31 de jan. de 2012

Agenda SUS - Dia Mundial da Não Violência

 

A coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva, fala no vídeo sobre o Dia Mundial da Não Violência. Ela explica porque o tema se tornou problema de saúde pública e destaca projetos do Ministério relacionados ao combate da violência.

30 de jan. de 2012

5° Mostra de Cinema: “O amor, a morte e as paixões”

 

Leitores de Goiânia,

Mostra de Cinema

Já começou a 5º Mostra de Cinema “O amor, a morte e as paixões”

Serão exibidos 64 filmes de arte de diversas partes do mundo e inéditos em Goiânia.

 

Minha sugestão para o dia 31 de janeiro é:

 

 

Acesse a programação completa Aqui

27 de jan. de 2012

A delicadeza e a sofisticação no ato de ensinar dos Mestres da Equitação

 

Cavalo branco-1

O que nós, pais e professores que educamos crianças e jovens, temos a aprender com os mestres da equitação Frédèric Pignon e Lorenzo?

 

Cavalos negros-1

Assista a reportagem “Show de adestramento sem rédeas é ponto alto de feira de cavalos alemã” e conheça as práticas de Adestramento em Liberdade desenvolvidas pelos mestres da equitação que se apresentam na Equitana (Alemanha).

Acesse a reportagem Aqui

 

Cavalos selvagens-1

Abaixo alguns trechos da reportagem com depoimentos dos mestres da equitação Frédèric Pignon e Lorenzo.

Reporter do globo rural

 

 

Reportagem do jornalista Nelson Araújo do Globo Rural

 

“o que encanta, o que hipnotiza os 7 mil expectadores que lotam a grande arena da Equitana é a apresentação dos mestres que fazem do exercício da equitação uma obra de arte. Eles dispensam a cela, o arreio, o cabresto (...) e o freio. É o Adestramento em Liberdade, onde cavalo e treinador entram em conexão, uma sincronia (...) do mais alto nível.”

 

O Jornalista Nelson Araújo na entrevista com Frédèric

Na conversa que tivemos no galpão de aquecimento pergunto a Frédèric onde é que ele esconde as rédeas, as linhas invisíveis com que controla os cavalos, parece mágica.

- Eu penso que essa mágica vem do elo de amizade e respeito que procuro manter com eles. Você não vê porque isso é energia. Quando faço um gesto solicitando alguma coisa e o animal responde, pode até parece mágica, mas na verdade tem muito, mais muito trabalho mesmo por trás disso.

E como você concebe o show, de onde vêm as idéias?

- Eu procuro seguir o que os cavalos gostam de fazer, é como num quebra cabeça e aí vou encaixando os números. Mas repito é tudo fruto de muito trabalho e da abordagem que faço. No adestramento em liberdade é importante que os cavalos se sintam livres para que possam expressar o que sentem.

Frédèric observa que um cavalo triste, infeliz, desconfortável, ou que esteja sentido medo, não consegue realizar essas coisas. Lembra que entre o focinho e os olhos do animal tem glândulas que exalam uns cheiros específicos quando a situação não está boa.

- Treinar cavalos é como tirar alguém para dançar. Tem que haver aceitação, confiança e entrega, senão não dá certo.

 

O Jornalista Nelson Araújo na entrevista com Lorenzo

Como é o seu tipo de doma, como se diz, como você quebra os cavalos?

- Eu não quebro os cavalos, o que faço é ficar com eles, sair com eles, praticamos longas caminhadas. Eles adoram! Quando vejo que estão gostando, começo a exercitar as formações.

Comentário do jornalista Nelson Araújo sobre a apresentação de Lorenzo:

Em uma outra situação eu estaria admirado com a obediência desses animais. Ele vai chamando um a um pelo nome e a resposta é pronta. Quem não é chamado fica no lugar. Mas o que vemos aqui me parece algo que está fora do manda e obedece. É uma cumplicidade, uma aliança, uma parceria.

Fonte: Globo Rural em 02 de janeiro de 2012.

26 de jan. de 2012

Debate na TV Brasil Central sobre Adoção

 

Tv Brasil Central

Bom dia!

Hoje, quinta feira, o programa Opinião em Debate, da TV Brasil Central/Cultura, canal 13 Goiânia)terá como tema ADOÇÃO

O programa vai ao ar às 22:00 horas e o GEAAGO estará presente

abraços

Vera Lúcia Cardoso

Diretora Executiva GEAAGO

24 de jan. de 2012

Mulher palestina diz que ficou 10 anos trancada no banheiro

 

filha trancada no banheiroBaraa Melhem na casa de sua mãe (Foto: AP)

 

Por Jihan Abdalla

Uma mulher palestina de 21 anos disse a autoridades que passou os últimos 10 anos trancada em um banheiro por seu próprio pai, que só a deixava sair durante a noite para que ela limpasse a casa.

