Com a câmara na mão e a herança paterna, Glaube Rocha se
preocupava com a identidade latina americana que transcende fronteiras, Eryk
Rocha atravessa a tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia para se
encontrar com a cultura ancestral por parte dos quéchuas, aymaras e outros
povos nativos.
“Pachamama consolida o que eu chamo de trilogia da
política, do imaginário e da terra, e o que uni os três filmes é a multidão.
Talvez o que une Pachamama com a Pedra que Voa é a tentativa de desfronteirizar
o real e o imaginário, o sonho e a realidade, tudo está amalgamado dentro de
nós, não há limite entre essas forças, essa divisão é filha do racionalismo
europeu, vem de uma ideia monoteísta. Vem de uma ideia dualista que separa o
corpo e a mente. Para os indígenas, a fantasia é a mais viva realidade. Rocha
que Voa reflete essas questões através da montagem, e acho que Pachamama através
da minha relação com a câmara, que está integrada ao meu corpo, minha
respiração, no pulsar de meus órgãos, a câmara é um prolongamento de meu corpo”
(Entrevista de Eryk Rocha ao Estadão – 25 de fevereiro de 2010).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Adoraria ver publicado seu comentário, sua opinião, sua crítica. No entanto, para que o comentário seja postado é necessário a correta identificação do autor, com nome completo e endereço eletrônico confiável. O debate sempre será livre quando houver responsabilização pela autoria do texto (Cida Alves)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Adoraria ver publicado seu comentário, sua opinião, sua crítica. No entanto, para que o comentário seja postado é necessário a correta identificação do autor, com nome completo e endereço eletrônico confiável. O debate sempre será livre quando houver responsabilização pela autoria do texto (Cida Alves)