28 de nov. de 2012

A violência familiar contra a criança é um problema de saúde pública em todo o mundo.

 

Divulgando pesquisa do Programa Médico de Família de Niterói/RJ.

O estudo mostra a prevalência e característica da violência familiar contra crianças adscritas ao Programa Médico de Família de Niterói/RJ.

93,9% das crianças de 0 a 9 anos sofrem punição corporal, 51,4% maus-tratos físicos, 19,8% maus-tratos graves e 96,7% agressão psicológica.

A boa notícia é que 99,6% já tentam métodos de disciplina não violenta. Nosso desafio é divulgar e mostrar para a sociedade brasileira que esse é o método educativo que dá resultados positivos e garante à integridade física e psicológica das crianças contribuindo para seu pleno desenvolvimento como ser humano e como cidadão.

Vejam um resumo da pesquisa no link abaixo.

Violência familiar contra a criança Programa Saúde da Família

Fonte: site da Rede NÃO BATA EDUQUE

21 de nov. de 2012

Mostra Itinerante de Arte Insensata

 

 

 

 

 

 

 

Convidamos a tod@s!

Dias 22, 23 e 24 de Novembro acontecerá na Praça Universitária uma intensa programação composta por oficinas, rodas de conversas, atelier artísticos, cinema, apresentações de dança, teatro e shows com artistas goianos.

 

Nosso tema é a loucura e como a nossa cidade se relaciona com ela. A exposição de artes visuais "Empresta-me teus olhos?" é composta por obras dos usuários da Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte que está rodando o país, em conjunto com as obras dos usuários goianienses.

A exposição estará aberta à visitação no Museu Antropológico até o dia 30 de Novembro.

Confiram a programação e venha conhecer essa maravilhosa iniciativa de inclusão social através da arte!

Mostra de Arte Insensata

Local: Praça Universitária e Museu Antropológico

Data: 22 a 24 de Novembro (atrações culturais), exposição até 30 de Novembro

Horário: a Mostra acontecerá das 14h às 22h, a exposição estará aberta das 8h às 18h

Abraços,

Carolina Santos

19 de nov. de 2012

"A tristeza nossa não é barata. A tristeza nossa é cara" (cacique Getúlio Juca - Aldeia Jaguapiru)

A segunda maior população indígena do país, segundo dados do IBGE, vive espremida em reservas ou em acampamentos improvisados em fazendas e às margens de rodovias.

Eles dizem querer voltar para o local de onde foram expulsos, seus "tekohás", terras sagradas onde afirmam que seus antepassados viveram e hoje estão enterrados.

Mas a terra agora está nas mãos dos fazendeiros, que produzem soja, cana, milho e gado em áreas adquiridas do governo federal desde o fim da Guerra do Paraguai (1864-70), quando o Império começou a colonizar a região.

A partir da década de 1950, a expulsão dos índios e a concessão de títulos de propriedade a fazendeiros se intensificou. Nativos eram retirados das terras pelo SPI (Serviço de Proteção ao Índio) - órgão federal que mais tarde daria lugar à Funai (Fundação Nacional do Índio) - e levados para reservas.

Os índios relatam ataques e enfrentam disputas judiciais. Aqueles que não resistem ao clima tenso ajudam a colocar o Estado no topo do ranking de suicídios. Também há registro de homicídios em enfrentamentos relacionados à luta pela terra.

A maioria dos guaranis-caiovás vive em terras indígenas: segundo a Funai, eles têm hoje 15 territórios regularizados, que ocupam uma área de 20 mil campos de futebol. O primeiro é de 1915.

Mesmo nas terras oficialmente indígenas, como a Reserva de Dourados (a 229 km de Campo Grande), os guaranis-caiovás vivem em situação de confinamento, que a Folha testemunhou no fim de outubro durante viagem de uma semana pela região.

Em Dourados, num espaço de 3.470 hectares, cortados pela rodovia MS-156, vivem 14 mil índios.

É como se quatro índios fossem obrigados a viver, plantar e rezar no espaço de um campo de futebol.

De acordo com a antropóloga Lucia Helena Rangel, o espaço é pequeno se levado em conta que eles sobrevivem da agricultura. "Assentamentos de reforma agrária na região Sul chegam a ter 50 hectares por família", compara.

A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, já definiu a reserva como "a maior tragédia conhecida na questão indígena em todo o mundo".