Baraa Melhem contou que seu pai dizia a ela que "as pessoas são monstros", segundo uma assistente social que está trabalhando no caso.

A polícia palestina disse nesta segunda-feira que libertou Melhem no sábado do pequeno banheiro de uma casa na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia, após uma denúncia anônima.

O pai dela, que tem cidadania israelense, foi preso e entregue a autoridades de Israel. Ele vai prestar depoimento a um tribunal israelense na quarta-feira, de acordo com um porta-voz da polícia.

Melhem disse a uma rádio palestina que ela tinha 11 anos quando seu pai a trancou dentro do banheiro e não a deixou mais ir à escola ou ver a mãe, de quem ele é divorciado.

Ele batia nela com um pedaço de pau com arames de metal e dava apenas uma coberta para ela se aquecer, de acordo com a assistente social Hala Shreim.

"O banheiro tinha apenas um metro e meio, era como uma cela", disse Shreim.

De acordo com um comunicado da polícia palestina, o pai, citando uma "disputa familiar", admitiu ter trancado a filha e que a alimentava basicamente só com pão.

A assistente social disse que o pai de Melhem frequentemente encorajava a filha a cometer suicídio.

"Seu único consolo era um rádio que a mantinha conectada ao mundo", disse a assistente social Shreim.

A jovem agora está de volta com sua mãe.

Fonte: Yahoo Notícias

23 de jan. de 2012

Hoje em dia: especialistas discutem sobre a lei das palmadas

 

Equipe do Hoje em dia
 
 
“Compartilho com vocês um interessante debate sobre a Nº 7672/2010 e parabenizo os apresentadores e atores da Record por sua postura contra os castigos corporais e por incentivarem a educação pautada no diálogo e no afeto.”
 

Hoje em dia

Assista ao vídeo

“Aproveito para esclarecer que a lei não prevê pena de 1 a 4 anos de prisão para os pais e que ainda precisa passar pelo Senado para ser sancionada. Convido a todos a conhecer o texto da lei em AQUI

Fonte: Facebook da Rede Não Bata Eduque

22 de jan. de 2012

Trinta anos de saudades de Elis Regina

 

Upa Neguinho
Elis Regina

Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vigi que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Upa neguinho na estrada
Upa pra lá e pra cá
Vigi que coisa mais linda
Upa neguinho começando a andar
Começando a andar, começando a andar
E já começa a apanhar

Cresce neguinho me abraça
Cresce me ensina a cantar
Eu vim de tanta desgraça mas muito eu te posso ensinar

Capoeira, posso ensinar
Ziquizira, posso tirar
Valentia, posso emprestar
Liberdade só posso esperar

 

 

 

 

 

 

 

Veja mais:

Biografia lembra 30 anos da morte de Elis

Morte de Elis Regina completa 30 anos; relembre carreira da cantora

20 de jan. de 2012

Bater para educar. Precisamos, urgentemente, mudar essa cultura! - Mariza Alberton

 

Muitas pessoas tem me perguntado por que o Projeto de Lei que proíbe os castigos corporais e os tratamentos humilhantes aplicados a crianças e adolescentes apresenta tanta resistência em ser aprovado no Brasil. E eu tenho respondido que o brasileiro tem a mania de bater, que isto já está incorporado na cultura do nosso povo, desde o período da colonização pelos europeus. Existe entre nós a falsa idéia de que é preciso bater para educar.

Precisamos, urgentemente, mudar essa cultura!

Temos tido grande resistência em aprovar o PL 7672/2010 por parte de muitos parlamentares da Bancada Evangélica dentro do Congresso Nacional e por parte também de alguns setores mais conservadores de outros grupos religiosos e da nossa sociedade. Defendem seu posicionamento evocando a Bíblia, dizendo que em muitas passagens das Sagradas Escrituras há a recomendação explícita do uso da vara e dos castigos que devem ser aplicados pelos pais aos seus filhos, apontando as conseqüências maléficas em não seguir os conselhos bíblicos.

Entendemos que os tempos mudaram e que devemos ler a Bíblia à luz dos ensinamentos de Jesus Cristo. Devemos interpretar o Antigo Testamento com os olhos daquele que pregou o Amor e a Misericórdia.

