“Era apenas por diversão”
Sem regato ou dissimulação, a satisfação de provocar sofrimento está estampada na cara da professora.
Para Norbert Elias (1994), a satisfação direta e espontânea pela crueldade nem sempre foi condenada socialmente como um delito ou crime, ao contrário, em certos períodos da história, ela era incentivada. A luta mortal entre os gladiadores na Roma antiga e a pena do suplício na idade média são exemplos de como a tortura, a dor do outro era popular. O prazer de provocar ou observar a dor alheia foi pouco a pouco sendo retirado da cena pública. No entanto, esse tipo de prazer ainda está preservado na vida privada, em muitos casos, ele assume uma “justificação racional ou disfarce como castigo ou meio de disciplinar” (ELIAS, 1994, p. 201).
Enviado por Ruth Catarina, professora doutora do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás em 26 de outubro de 2012.
Fonte: Le monde.fr em 25 de outubro de 2012.
REFERÊNCIA:
ELIAS, Norbert. O processo civilizador – uma história dos costumes. Tradução de Ruy Jungmann; revisão e apresentação Renato Janine Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. v. 1.
Meus Deus! Logo na China? País de primeiro mundo, onde professores são valorizados. O desumano faz parte do ser humano, esteja onde estiver.
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