Professora Célia Maria Stolze Silvany expôs o tema: “Violência física e psicológica: entendendo suas repercussões”. Auditório do Ministério Público do Estado de Goiás, 25 de novembro de 2013.
Railda Martins, coordenadora da Divisão de Vigilâncias em Violências e Promoção da Saúde, realizou a Abertura do Seminário
“O seminário: ‘Notificação de Violências Físicas e Psicológicas - Estratégias e Desafio na defesa dos Direitos Humanos’ encerra o ciclo de 4 encontros que teve com objetivo principal sensibilizar e mobilizar os profissionais que atendem pessoas em situação de violência sobre a importância da notificação compulsória de casos de violências domésticas/sexuais e outras.
O tema de hoje visa alertar os profissionais para o impacto na saúde e no desenvolvimento humano das violências físicas e psicológicas. Por força da luta de movimentos de direitos humanos e de profissionais comprometidos com a saúde das pessoas em situação de vulnerabilidades, existe na atualidade uma consciência sobre os danos que a violência sexual causa nas pessoas.
E mais, uma significativa parcela da sociedade se indigna e a atua no sentido de denunciar as diversas formas de negligências e violências psicológicas. Todavia isso não ocorre em relação às violências físicas, em especial quando ocorre na esfera familiar sob a justificativa de prática educativa. Como toda forma de violência, a física apresenta características próprias, mas algo em particular faz com que ela seja o nosso alvo de atenção nesse momento:
1) Dentre as violências sofridas por crianças, adolescentes, mulheres e idosos, a violência física é a que APRESENTA MAIOR FREQUÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO;
2) A maioria dos casos notificados de violência física contra crianças tem como PRINCIPAL AUTOR DA VIOLÊNCIA OS PRÓPRIOS PAIS BIOLÓGICOS;
3) A violência física tendem a resultar em CASOS GRAVES E DE ALTA LETALIDADE.
O número de mortes decorrente da violência física predomina em relação às outras formas de violência (AZEVEDO; GUERRA, 1995);
“A cada dois dias, em média, cinco crianças de até 14 anos morrem vítimas de agressão. Ou seja, a cada dez horas, uma criança é assassinada no Brasil” (SIM, 2008).
“10% das crianças que se apresentam nas urgências dos hospitais no Brasil, com menos de 5 anos, são vítimas de abuso físico. Nas internações hospitalares, verifica-se elevada ocorrência de traumatismo craniano em crianças” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004)
4) MAIS NATURALIZADA dentre as violências intrafamiliares;
5) A violência física intrafamiliar como método punitivo disciplinar, aliada a violência psicológica, é um dos instrumentos chaves para a edificação e manutenção da SOCIABILIDADE ESTRUTURADA NA RELAÇÃO COMANDO-OBEDIÊNCIA/DOMINAÇÃO-SUBORDINAÇÃO.
(Fragmento do pronunciamento de abertura do seminário realizado por Railda Martins – Coordenadora da Divisão de Vigilâncias em Violências e Promoção da Saúde/Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia)
Cida Alves apresentou as estatísticas nacionais e locais das Notificações Compulsórias de Violências Domésticas/Sexuais e Outras (veja abaixo as estatísticas apresentadas)
A professora Célia Maria Stolze Silvany apresentou as diferentes codificações de violências e as pesquisas atuais que evidênciam o impacto na saúde de pessoas que vivem situações de violências
ATENÇÃO: a professora Célia Silvany disponibilizou a sua apresentação, caso tenha interesse em obtê-la envie para o blog EDUCAR SEM VIOLÊNCIA o seu e-mail.
Ao final foi realizado o relançamento do livro “Quebrando o silêncio – Disque”. Exemplares do livro foram distribuídos para a instituições presentes.
Apresentação das estatísticas nacionais e locais das notificações compulsórias
Os dados estatísticos de Goiânia foram sistematizados pela psicóloga Ionara Rabelo - da Divisão de Vigilâncias em Violências e Promoção da Saúde.
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