Livro de Mariza Alberton

 

 

 

Tomo a liberdade de transcrever um pequeno trecho da obra “Violação da Infância – Crimes Abomináveis: humilham, machucam, torturam e matam!”, onde  abordo exatamente este tema no Capítulo 11  (MITOS) , página 175:

 


“Aquele que poupa a vara, quer mal a seu filho, mas aquele que o ama, corrige-o constantemente.” (Prov 13, 24)

Precisamos saber ouvir a Palavra de Deus. Faz parte deste exercício, adaptar os ensinamentos bíblicos para a nossa cultura e o nosso tempo.

O presente versículo foi extraído do Livro dos Provérbios que faz parte do Antigo Testamento, escrito quando o Povo de Israel tinha “o coração empedernido,” ainda vivia segundo costumes muito rígidos, e acreditava que tudo deveria ser resolvido pela lei de Talião: ”Olho por olho, dente por dente”.

Cristo veio para subverter a cultura dominante. Veio para que “todos tenham Vida e Vida em abundância” (Jo 10,10)

Devemos partir do princípio que Deus é Amor - Amor Infinito, Misericordioso, terno, doce e afável.

Está na hora de lermos a Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, com os olhos e o coração de Jesus de Nazaré!

No livro dos Provérbios, capítulo 13, versículo 24 (Prov 13,24), onde está escrito “aquele que poupa a vara”, deve-se ler:

- aquele que não orienta,

- aquele que não constrói limites com seus filhos,

- aquele que deixa a gurizada “solta”, sem princípios morais e éticos,

- aquele que não ensina a suas crianças o respeito, a solidariedade, o amor ao próximo, o cumprimento do dever,

- aquele que não dá bons exemplos,

- aquele que não pauta as suas ações segundo uma cultura de Paz.

Desta forma, teremos o ensinamento bíblico atualizado, de acordo com os nossos tempos! A pessoa, segundo os padrões descritos acima, com certeza, quer mal a seu filho, é negligente, não cumpre com o dever sagrado de pai e de mãe, de educador, de orientador!

Quem ama corrige, acolhe, ensina, orienta, dialoga, educa, está vigilante, presente. E tudo isso, com persistência, paciência, com serenidade, respeito, sem violência, sem agressão!


Quando somos provocados, não devemos fugir da discussão e sim apresentar argumentos! Para isso, precisamos estar preparados.

Há muitos anos, tivemos um Seminário em Porto Alegre que teve como tema: “Quem bate para ensinar, ensina a bater” e isto ficou muito forte no imaginário das pessoas, a ponto de fazer muita gente mudar de atitude! É isso aí, pessoal! Vamos à luta!

 

Mariza Alberton

 

Mariza Alberton

Coordenadora do Movimento Estadual Contra Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, integrante da Pastoral do Menor (CNBB),é professora e especialista na Área da Violência contra Crianças e Adolescentes. Tem se dedicado à formação de conselheiros e demais atores da Rede de Proteção e Atendimento à Criança e ao Adolescente, em todo o Estado. Integra o Conselho Nacional e coordena, no Rio Grande do Sul, a Pastoral do Menor, da CNBB. Através desta pastoral, faz parte do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, tendo sido presidente na gestão 2002/2003; coordena o Movimento pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes/RS; e representa, no nosso Estado, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Tem participado, assiduamente, das Jornadas Estaduais contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Foi conselheira Tutelar em Porto Alegre nas duas primeiras gestões (de 1992 a 1998). Assessorou os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional que tratou de Situações de Violência e Redes de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil (2003-2004). É Co-autora em várias publicações e autora do livro "Violação da Infância - Crimes Abomináveis: humilham, machucam, torturam e matam!". Em 2005 a carioca Mariza Alberton recebeu o título de Cidadã Honorífica de Porto Alegre, em reconhecimento aos relevantes trabalhos na área da infância.

17 de jan. de 2012

Faz mal uma palmadinha? José Ribamar Bessa Freire

 

Pais e filhos indios 1

No apagar das luzes de 2011, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei da Palmada, que proíbe os pais ou responsáveis de aplicarem castigos físicos nos filhos, o que vai alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O assunto, muito polêmico, tomou conta da mídia e das redes sociais. Discutiu-se a interferência do Estado no espaço familiar. Na ocasião, pensei até em dar também os meus pitacos sobre o uso de castigos corporais no processo educativo, mas decidi esperar que a poeira baixasse.

A poeira está baixando. A mãe desse locutor que vos fala usou, na educação dos seus treze filhos, a surra, o que não constitui um exemplo a seguir, embora não tenha deixado - creio - sequelas e traumas. Um amigo meu, americano, economista, ficou horrorizado quando eu lhe contei que, por ser danado e briguento, peguei muita porrada em casa. Depois que conheceu minha mãe, ele filosofou, generalizando talvez apressadamente:

- Mãe brasileira pode dar palmada, porque esse não é o único contacto físico que tem com os filhos, ela dá também carinho, o que não é o caso da mãe americana”.

