22 de abr. de 2012

HOTXUÁ: o riso sagrado do povo Krahô

 

Que civilização avançada é essa que eleva a ALEGRIA ao plano do sagrado e destina um sacerdote para promover a graça em seu povo.

Veja a história de um povo que por meio do riso supera os conflitos

Sinopse do documentário HOTXUÁ

Um registro poético sobre a tribo indígena krahô, um povo sorridente que designa um sacerdote do riso, o hotxuá, para fortalecer e unir o grupo através da alegria, do abraço e da conversa. Acompanhando o dia-a-dia da aldeia no Norte do Brasil, o filme colhe depoimentos dos índios, em sua língua nativa e em português. Eles falam sobre as crenças e o estilo de vida que sustentam e mantêm essa sociedade feliz cuja concepção de mundo é o equilíbrio entre forças opostas e o respeito à diversidade.

Diretores: Letícia Sabatella e Gringo Cardia
Produtor: José Gonzaga Araújo
Roteiro: Letícia Sabatella, Gringo Cardia, Alessio Slossel e Povo Krahô
Fotografia: Sylvestre Campe
Editor: Quito Ribeiro
Som: Heron Alencar, Bruno Espírito Santo e Denilson Campos
Indigenista: Fernando Schiavini
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação
Um Projeto Kapey União das Aldeias Krahô!
Produzido por Pedra Corrida Produções e Letícia Sabatella

 

Palhaço Palito 2

 

 

 

 

Dedico essa postagem ao querido palhaço PALITO do circo Lahetô (Goiânia, Goiás) que cedo nos deixou e sempre provoca muitas saudades.

 

 

Veja abaixo o poema TU RISA de Pablo Neruda

Poema TU RISA de Pablo Neruda

Quítame el pan, si quieres,
quítame el aire, pero
no me quites tu risa.

No me quites la rosa,
la lanza que desgranas,
el agua que de pronto
estalla en tu alegría,
la repentina ola
de plata que te nace.

Mi lucha es dura y vuelvo
con los ojos cansados
a veces de haber visto
la tierra que no cambia,
pero al entrar tu risa
sube al cielo buscándome
y abre para mi todas
las puertas de la vida.

Amor mío, en la hora
más oscura desgrana
tu risa, y si de pronto
ves que mi sangre mancha
las piedras de la calle,
ríe, porque tu risa
será para mis manos
como una espada fresca.

Junto al mar en otoño,
tu risa debe alzar
su cascada de espuma,
y en primavera, amor,
quiero tu risa como
la flor que yo esperaba,
la flor azul, la rosa
de mi patria sonora.

Ríete de la noche,
del día, de la luna,
ríete de las calles
torcidas de la isla,
ríete de este torpe
muchacho que te quiere,
pero cuando yo abro
los ojos y los cierro,
cuando mis pasos van,
cuando vuelven mis pasos,
niégame el pan, el aire,
la luz, la primavera,
pero tu risa nunca
porque me moriría.

 

O TEU RISO

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria ,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

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