13 de jul. de 2013

Um lamento sem fim…. uma tragédia anunciada!

Em Rio Verde (GO), bebê de dez meses morre vítima de traumatismo craniano, varias fraturas ósseas e rompimento de víscera.

 


Pai biológico denunciou a violência física contra seu filho!

Conselheiro Tutelar identificou marca de queimadura no corpo do bebê.

O que faltou para que a vida dessa criança fosse protegida?

 


A mãe e o companheiro são suspeitos de agredir um bebê de 10 meses até a morte, em Pires do Rio , no sul de Goiás. Conforme a declaração de óbito, divulgada na quinta-feira (11), a criança foi vítima de maus-tratos e sofreu traumatismo craniano, fratura de ossos e lesão nos rins.

Quando o menino morreu, no dia 3 deste mês, o padrastro disse à polícia que ele teve um convulsão dentro do carro. Contudo, o delegado que investiga o caso, Wanger Luiz Bernardes, informou ao G1 que, com a conclusão do documento de óbito, tudo leva a crer que houve um homicídio. “Vamos investigar quem cometeu o crime. Os principais suspeitos são a mãe e o padrasto da criança”, aponta.

Antes do bebê morrer, o pai já havia denunciado ao Conselho Tutelar que a ex-companheira e o marido dela maltratavam o filho.

Depoimento
Em depoimento aos policiais antes da conclusão do documento, o padrasto alegou que deixou a criança no carro porque ela chorava muito. Ao retornar ao veículo para pegar o menino, contou, ele estava dando convulsão. “A declaração de óbito confronta esta versão. No documento está claro de que houve maus-tratos”, afirmou o delegado.

O menino foi levado pela mãe ao Hospital Municipal Benedito Rodrigues do Nascimento, em Pires Belo. A criança chegou com parada respiratória à unidade de saúde, mas não resistiu.

A Polícia Civil deve ouvir o padrasto novamente na tarde desta sexta-feira (12). Além dele, também foram intimadas a mãe do bebê e a irmã dela, que estaria com o casal no momento em que o menino morreu.

O delegado informou que o criminoso deverá responder por homicídio duplamente qualificado. A pena para este tipo de crime é de 12 a 30 anos de prisão.

Denúncia
Uma informação que reforça a suspeita sobre a mãe e o padrasto foi dada pelo pai do bebê ao Conselho Tutelar dias antes do crime. Na ocasião, ele afirmou aos conselheiros que o filho estava sendo agredido. No entanto, o pai não sabia quem estava maltratando a criança, mas suspeitava da mãe.

A presidente do Conselho Tutelar de Pires do Rio, Sueley Luana da Silva, afirma que conversou com a mãe do bebê, pois o pai tinha visto uma marca de queimadura no braço do menino. A mulher alegou que estava cozinhando e o queimou sem querer.

Fonte: G1 – Jornal Anhaguera, em 12 de julho de 2013.


A violência física por se constituir em um ataque direto à integridade física da pessoa é a forma de violência que possui maior letalidade, ou seja, risco de morte.

O risco de morte aumenta quando essa forma de violência é infligida contra uma criança pequena!

É preciso muito atenção e rápida ação protetiva quando se identificar um caso de violência física contra crianças pequenas. Esse é o tipo de situação de altíssimo risco.

A violência física resulta em casos graves e alta letalidade. O número de mortes decorrente da violência física predomina em relação às outras formas de violência (AZEVEDO; GUERRA, 1995);

 

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