Acho que podia ser interessante a gente se perguntar de onde surgiu essa ideia de que é recomendável a punição física contra as crianças para ensinar e para corrigir a desobediência e o mau comportamento. Não veio dos índios e dos africanos, mas dos europeus, que professavam a “paudagogia” como mostra a documentação histórica produzida pelos primeiros jesuítas, para quem era impossível educar, sem punir severamente o erro. Isso gerou conflito entre os índios que pensavam diferentemente.

Pais e filhos indios 2

Os índios jamais castigavam, eram contra a porrada e construíram um discurso sobre isso. No século XVI, o princípio pedagógico indígena mais criticado foi justamente aquele detectado pelo jesuíta, Fernão Cardim, quando ele, surpreso, constatou que “os índios amam os filhos extraordinariamente”, mas lamentou porque “nenhum gênero de castigo têm para os filhos, nem há pai nem mãe que em toda a vida castigue nem toque em filho”.

Outros cronistas confirmaram comportamento similar em diferentes aldeias Tupinambá do litoral, como ocorreu com Pero de Magalhães Gandavo, provedor da Fazenda na Bahia, em 1565, para quem os índios “criam seus filhos viciosamente, sem nenhuma maneira de castigo”.

Esse tipo de relação, na qual as crianças são socializadas sem repressão, é observável ainda hoje, no século XXI, nas seis aldeias Guarani do Rio de Janeiro, localizadas em Angra dos Reis, Parati e Niterói, com as quais tenho contato há mais de vinte anos. Nos cursos que ministro para formação de professores bilíngues, vejo as mães indígenas cochichando com seus filhos, tratando tudo na conversa. O comportamento atual dos Guarani pode ser resumido no depoimento de uma jovem guarani mbyá, mãe de três filhos: “Mbyá puro não bate na criança. Nunca. Não precisa bater nem brigar, só falar” .

Pais e filhos indios 4

No entanto, a pedagogia européia da época, acostumada com o uso da palmatória e com outras formas de violência física, considerou a ausência de castigo como uma “omissão”’, um “atraso”, um “vício”, porque não corrigia o erro e, por isso, obstruía o processo de aprendizagem. Aos olhos do colonizador, tratava-se de negligência e falta de princípios pedagógicos, e não do resultado de uma reflexão coletiva sobre a natureza do processo de aprendizagem.

Durante todo o período colonial, os índios foram submetidos a um choque cultural, produzido pelo embate entre práticas econcepções pedagógicas bastante diferenciadas. De um lado, os princípios de uma sociedade, cuja educação não dependia da escola, da escrita e de castigos físicos. De outro, as normas e regras de uma sociedade letrada, dependente da escola e da palmatória que – acreditava-se – corrigia erros e, portanto, educava. Esse choque ocorreu em diferentes regiões do país, com consequências trágicas para os índios e suas culturas.

Um missionário jesuíta, João Daniel, testemunhou no século XVIII a resistência das índias do Pará, que teimavam em usar, de forma exclusiva, sua língua materna, recusando-se a migrar para qualquer outra língua. O padre, responsável pela escola, mandou dar-lhes “palmatoadas”, para que mudassem de comportamento, mas elas “antes se deixavam dar até lhes inchar as mãos e arrebentar o sangue”.

Gandavo registrou que quando as crianças eram punidas na escola, os pais ficavam irritados, “se melindravam e ressentiam”. Por isso, o índice de evasão escolar era altíssimo, conforme observou um superior jesuíta do século XVI, Luiz da Grã, para quem os castigos esvaziavam as escolas, pois “só o ver dar uma palmatoada a um dos mamelucos basta para fugirem”.

Desde os primeiros momentos, e ao longo de todo o período colonial, a documentação registra fugas constantes e frequentes de índios, que eram aprisionados, amarrados e forçados a voltar para a escola, como sinaliza a carta de Pero Correia, de 1554: “Y quando alguno es perezoso y no quiere venir a la escuela, el hermano lo manda buscar por los otros, los quales lo traen preso…”.

Pais e filhos indios 3

Nos dias atuais, a proposta dos índios contra castigos físicos aplicados às crianças é vista com simpatia, e parece ser universalmente aceita por todas as correntes de pensamento dentro da pedagogia. Mas ninguém procurou os índios para reconhecer que eles estavam mais avançados e dizer-lhes:

- Desculpem-nos, no século XVI, quem tinha razão eram vocês e não nós.

Se ninguém pediu desculpas, então peço eu. Agora.

