[...] O diabo do ódio não vence por que nossas filhas e filhos foram gestados em nossas entranhas. Por noves meses comungamos com cada célula de nossas criaturas, conhecemos e aceitamos a essência luminosa e singular de nossas crias. Não mutilaremos seus corpos e espíritos para fazê-los caber em rótulos, os amamos como eles são de verdade. Não demonizamos o diferente, ao contrário, queremos nos alimentar de sua beleza estrangeira.
De tempos em tempos, por ter muitos sacerdotes e fieis o diabo do ódio pensa que nos vence! Efêmera ilusão, o amor é soberano, só ele "entende o que é verdade". E nós, sacerdotisas desta implacável majestade, estaremos em cada canto do mundo rachando lenha, parindo faíscas, chamando o vento para que na primeira oportunidade ateemos fogo nos templos da escuridão.”Cida Alves*
*Texto inspirada no enredo “O Diabo Venceu” da
Escola de Samba Gaviões da Fiel e no artigo “O diabo venceu, sim” do TeólogoTiago Santos, escrevi essa narrativa para agradecer a energia vital das
mulheres e homens que espalharam beleza, alegria e amor no desfile do bloco #NãoÉNão – Carnaval de Goiânia 2019 (Acesse o texto completo da narrativa "Na dança vital do Feminino o diabo não vence" AQUI).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Adoraria ver publicado seu comentário, sua opinião, sua crítica. No entanto, para que o comentário seja postado é necessário a correta identificação do autor, com nome completo e endereço eletrônico confiável. O debate sempre será livre quando houver responsabilização pela autoria do texto (Cida Alves)