16 de nov. de 2014

Casa Grande e Senzala – Gilberto Freyre, o Cabral moderno

“(...) maior lição que o Brasil estava dando ao mundo e que devia ser seguida: a mistura de raças e culturas”.
Arnold J. Toynbee, citado por Gilberto Freyre no Congresso Brasileiro de Psicanálise d'A Causa Freudiana do Brasil, realizado no Rio de Janeiro em 1985

Casa Grande & Senzala em Quadrinhos

Acesse a versão em quadrinhos da obra Casa-Grande & Senzala AQUI

 


“Até ‘Casa-Grande & Senzala’ não havia uma obra tão dinâmica, colorida, intensa e sensual sobre a sociedade brasileira.

Embora, ao dissecar as pulsões da sociedade patriarcal, Freyre tenha deitado o Brasil no divã freudiano, seu fabuloso livro não se resume à incorporação do sexo e da psicanálise ao discurso histórico.

‘Casa-Grande & Senzala’ fez mais: embebeu o país nas novidades da microistória – nas deliciosas e reveladoras minúcias da vida cotidiana e da vida privada -, inaugurando a história social no país e concebendo tom literário, quase proustiano, a uma historiografia até então quase que inteiramente positivista.

Embora o livro tenha rompido alguns pressupostos racistas, fazendo o elogio da mestiçagem e desvendando ‘o sorriso do mulato’, criou outros contribuindo para a construção do mito da ‘doce colonização’, da ‘democracia racial’ e de um ‘pais sem preconceito’” (Documentário Casa-Grande & Senzala dirigido Nelson Pereira dos Santos).

 

 

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