 

José Ribamar

 

 

O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO). Escreve no Taqui pra ti.

 

Fonte: Blog do Amazonas - Altino Machado

Colaboração: Eleonora Ramos, jornalista e coordenadora do Projeto Proteger – Salvador (BA)

16 de jan. de 2012

Professor da UFT é assassinado, vítima de homofobia no Tocantins

Professor assassinado TO

 

O professor Cleides Antônio Amorim, 42 anos, foi brutalmente assassinado na última quinta-feira (5). De acordo com informações da Polícia Civil, divulgadas pela imprensa local, o docente estava em um bar em Tocantinópolis com mais dois amigos, onde foi verbalmente agredido com insultos homofóbicos por um homem identificado como Gilberto Afonso de Sousa. Segundo testemunhas, os dois discutiram e Sousa esfaqueou o professor. O autor do crime ainda está foragido.

Cleides Antônio Amorim era coordenador do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Tocantins e ministrava aulas nas disciplinas de Antropologia, Introdução à Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais e Sociologia da Educação. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Amorim era mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atuava em pesquisas sobre tambor de mina, medicina popular, educação e relações étnicas.

Dados do Giama (Grupo Ipê Amarelo de Conscientização e Luta pela Livre Orientação Sexual) constatam que desde 2002 o Estado do Tocantins computou 25 crimes com características de homofobia. Várias entidades manifestaram repúdio à morte do docente e cobraram punição exemplar ao crime. A Seção Sindical dos Docentes da UFT publicou nota de repúdio nas redes socias. Confira o link abaixo:

Assine a Nota de Répúdio

Fonte: site da Adulf – Sindicato dos docentes das universidades federais de Goiás

 

15 de jan. de 2012

O LAGO DOS CISNES como nunca se viu antes

 

“É na arte que o homem se ultrapassa definitivamente.”

Simone de Beauvoir

 

A interpretação do “Lago dos cisnes” de Great Chinese State Circus é de arrepiar!

 

Enviado por Katia Alencar em 22 de dezembro de 2011.

 

11 de jan. de 2012

Carta Aberta para Lya Luft - Bianca A.

 

Em resposta a MAIS GRAVE DO QUE PALMADAS – LYA LUFT

Prezada Lya,

Em princípio concordamos. Também tenho preguiça do politicamente correto. Mas para diferenciarmos ofensa de “termo usual” temos que entender em que cultura estamos inseridas. No Brasil a palavra negro está inserida num contexto de orgulho de um povo, onde existe até grupo musical chamado Raça Negra. Nos EUA, porém, (onde o termo Nigger foi considerado politicamente incorreto) é uma forma ofensiva e pejorativa, que basicamente que dizer escravo.  Impossível  então avaliar palavras foras de contexto, quer outro exemplo? Retardo mental é um termo médico, que quer dizer apenas atraso no desenvolvimento cognitivo, mas quem gostaria de ter um filho sendo chamado de retardado? Ficou mais claro agora o desconforto que alguns “termos usuais” podem gerar?

Mas vamos ao nosso tema, as tais palmadas, quem sabe eu não possa esclarecer algumas das suas dúvidas.

Quem vai avaliar o que é palmada forte, bofetada humilhante no rosto ou aviso carinhoso, leve tapa sobre uma bundinha bem acolchoada de fraldas?

É uma dúvida comum, mas de fácil resposta. Como você avaliaria a intensidade da palmada que você pode dar na madame que quer passar 45 itens no caixa rápido do supermercado? E no pai que pára em fila dupla para deixar o filho na escola, uma chineladinha estaria de bom tamanho?  Tudo certo um leve tapa na bundinha acolchoada da funcionária que quebra sua taça de cristal favorita? Não, para adultos até o grito é proibido e a lei já estabelece o assédio moral. Mas nas crianças, seres indefesos que dependem de nós para sobrevivência, tudo bem? Da próxima vez que estiver em dúvida se é “palmada forte” ou “aviso carinhoso” pergunte se ok  o seu chefe aplicar em você quando der mancada no trabalho. Assim fica bem fácil distinguir um do outro.

Quem vai, sobretudo, denunciar? Penso que haverá filas de acusadores: a vizinha invejosa, a funcionária ofendida, a ex-mulher vingativa, o ex-marido raivoso?

Sim, essas pessoas podem denunciar. Também podem denunciar professoras preocupadas ou médicos cansados de atender crianças agredidas pelos próprios pais nos PS da vida. E veja, gente desocupada ou mal intensionada não precisa de lei nova. Uma vizinha invejosa poderia usar o disque denúncia e dizer anonimamente que suspeita que a casa da vizinha é laboratório de refino de drogas, ou um cativeiro de sequestro. Quem denuncia, hoje, já não precisa de provas nem de identificação. Cabe a polícia avaliar se a denúncia tem fundamento ou não. O denunciante só levanta a suspeita, ele não julga, nem condena.