MORTE

Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, de 2000 a 2011, 555 índios se suicidaram, em geral por enforcamento. Só neste ano, até julho, 32 casos foram confirmados pela pasta. Praticamente todos eram da etnia guarani-caiová.

Enquanto na média nacional a taxa de suicídio em 2007 foi de 4,7 por 100 mil habitantes, nas áreas indígenas do sul de Mato Grosso do Sul, chegou a 65,68 por 100 mil.

Em média, um índio se suicida a cada seis dias no Estado. A maioria é do sexo masculino e tem entre 15 e 29 anos.

Os índios consideram o suicídio previsível: dizem que o céu fica vermelho quando alguém vai tirar a própria vida. "A doença fica no corpo durante sete dias. Ela procura os mais jovens. [O suicida] quer gritar, fica com raiva. Aqui já teve muito suicídio", afirma o cacique Getúlio.

 

 

Enviado pelo jornalista Rosimar Silva em 19 de novembro de 2012.

18 de nov. de 2012

Mães e mulheres que alimentam a Paz

Estimado leitor do blog deixo com você nesse domingo a indicação do filme “E agora, onde vamos? ” - uma divertida e comovente comédia francesa que mostra as inusitadas estratégias de mães e mulheres para manter a paz entre mulçumanos e cristão em uma pequena aldeia da Europa Oriental.

 

 

Enviado por Clara Alves, estudante secundarista e artista circense, em 17 de novembro de 2012.

17 de nov. de 2012

Seminário Prevenção dos castigos corporais e humilhantes na primeira Infância: a experiência de um projeto piloto.

 

Prezados amigos e parceiros,

No próximo dia 5 de dezembro, a Rede Não Bata Eduque e a Fundação Xuxa Meneghel convidam para o Seminário Prevenção dos castigos corporais e humilhantes na primeira Infância: a experiência de um projeto piloto.

Na ocasião compartilharemos experiências de prevenção ao uso do castigo corporal e tratamento humilhante para Primeira Infância no município do Rio de Janeiro e os resultados do projeto piloto "Sensibilizando os profissionais da Educação Infantil na prevenção do castigo corporal contra crianças".

O evento acontecerá no Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos, Rua Engenheiro Trindade, nº 229 - Campo Grande, Rio de Janeiro.

Contamos com sua presença!

Castigos Fisicos PROJETO PILOTO

 

Um abraço,

Marcia Oliveira

Cordenação da Rede Não Bata Eduque

10 de nov. de 2012

O que aprendi com meus irmãos autistas por Faith Judge

 

Estimado leitor deixo com você nesse domingo o comovente relato de Faith Judge sobre o que ela aprendeu com seus dois irmãos autistas.

 

O que aprendi com meus irmãos autistas

“A normalidade desconsidera a beleza que as diferenças nos traz e que o fato de sermos diferentes não significa que um de nos esteja errado. Significa apenas que há um tipo diferente de certo. E se eu puder dizer ao Remi apenas uma coisa e ao Sam e para vocês, é que vocês não precisam ser normais. Vocês podem ser extraordinários” (Faith Judge).


 

Veja no link a seguir o discurso completo de Faith Judge no TED CONVERSATIONS

 

Enviado por Walderes Brito, jornalista e doutorando do Programa de Pós-gradação da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Goiás em 5 de novembro de 2012.

Wanderlino Nogueira, candidato brasileiro ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU ganha apoio de países em Nova York

 

Prêmio Neide Castanha 2012 29Socializando...

Noticias quente e recentes de Wanderlino Nogueira (parceiro de prêmio Neide Castanha) e que agora é candidato mor ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU, um brasileiro que conta com nosso apoio, para esta vaga - que muito nos honrará. Que tudo dê certo!

Abraços de Maria Luiza Moura 


 

Dos 192 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil conseguiu o apoio de aproximadamente 115 países, em favor da candidatura brasileira ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU.

 

Wanderlino Nogueira Neto

Candidato brasileiro ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU - Wanderlino Nogueira Neto

Entre os dias 17 a 26 de outubro de 2012, o candidato brasileiro ao Comitê dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), Wanderlino Nogueira Neto, esteve em Nova York (EUA), para cumprir a agenda de acordos bilaterais do governo brasileiro junto à ONU.

