunção isola os objetos de seu contexto natural e do conjunto do qual fazem
parte. Na relação sujeito e objeto a neutralidade exclui a subjetividade do
investigador. Da disjunção nascem as hiper-especializações. A neutralidade cria
dicotomias, tais como: razão e emoção e o corpo e a mente. Em acordo com a
crítica apresentada acima, Boaventura Santos (2008), argumenta que o sujeito
sempre mobiliza características individuais ao se apropriar de um dado
conhecimento. Para esse autor todo conhecimento é uma reconstrução do
conhecimento. Nesse sentido, o princípio da neutralidade científica não se
sustenta na realidade, pois nela o sujeito que investiga sofre interferências
da diversidade do meio, das relações humanas, da carga genética de cada
indivíduo, de sua própria história de vida.
Reforçando as críticas ao
princípio da neutralidade, Hugo Assmann (1995) compreende que uma das formas de
promover a superação da cisão corpo e mente (pensar/sentir) é incluir uma densa
noção de corporeidade na esfera da educação. Para ele a corporeidade não é
fonte complementar de critérios educacionais, mas seu núcleo central. Sem uma
filosofia do corpo, qualquer teoria da mente, da inteligência ou do ser humano
global, é falaciosa, afirma Assmann (1995).
No entendimento de Assmann
(1995) a integração do ser cognocente com o seu processo de conhecimento passa
pela superação do mentalismo existente na maioria das formações acadêmicas e na
prática da docência. Nesse sentido, acredito ser fundamental e urgente a
repatriação da corporeidade na formação docente. Em acordo com o pensamento de
Assmann (1998) e os demais autores apresentados anteriormente, compreendo que o
aprender ultrapassa as fronteiras do mero ato racional, pois envolve por
inteiro o sujeito cognoscente. Nesse sentido, concebo que os processos de
aprendizagem se constituem em uma intricada trama de processos vitais,
histórias de vida dos aprendizes e o processo de construção de conhecimentos.
Fonte:
Tese ALFORRIA PELO SENSÍVEL - corporeidade
da criança e formação docente, autoria Maria Aparecida Alves da Silva
Fotos capturadas nas redes sociais
Fotos capturadas nas redes sociais
[1]
O termo neotônia, junção do
vocábulo neo (novo) com o tenia (estender), denomina uma característica
presente na cultura humana que consite em estender as funções materno-infantis
para além da primeira fase de vida dos filhos. Os pais humanos estendem até a
fase adulta os cuidados maternos-infantis que na maioria das linhagens animais
se restinge aos primeiros meses de vida dos filhotes.
[2] “O amor não tem fundamento racional, não
se baseia num cálculo de custos e benefícios, não é bom, não é virtude, nem dom
divino, mas simplesmente o domínio dos comportamentos que constituem o outro
como legítimo outro em convivência com alguém” (MATURANA, 2000, p. 85).
[3]O
valor educativo da relação mãe e filho destacado por Contreras refere-se a um
modelo educacional que não incorporou o padrão relacional patriarca de dominação/sujeição.
[4]
“Lidiar
con la realidad, con el significado, con lo vivo y necesario en cada una, en
cada uno. Es mediar entre quien eso hijo o hija es y el mundo al que se
incorpora” (CONTRERAS, 2012, p. 4-5).
[5]
O termo poder utilizado na frase de
Rivera, diferentemente da definição constrída por Arendt (2001), tem a
conotação de controle ou domínio sobre algo ou alguém
[6]
Cuesta
trabajo tanto enseñarlos como aprenderlos, porque suplantan o pretenden
suplantar la realidad, en vez de traérmela. La maestra que enseña en la lengua
materna entiende y da a entender, da manera que su cuerpo y el de sus alumnas y
alumnos sienten la felicidad de enseñar y aprender, contemplando de lábios de
ella la comparecencia de lo real. Cuando el cuerpo es feliz en clase, el saber
fluye, porque el cuerpo y la lengua materna están bien cuando están juntos,
cuando el cuerpo no se vê obligado a enseñar o a aprender de memória discursos
que solo en parte recuerda o comprende porque son, de fondo, fictícios. Es
decir, por que no son lengua materna. Porque el cuerpo humano sufre cuando
tiene que incorporar discursos, cuesta tanto esfuerzo ir a clase; y por eso
interpretamos acertadamente este hecho tan frecuente en la infancia como
expresión del dolor de separarse de la madre: es decir, de separarse de la
relación de aprendizaje que ella fundó y sustuvo durante la primeira infancia.
El cuerpo humano sufre cuando tiene que estudiar discursos porque se le obliga
a aprender en una relación de fuerza” (Rivera apud CONTRERAS, 2009, p. 9).
[7]
Lo
interesante para el problema que nos ocupa es ver cuál ha sido la creación
específica del hombre y cuál la de la mujer [...]. La mujer tiene una mayor
cercanía con la naturaleza, pero no se queda tampoco en ella, pues de ser así,
sería otra especie distinta del hombre; ella también crea, y su primera
creación es eso que llamamos amor. El amor es una creación espiritual como el
arte, como la ciência (Zambrano apud RAMOS, 2009, p.6).
[8]
“sin
sexo, centrado en la razón, desconfiando de los sentimientos, de las pasiones y
deseos, que reduce la experiencia a datos empíricos racional; mientras que los
sentimientos y las emociones, las experiências y la consciência de la propia
corporalidad como lugar de la experiencia y como una via al conocimiento, son
considerados como un modo de comportarse típicamente femenino, poco fiable: la
experiencia se ve teñida en ‘sí mismo’, de subjetividad, de deseos e
inclinaciones, de sentimientos, de todo lo que se asocia a la irracionalidad.
‘Cuando los hombres se volvieron los poseedores de la razón y el conocimiento,
a las mujeres se las dejó con la experiencia y las emociones. El vínculo entre
experiencia y conocimiento se rompió” (Seidler apud CONTRERAS; FERRÉ, 2010, p.
60-61).
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