“Eles pensam que a maré vai mas nunca volta
Até agora eles estavam
comandando
o meu destino e eu fui,
fui, fui recuando,
recolhendo fúrias. Hoje
eu sou onda solta
e tão forte quanto eles
me imaginam fraca.
Quando eles virem invertida a correnteza,
quero saber se eles
resistem à surpresa,
quero ver como que eles reagem à ressaca”.
Monólogo VENENO da peça Gota D'Água
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Fonte: BUARQUE, Chico e PONTES, Paulo. Gota D’Água. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira Ed., 1982, p.161.
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