Na tabela a seguir as diferenças entre práticas educativas violentas e disciplinamentos positivos são apresentadas por Pepa Horno Giocoechea
| Violências físicas e humilhantes | Disciplinas positivas |
| É uma forma de violência física e psicológica | Nunca inclui nenhuma forma de violência física ou psicológica |
| Questiona a dignidade da pessoa, não sua conduta. | Questiona a conduta, nunca a dignidade da pessoa. |
| Não oferece a aprendizagem de uma conduta alternativa. | Oferece sempre a aprendizagem de uma conduta alternativa. |
| Não é proporcional nem relacionada com a conduta equivocada que se pretende corrigir, e produz medo e submissão, não aprendizagem. | Sempre é uma sanção proporcional e relacionada com a conduta a corrigir, produzindo uma aprendizagem na criança. |
| Está baseada no abuso do poder | Impõe-se pela autoridade |
| É mais rápida e mais fácil, não requer tempo de planejamento. | Requer tempo para planejar e impô-la. |
| Nunca contempla a participação infantil na sanção. | A criança participa tanto como é possível, se pode acordar a sanção e se não é possível, ao menos se lhes é informado das normas e das consequências previamente que sua inflação acarretará. |
| Ensina à criança que as pessoas que deveriam amá-la e protegê-la a fere (fusão entre o amor e a violência) e que as pessoas que tem autoridade podem abusar dela (fusão entre autoridade e violência). | Ensina à criança que as ações equivocadas acarretam consequências, que se deve ser responsável por elas, mas que as vezes pode se fazer as coisas de um modo melhor e diferente e que por mais errônea que seja sua conduta, o amor de quem cuida e proteger nunca vai ser questionado ou manipulado, nem sua dignidade atacada. Ensina a criança a respeitar o outro respeitando-o primeiro. |
| Pode incluir alguma forma de sanção não violenta. |
Referência
GIOCOECHEA, Pepa Horno. Amor y Violencia. La dimensión afectiva del maltrato. Bilbao: Editorial Desclée de Brouwer, 2009.
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