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É a melodia que vamos brilhar
Es la melodía que va a brillar
“A covardia não merece aplausos, o perverso revide porque não suportou a rejeição de uma mulher não merece acenos de consentimento”
Cida Alves
“Começa com jogos eróticos: um casal faz e troca vídeos e fotos íntimas. São artefatos de memória, para guardar, rever, rir, e ninguém tem nada com isso. Um dia, o relacionamento acaba. Então um covarde ex decide se apropriar do que era só de dois e mostrar para muitos. Os rastros do ex estão lá: gravando, fotografando, interagindo, divulgando. Mas isso parece não importar, porque a multidão de espectadores compartilha com o ex a idea de que o que homem faz na cama, mulher não pode fazer. Enquanto o ex desaparece da cena, a mulher tem a vida devastada. Perde o emprego, não consegue estudar, vê amigos sumirem”.
Pornografia de vingança
Ela decidiu se filmar e fotografar para o namorado — uma brincadeira erótica que poderia ficar entre os dois se transformou em um pesadelo. São tantas as mulheres vítimas da chamada pornografia de vingança que não temos nomes para todas. Um pacto de confiança em uma relação íntima é quebrado e se traduz em mais uma forma de violência contra a mulher. Sim, as vítimas são mulheres em sua maioria. E os homens que praticam o ato violento de expor suas ex-mulheres ou ex-namoradas não são questionados: a culpa é da mulher que ousou viver a sua sexualidade.
"Fez porque quis". (SQN!)
Começa com jogos eróticos: um casal faz e troca vídeos e fotos íntimas. São artefatos de memória, para guardar, rever, rir, e ninguém tem nada com isso. Um dia, o relacionamento acaba. Então um covarde ex decide se apropriar do que era só de dois e mostrar para muitos. Os rastros do ex estão lá: gravando, fotografando, interagindo, divulgando. Mas isso parece não importar, porque a multidão de espectadores compartilha com o ex a idea de que o que homem faz na cama, mulher não pode fazer. Enquanto o ex desaparece da cena, a mulher tem a vida devastada. Perde o emprego, não consegue estudar, vê amigos sumirem.
Em mais um recente caso de "pornografia de vingança", meninas e mulheres de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul tiveram imagens íntimas distribuídas pelos ex-parceiros pelo aplicativo WhatsApp. As fotos correram os celulares da pequena cidade e as vítimas passaram a ser perseguidas e humilhadas pela exposição. O dono do maior jornal local chegou a publicar que as garotas "mereciam uma boa cinta de couro de búfalo com uma fivela de metal fundido".
O que tem de novo nesse enredo? O discurso que culpa a mulher pela exposição de que foi vítima? Não é novo. A moral sexual masculina, que rejeita mulheres protagonistas de seu prazer? Não é nova. O fato de que nada se fala sobre o agressor? Não há novidade nisso também. O uso de redes sociais? Ah sim, isso sim. Há quem diga que o enredo é de pornografia de vingança. Nós dizemos que é violência contra mulheres.
A humilhação é só para as mulheres
O nome pornografia de vingança não pode enganar: o compartilhamento indevido de fotos e vídeos íntimos é só mais uma forma de violência contra as mulheres. Os casos são muito semelhantes: meninas e mulheres envolvidas numa relação de confiança trocam fotos e vídeos de caráter íntimo com seus parceiros. O que deveria ser apenas um jogo erótico entre duas pessoas se torna um pesadelo quando o relacionamento amoroso se rompe e esse material passa a circular nas redes sociais de forma não consentida, como uma vingança do ex-parceiro. Para as mulheres, tem início um julgamento moral intenso, uma vez que sua intimidade expressa em fotos e vídeos estaria quebrando regras da moralidade sexual. As mulheres então seriam consideradas promíscuas e culpadas da violação da privacidade da qual foram vítimas.
Os homens, autores dos compartilhamentos, não são afetados como as mulheres e meninas por essa exposição de caráter íntimo, pois a humilhação que a pornografia de vingança tem como objetivo só se concretiza para aquelas que, sob um regime de gênero, não podem vivenciar desejos e prazeres sexuais de forma livre. Isso faz com que as mulheres tenham de ser cada dia mais cuidadosas, mais desconfiadas, e as impede de expressar a própria sexualidade da forma como quiserem. Dos homens, nada se fala, pois a sua sexualidade não precisaria ser limitada. Essa pretensa solução é só mais uma reprodução do velho discurso machista que há muito controla corpos de mulheres e silencia sobre a violência dos agressores. Para romper essa lógica perversa, a saída é muito simples: ensinar os homens a não violentar.
Assistem os vídeos nos link abaixo:
Fonte: Vozes da Igualdade
Colaboração: Solange Drumond Lanna, Vitória (ES).
“A paixão mora aqui. Não é sempre verdade? O coração é o que nos motiva e determina nosso destino. Isso é o que preciso para meus personagens em meus livros: um coração apaixonado. Eu preciso de não-conformistas, dissidentes, aventureiros, forasteiros e rebeldes, que questionem, subvertam as regras e assumam riscos. Pessoas como todos vocês nessa sala. Pessoas boazinhas com bom senso não são personagens interessantes” (Isabel Allende).
Acesse o trailer legendado em português AQUI
Ver traile subitulado en español AQUÍ
"La pasión vive aquí". ¿No es siempre así? El corazón nos guía y determina nuestro destino. Esto es lo que necesito para los personajes de mis libros: un corazón apasionado. Necesito inconformistas, disidentes, aventureros, forasteros y rebeldes, que hacen preguntas, tuercen las reglas y toman riesgos. Gente como todos los que están en este auditorio. La gente simpática y con sentido común no son personajes interesantes" (Isabel Allende).
“Histórias de paixão” de Isabel Allende – Narrativa completa AQUI
“Historias de pasión” de Isabel Allende – Narrativa completa AQUÍ
Foto capturada no Tecnoblog
“La formación de los profisionales debe comenzar por sus propias experiências personales. Una de las clave esenciales para trabajar el tema de violencia es que los profesionales necesitan obtener claridad sobre el tema de forma personal antes de poder trabajar sobre él como profesionales. Los câmbios actitudinales y de comportamiento en cualquier tema implican um enganche afetivo, tanto más en el tema de la violencia, a la que están tan acostumbrados que a veces ni siquiera la perceben como tal al vivirla” (HORNO, 2009, p.117).