Será que os políticos não têm coisa mais importante a fazer além de inventar uma lei tão antidemocrática, antipedagógica e anti-qualquer-bom senso, como, por exemplo, votar leis que têm a ver com o bem-estar do cidadão comum?

Uma lei proposta dentro dos processos legislativos legais e que por isso está ai há anos sendo discutida é antidemocrática, mas dar palmadas no bumbum do filho que fez xixi na cama, é bastante democrático. A lei, cuja pena é “orientação psicológica” é antipedagógica mas descer a mão no filho que bateu no irmãozinho é muito pedagógico.  Apanhar porque bateu, ensina muito bem a como resolver conflitos, não é mesmo? Agora eu pergunto, a criança não é um cidadão comum? Os políticos não devem se preocupar com o seu bem estar? Quando perguntadas o que sentem depois de apanhar, as principais respostas das crianças são “dor, medo, vergonha, tristeza e raiva”. Você chama isso de bem estar?

Além de querermos infantilizar eternamente nossos jovens dando-lhes privilégios como a meia-entrada até quase 30 anos (…)

Tai um ponto no qual concordamos novamente. Acho a lei da meia entrada uma das maiores palhaçadas do nosso país. Essa sim, cheia de distorções (tipo escola de idiomas emitindo carteirinha) e abusos. Mas vamos combinar que não são só adultos perto dos 30 querendo prolongar a adolescência que usam desse recurso. Poderíamos coibir as fraudes, punir exemplarmente os que utilizam desse “jeitinho”, mas ai viriam dizer que estamos sendo invasivas e antidemocráticas já que essa “esperteza” faz parte da nossa cultura e ninguém quer abrir mão dos seus privilégios, não é mesmo?

Bem mais graves do que uma ocasional palmada (não falo em surra, bofetada, sofrimento físico) são, de parte dos pais, a frieza, a futilidade, o desinteresse, a falta de uma autoridade amorosa, de vigilância e cuidado.

Você, especialista em educação, deveria saber que existem alternativas para a  palmada que não passam pela tortura psicológica ou pela negligência, caso contrário posso te indicar alguns textos bons sobre o assunto. Ou podemos simplesmente nos contentarmos com “o menos pior”.

Você pode não falar em surra, bofetada, sofrimento físico, mas pergunte aos pais que usam esses e outros instrumentos pedagógicos como chinelo, cinto, fio elétrico (tem uma lista completa no facebook dá uma olhada), se eles acham que estão espancando ou educando os filhos. Sempre vai haver uma justificativa para violência. Aproveita e pergunta para esses pais se depois de um “aviso carinhoso no bumbum acolchoado” a criança colocar as mãozinhas na cintura, mostrar a língua e dizer com todas as letras “NÃO DOEU” se eles vão sentar pra conversar. Aham, vão sim.

Um abraço

Bianca A.

Enviado pela Rede Não Bata Eduque em 11 de janeiro de 2011.

9 de jan. de 2012

“Palmada educa?” entrevista com a psicóloga Suely Pereira de Faria

 

Manual da Mãe Foto

 

 

 

Um tapinha, um beliscão. “Que mal podem fazer?”, perguntam-se os pais. A questão é polêmica e provoca discussões fervorosas com fortes opiniões a favor e contra. Mas para a psicanalista Dra. Suely Pereira de Faria há uma única resposta: “Não, palmada não educa.” Ela explica que castigo físico provoca humilhação e faz nascer na criança o sentimento de não ser capaz ou a culpa por estar fazendo algo errado. “A verdade é que a palmada tira a autoridade da palavra”, ressalta.

O princípio básico apontado para educar é única e exclusivamente o diálogo diz a Dra. Suely. “Seja claro, mostre o porquê, converse e explique. A educação é uma repetição. A criança não aprende na primeira vez e o tapa, a palmada, só vai estancar uma ação que provavelmente irá se repetir.”

Assim, estabelecer rotinas familiares também é um passo importante na educação dos filhos. A psicanalista explica que reservar um momento do dia para conversar com a criança, contar histórias e conviver com ela substitui a agressão da palmada. “Por comodismo, os pais acabam colocando os filhos em frente à televisão, agindo de uma forma que prejudica a relação humana entre pais e filhos, levando a criança a viver constantemente num mundo de fantasia”, observa.

