2 de jul. de 2013

Diferenças entre práticas educativas violentas e disciplinamentos positivos - Pepa Horno Giocoechea

Na tabela a seguir as diferenças entre práticas educativas violentas e disciplinamentos positivos são apresentadas por Pepa Horno Giocoechea

 

Violências físicas e humilhantes

Disciplinas positivas

É uma forma de violência física e psicológica

Nunca inclui nenhuma forma de violência física ou psicológica

Questiona a dignidade da pessoa, não sua conduta.

Questiona a conduta, nunca a dignidade da pessoa.

Não oferece a aprendizagem de uma conduta alternativa.

Oferece sempre a aprendizagem de uma conduta alternativa.

Não é proporcional nem relacionada com a conduta equivocada que se pretende corrigir, e produz medo e submissão, não aprendizagem.

Sempre é uma sanção proporcional e relacionada com a conduta a corrigir, produzindo uma aprendizagem na criança.

Está baseada no abuso do poder

Impõe-se pela autoridade

É mais rápida e mais fácil, não requer tempo de planejamento.

Requer tempo para planejar e impô-la.

Nunca contempla a participação infantil na sanção.

A criança participa tanto como é possível, se pode acordar a sanção e se não é possível, ao menos se lhes é informado das normas e das consequências previamente que sua inflação acarretará.

Ensina à criança que as pessoas que deveriam amá-la e protegê-la a fere (fusão entre o amor e a violência) e que as pessoas que tem autoridade podem abusar dela (fusão entre autoridade e violência).

Ensina à criança que as ações equivocadas acarretam consequências, que se deve ser responsável por elas, mas que as vezes pode se fazer as coisas de um modo melhor e diferente e que por mais errônea que seja sua conduta, o amor de quem cuida e proteger nunca vai ser questionado ou manipulado, nem sua dignidade atacada. Ensina a criança a respeitar o outro respeitando-o primeiro.

Pode incluir alguma forma de sanção não violenta.

Referência

GIOCOECHEA, Pepa Horno. Amor y Violencia. La dimensión afectiva del maltrato. Bilbao: Editorial Desclée de Brouwer, 2009.

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