A revisão de pesquisas coordenada por Joan Durrant, da Universidade de Manitoba no Canadá, indicam que nenhum tipo de efeito duradouro positivo pode surgir a partir da punição física.
por Ana Cláudia Xavier
De acordo com uma revisão de pesquisas desenvolvidas ao longo dos últimos vinte anos, pais que batem em seu filho podem estar causando efeitos duradouros e nocivos ao desenvolvimento da criança.
De acordo com a literatura médica analisada, pesquisadores encontraram ligações entre castigos físicos “usuais” (como a surra administrada após a criança ter feito algo errado) e níveis mais altos de abuso infantil. Os estudos indicam também que nenhum tipo de efeito duradouro positivo pode surgir a partir desse tipo de punição.
“Eu acho que é importante que os pais entendam que apesar de que o castigo físico possa fazer com que a criança faça algo na situação imediata, existem muitos efeitos colaterais que podem se desenvolver a logo prazo”, explica a coautora da revisão, Joan Durrant, da Universidade de Manitoba no Canadá. “Por exemplo, o quanto mais frequentemente uma criança ver um pai respondendo a conflitos ou frustração com tapas ou surras, o mais provável é que essa criança fará o mesmo quando confrontar os seus próprios conflitos”, completa.
A revisão foi publicada no periódico Canadian Medical Association Journal.
Fonte: Blog de Boa Saúde, em 7 de fevereiro de 2012.
Colaboração de Mércia Gomes Carvalho, fisioterapeuta e consultora do Departamento de Redes de Atenção do Ministério da Saúde.
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