A maioria dos pais de hoje levou palmadas quando criança e, assim, argumenta que nem por isso se tornaram adultos “revoltados”. Dessa forma, não vêem sentido em não fazer o mesmo com os filhos. Mas, para psicanalista Dra. Suely, isso não deixou de ter conseqüências para o adulto, uma vez que ele recorre às palmadas como uma punição para o filho, esquecendo-se que o mundo evoluiu em todos os sentidos, principalmente na forma de educar, que é a base da sociedade. “As crianças hoje são convidadas a participarem da vida do adulto cada vez mais cedo e parece haver o desejo dos pais de que elas se distanciem de sua condição infantil, espontânea de exploração e descoberta do mundo, utilizando do castigo físico como limitador da ação”, relata a especialista.

Dra. Suely Pereira de Faria (CRP 09/1223)

Psicanalista, especialista em Psicologia Clínica e Técnicas Projetivas de Avaliação de Personalidade e Mestre em Ciências da Religião.

(62) 9979-8808 / psifaria@hotmail.com

Manual da Mãe Capa

 

 

 

 

Fonte: Manual da Mamães – Crianças e Adolescentes, publicação da Central de Ideias Comunicação (Goiânia/Goiás)

Pesquisadores alertam: o foco da publicidade atual é a criança

 

Leitor do blog veja o vídeo “Criança a alma do Negócio”

8 de jan. de 2012

Talking Heads - Stop making sense de 1984

 

Stop making Sense

 

 

 

 

Amig@ do blog para encantar o seu domingo deixo abaixo algumas cenas de um dos shows mais performáticos e criativos que já assisti.

 

 

Com você o show Stop Making Sense

 Talking Heads (1984)

 

Tudo começa com um radinho de pilha no palco e aos poucos o cenário é construído enquanto os músicos tocam. O vocalista David Byrne e todos componentes da banda expressam a sua musicalidade e ritmo por todos os movimentos do corpo.

 

 

 

 

Os Talking Heads é formada pelo guitarrista e vocalista David Byrne, e por Chris Frantz, Tina Weymouth e Jerry Harrison, a banda ganhou notoriedade por fundir o rock e o new wave com a world music, principalmente ritmos africanos.

 

 

 

 

David Byrne, nascido em Dumbarton, Escócia, em 1952, além do trabalho com o grupo, compôs trilhas para artistas como Twyla Tharp e Robert Wilson, nomes da dança e do drama respectivamente, além do filme O Último Imperador (de 1987, realizado por Bernardo Bertolucci) pelo qual ganhou um Oscar.

 

 

 

 

David Byrne também dirigiu o filme "True Stories" (de 1986) e produziu diversos álbuns de música caribenha e brasileira (incluindo trabalho com Tom Zé e Margareth Menezes), notadamente "Rei Momo" (de 1989) e um vídeo documentário sobre o candomblé chamado "The House of Life" (também de 1989).

 

 

 

 

 

6 de jan. de 2012

Denúncia do Conselho Indígena Missionário: criança indígena de 8 anos é queimada viva por madeireiros

 

“A barbárie nunca calou o Brasil.

A assessoria de comunicação do CIMI - Conselho Indígena Missionário (organismo vinculado à Conferência Nacional de Bispos do Brasil) noticiou hoje que "lideranças indígenas do povo Guajajara (ou Tenetehara) da aldeia Zutiwa, Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, denunciam o assassinato de uma criança Awá-Guajá que pertencia a um grupo em situação de isolamento."

Segundo notícias que circulam na internet, de fontes respeitadas, a criança Awá-Guajá teria sido brutalmente queimada viva.

A gravíssima seriedade da denúncia exige apuração das mais rigorosas e, eventualmente, punição exemplar dos eventuais culpados.

Caso se confirme, trata-se de um dos crimes mais bárbaros cometidos na infame história de massacres no Brasil.

Não podemos permanecer calados: pela sua gravidade, a denúncia exige apuração imediata.

É imperativo, ademais, que a FUNAI – Fundação Nacional do Índio se pronuncie, com a devida urgência, sobre o ocorrido.

Somente dessa maneira será garantida a circulação de informações isentas e objetivas e logrado o pronto esclarecimento do caso.

A barbárie jamais calará o Brasil”!

Texto postado por Danilo Zimbres em seu facebook em 06 de janeiro de 2011.

 

Veja abaixo a matéria publicada no Conexão Brasília Maranhã

Criança indígena de 8 anos é queimada viva por madeireiros

5 de jan. de 2012

Boletim Rede Não Bata Eduque novembro a dezembro de 2011

Caros Amigos,

Estamos divulgando o boletim das ações da Rede Não Bata, Eduque nos meses de novembro a dezembro de 2011

Vejam no link:

 http://www.naobataeduque.org.br/wp-content/uploads/2012/01/Boletim-Novembro-a-Dezembro-2011.pdf

Sobre a Campanha Nacional Não bata Eduque

O spot de TV já está sendo veiculado nos canais de TV Aberta.