Durante os nove dias o candidato brasileiro participou de 65 encontros, no qual foram realizadas negociações/entrevistas diplomáticas bilaterais entre países da América do Sul, América do Norte, Europa, África, Ásia e Oceania, em favor da candidatura do Brasil ao Comitê dos Direitos da Criança da ONU (Genebra).

No encontro, o governo brasileiro expôs aos países integrantes da ONU, a longa e aprofundada experiência de Wanderlino Nogueira nas áreas governamental, não governamental e acadêmica; bem como do anuncio formal de sua candidatura feita pela própria presidenta Dilma Roussef, na Conferência Nacional de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, diante de aproximadamente três mil pessoas.

Por sua vez, o candidato teve a oportunidade de apresentar aos diplomatas estrangeiros suas ideias e posições sobre o reconhecimento e a garantia dos direitos fundamentais da criança, no mundo, expondo a necessidade de se centrar a promoção e a defesa dos direitos da criança na perspectiva dos Direitos Humanos, bem como garantir que os órgãos de tratado da ONU possam dialogar mais entre si sobre a temática dos direitos humanos: mulheres, pessoas com deficiência, populações tradicionais etc. Wanderlino neto defendeu a participação proativa e propositiva de crianças e adolescentes no setor social, político e jurídico, garantindo-lhes os direitos à participação como direitos humanos, prioritariamente. Destacou também a necessidade de que o Comitê considere as peculiaridades socioculturais de cada país, adequando-se a eles nacionalmente os instrumentos e mecanismos universais de promoção e proteção de direitos humanos.

O candidato brasileiro declarou que o encontro superou a suas expectativas. “O encontro superou as minhas expectativas. Os diplomatas estrangeiros entregaram notas de apoio formal e outros deram parecer favorável e irão consultar as suas chancelarias. Conseguimos aproximadamente o apoio de 115 países dos 192 que integram a ONU” ressalta Wanderlino.

Segundo a Missão Permanente do Brasil junto à ONU, o candidato Wanderlino Nogueira já tem o apoio formalizado dos 09 países do MERCOSUL e dos países da Comunidade Africana Luso-Fone (PALOP – países africanos de língua oficial portuguesa).

A missão teve o acompanhamento do corpo diplomático brasileiro, entre eles, a Embaixadora Maria Luiz Viotti, o Adido encarregado de candidaturas na Missão Permanente do Brasil junto à ONU, Paulo Caruso, como também a Subsecretária dos Direitos da Criança da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da Republica, Angélica Goulart e seu Chefe de Gabinete George Lima. As eleições da ONU estão previstas para o dia 18 de dezembro de 2012.

7 de nov. de 2012

Violência na infância: para além das consequências psicológicas

 

cerebro e violencia

Estimado leitor,

Posto abaixo um fragmento do capítulo “Agressividad y Violência” do livro “El laberinto de la Violência” coordenado por José Sanmartín - ex catedrático de Lógica e Filosofia da Ciência da Universidade de Valência e ex diretor do Centro Rainha Sofia de Estudos da Violência. Nesse pequeno texto José Sanmartín elucida como a violência pode afetar a morfologia e fisiologia cerebral de uma criança.

 


“(...) há sempre mais que meras consequências psicológicas de um maltrato infantil que podem abordar-se com medidas psicoterapêuticas eficazes (SANMARTÍN, 2002). Certamente, hoje começamos a saber que o maltrato infantil pode levar alterações no desenvolvimento básico da anatomia e da fisiologia cerebral. E não me refiro só ao maltrato físico, ainda que seja ele que vou abordar a seguir.

Há pais e outras pessoas que agitam fortemente a criança para fazê-la calar, castigá-la, etc. A criança sacudida pode sofrer lesões cerebrais importantes. O sacudir pode, por exemplo, romper as conexões entre o sistema límbico e o córtex pré-frontal, mais exatamente as que medeiam a amígdala e algumas áreas do córtex pré-frontal, como a orbitofrontal ou a ventromedial. Os golpes reinterados na cabeça da criança podem causar essa mesma ruptura cuja consequência principal é que o circuito da agressividade fica fora do controle do córtex pré-frontal, pois é ele que exerce o controle consciente desse referido circuito. As emoções se escapam, assim, da regulação que se impõem pela razão. E, em circunstâncias que a amígdala não é suficiente para manter o equilíbrio entre os mecanismos inatos que ativa a agressividade e aqueles outros, também inatos, que a controla, o comportamento do indivíduo talvez se torne muito danoso e destrutivo (PINCUS, 2001; PERRY, 1996; PERRY & POLLARD, 1998).

