11 de jan. de 2020

Pachamama de Eryk Rocha, 2008





Com a câmara na mão e a herança paterna, Glaube Rocha se preocupava com a identidade latina americana que transcende fronteiras, Eryk Rocha atravessa a tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia para se encontrar com a cultura ancestral por parte dos quéchuas, aymaras e outros povos nativos.





“Pachamama consolida o que eu chamo de trilogia da política, do imaginário e da terra, e o que uni os três filmes é a multidão. Talvez o que une Pachamama com a Pedra que Voa é a tentativa de desfronteirizar o real e o imaginário, o sonho e a realidade, tudo está amalgamado dentro de nós, não há limite entre essas forças, essa divisão é filha do racionalismo europeu, vem de uma ideia monoteísta. Vem de uma ideia dualista que separa o corpo e a mente. Para os indígenas, a fantasia é a mais viva realidade. Rocha que Voa reflete essas questões através da montagem, e acho que Pachamama através da minha relação com a câmara, que está integrada ao meu corpo, minha respiração, no pulsar de meus órgãos, a câmara é um prolongamento de meu corpo” (Entrevista de Eryk Rocha ao Estadão – 25 de fevereiro de 2010).







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Adoraria ver publicado seu comentário, sua opinião, sua crítica. No entanto, para que o comentário seja postado é necessário a correta identificação do autor, com nome completo e endereço eletrônico confiável. O debate sempre será livre quando houver responsabilização pela autoria do texto (Cida Alves)