Estimado(a) leitor(a) do blog,
deixo com você nesse domingo um pouco da poesia de Gabriela Mistral. Professora primária em zona rural, ela foi a primeira figura literária feminina a ganhar o Prêmio Nobel no continente americano. É autora, entre outros livros, de Desolacióm, Ternura, Tala y Lagar.
Gabriela Mistral aos seis anos.
Pezinhos
Pezinhos de criança
azulados de frio
Como os veem e não os cobrem,
Deus meu!
Pezinhos feridos
pelas pedras todas,
ultrajados de neves
e lodos!
O homem cego ignora
que por onde passais,
uma flor de luz viva
deixais;
Que ali, onde colocais
a plantinha sangrante,
o nardo nasce mais
perfumado.
Sede, posto que marchais
pelos caminhos retos,
heroicos como sois
perfeitos.
Pezinhos de criança,
duas joinhas sofridas,
como passam sem ver
as pessoas!
Gabriela Mistral
Piececitos
Piececitos de niño,
azulosos de frío,
¡cómo os ven y no os cubren,
Dios mío!
¡Piececitos heridos
por los guijarros todos,
ultrajados de nieves
y lodos!
El hombre ciego ignora
que por donde pasáis,
una flor de luz viva
dejáis;
que allí donde ponéis
la plantita sangrante,
el nardo nace más
fragante.
Sed, puesto que marcháis
por los caminos rectos,
heroicos como sois
perfectos.
Piececitos de niño,
dos joyitas sufrientes,
¡cómo pasan sin veros
las gentes!
Gabriela Mistral
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