Mas não só o sacudir e os golpes na cabeça podem danar o cérebro de uma criança de forma, em certas circunstâncias, irreparável. Também o fazem o maltrato emocional e, em geral, todo tipo de maltrato, cuja consequência primeira, biologicamente falando, seja o incremento do cortisol no sangue.

Em efeito, como antes indiquei, o hipotálamo, através da hipófises, faz chegar ao córtex suprarrenal as ordens pertinentes para se secrete o cortisol, hormônio que incrementará o estado de tensão do organismo antes de determinada circunstâncias. O cortisol, despejado na corrente sanguínea, alcança o hipocampo (…), entre outras estruturas. Quando isso sucede, o hipocampo envia sinais ao hipotálamo para que cesse a ordem de secreção deste hormônio. Existem circunstâncias em que a amígdala segue com força ordenando ao hipotálamo que prossiga a secreção do cortisol, este por sua vez ignora os sinais em contrario emitidos pelo hipocampo. Sofrer maltrato gera circunstâncias desse tipo. E é bem certo que a presença excessiva do cortisol [hormônio do stress] no sangue pode acabar danando o hipocampo, um dos poucos lugares onde há neurogênese* e que executa um papel decisivo na implementação da agressividade (TEICHER, 2000).

Em efeito, o hipocampo é encarregado de integrar em um contexto os diversos estímulos sensoriais que desencadeiam uma conduta agressiva. (…) um ser humano com lesões no hipocampo pode deixar de sentir medo em contextos de riscos, com as consequências nefastas a que ele pode dar lugar” (SANMARTÍN, 2004).

 

Veja mais sobre a pesquisa de TEICHER AQUI

*Ver sobre neurogênese Aqui


REFERENCIAS:

SANMARTÍN, José. El laberinto de la violencia. Causas, tipos y efectos. José Sanmartin (coord.). 2ª Edição. Editorial Ariel: Barcelona, 2004.

THEICHER, M. H. (2000): “Wounds that time won’t heal: the neurobiology of hild abuse”, Cerebrum (Dana Press), 2(4): 50-67.

4 de nov. de 2012

O que é educar uma criança?

Estimado leitor do Blog,

Nesse domingo deixo com você o documentário que registra a delicada e corajosa proposta pedagógica do professor Toshiro Kamamori. Com alegria e sem medo de enfrentar os conflitos inerentes à ação educativa, Kamamori busca ensinar a seus alunos a verdadeiramente pensar nos demais.

 

“Deja que la gente viva en tu coración”.

 

Atenção: não encontrei o documentário “pensando en los demas” legendado em português. No vídeo acima o audio está em catalão, mas acredito que é possível acompanhar o documentário pela legenda em amarelo que está em espanhol.

 


Contribuição: Asignatura: Saberes Pedagógicos y Entornos Compejos. Bloque I: Experiencia Educativa y Saber Didáctico-  Universidad de Barcelona. Profesor: José Contreras

1 de nov. de 2012

Humilhações e crueldades no jardim de infância: professora chinesa publica fotos de seus abusos na internet.

“Era apenas por diversão

Professora chinesa 1

Sem regato ou dissimulação, a satisfação de provocar sofrimento está estampada na cara da professora.

 


Para Norbert Elias (1994), a satisfação direta e espontânea pela crueldade nem sempre foi condenada socialmente como um delito ou crime, ao contrário, em certos períodos da história, ela era incentivada. A luta mortal entre os gladiadores na Roma antiga e a pena do suplício na idade média são exemplos de como a tortura, a dor do outro era popular. O prazer de provocar ou observar a dor alheia foi pouco a pouco sendo retirado da cena pública. No entanto, esse tipo de prazer ainda está preservado na vida privada, em muitos casos, ele assume uma “justificação racional ou disfarce como castigo ou meio de disciplinar” (ELIAS, 1994, p. 201).


 

Professora chinesa 2

 

Professora chinesa 3

 

Enviado por Ruth Catarina, professora doutora do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás em 26 de outubro de 2012.

Fonte: Le monde.fr em 25 de outubro de 2012.


REFERÊNCIA:

ELIAS, Norbert. O processo civilizador – uma história dos costumes. Tradução de Ruy Jungmann; revisão e apresentação Renato Janine Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. v. 1.