A campanha também já está nas ruas do Rio de Janeiro, Brasília, Belém, São Paulo, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Busdoor RJ

Ônibus circulando no Rio de Janeiro com o busdoor - foto: Marcia Oliviera


Abraços,
Marcia Oliveira
Rede Não Bata, Eduque

4 de jan. de 2012

 

Caros p@rceiros ,

Desejando a tod@s um ano especial, com conquistas e saúde pra enfrentar as dificuldades ...

É  de conhecimento de todos o artigo da REVISTA VEJA desta semana assinado por Lya Luft.

Certamente ela desconhece o PL 7672/2010 .

As providencias para que as informações corretas cheguem até ela foram tomadas.  Gostaria de solicitar a força de cada um de vocês pra contrapor o artigo. E mais extender aos amigos da Rede o pedido para que escrevam, pronunciem-se ,lembrando que hoje 04/01 é ultimo dia para apresentarmos estes mails no veja@abril.com.br , lembrem-se de autorizar no final do texto a publicação do artigo na coluna do leitor e pedir que chegue ao conhecimento da LYA LUFT .

Daqui pra frente a REDE que somos nós, todos os envolvidos , comprometidos com a aprovação da Lei, teremos que estar mais que atentos, UNIDOS , na mesma DIREÇÃO, se não perderemos a força conquistada, e porque não dizer com a possibilidadae de morrermos na praia ...

Caso a providencia tenha sido tomada , peço minhas desculpas ..., mas caso não... peço providencias !!!

abraço e grata

Elina Bernal - Câmara Federal em 03 de janeiro de 2012.

3 de jan. de 2012

Nota sobre a aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei 7672/10 que coíbe castigos corporais contra crianças e adolescentes

 

unicef-white_logo

O UNICEF cumprimenta a Câmara dos Deputados e todo o País pela aprovação do Projeto de Lei 7672/10 e aguarda com expectativa a conclusão desse processo com a promulgação da lei.

Os castigos físicos e o tratamento cruel ou degradante são violação dos direitos humanos e formas de violência contra criança definidos no artigo 19 da Convenção sobre os Direitos da Criança.

O legislativo brasileiro deu um passo importante ao aprovar, na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 7672/10, que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para tornar explícita a proibição de castigos corporais ou tratamentos que humilhem crianças e adolescentes.

A iniciativa vai ao encontro das observações feitas pelo Comitê dos Direitos da Criança, (CRC/C/15/Add.241),  por ocasião da apreciação do Relatório do governo brasileiro sobre a implementação da Convenção Sobre os Direitos da Criança no País em 2004. Na ocasião, o Comitê expressou sua preocupação com a ausência de legislação explícita no Brasil sobre o tema; e recomendou ao País a proibição explícita da punição corporal na familia, na escola e nas instituições penais; recomendando também que sejam feitas campanhas educativas destinadas aos pais sobre alternativas de disciplina.

Ao ser aprovada a Lei, o Brasil será o 32o país no mundo a adotar uma legislação nacional que estabelece um quadro jurídico específico de proibição do uso de agressões físicas ou de tratamento cruel ou degradante na educação de crianças e adolescentes. Desta forma, consolida sua liderança na adoção de ações positivas de promoção e proteção dos direitos das crianças e adolescentes.

Atualmente, a situação do Brasil em relação a esse tema é preocupante e merece atenção. A negligência e a violência física e psicológica corresponderam a 68% das denúncias feitas ao Disque Denúncia entre maio de 2003 e julho de 2010. Essas formas de violência são as mais reportadas aos Conselhos Tutelares e Delegacias de Polícia em todo o Brasil.

Em razão da importância desse tema, o UNICEF faz um apelo para que a sociedade brasileira apoie iniciativas capazes de proteger crianças e adolescentes da violência, seja ela física, verbal ou psicológica.

O UNICEF aproveita para reafirmar seu compromisso de contribuir com os esforços do País para o enfrentamento de todas as formas de violência contra crianças e adolescentes.


Brasília (DF), 16 de dezembro de 2011.

Gary Stahl
Representante do UNICEF no Brasil

20 anos de Children

Enviado  por Jacques Schwarzstein, programme Specialist da UNICEF Brazil em 03 de janeiro de 2012.

Telephone: 55 21 3147 5700
Facsimile: 55 21 3147 5711
E-mail:
jschwarzstein@unicef.org
Web: www.unicef.org/brazil