9 de jan. de 2015

“Bata nela!”- Minidocumentário contra violência de gênero mostra as surpreendentes respostas de 9 meninos (“Slap her": children's reactions)

“Em campanha anti-violência contra a mulher, jornalista italiano pede que garotos de seis a onze anos deem um tapa em menina desconhecida. E a resposta foi unânime: ‘Não’. Já os motivos variam – e surpreendem!

‘O que acontece quando colocamos um menino diante de uma menina e pedimos para que ele bata nela?’ Com este questionamento em mente, o jornalista italiano Luca Lavarone decidiu reproduzir a cena em questão frente às câmeras com meninos de seis a onze anos, em um minidocumentário recém-divulgado e intitulado ‘Slap her!’ (Bata nela!).

Para iniciar o experimento, Luca pergunta aos meninos qual o nome, idade e o que querem ser quando crescer.

‘Bombeiro’, ‘Jogador de Futebol’, ‘Padeiro’, ‘Policial’, ‘Pizzaoilo’, disseram sem titubear.

Na sequência, Martina, uma garota tão jovem quanto eles, entra em cena. A postos, diante dela, eles seguem respondendo às perguntas do câmera... - O que você gosta nela?
- Eu gosto dos olhos.
- Dos sapatos e das mãos.
- Seus olhos, seus cabelos.
- Só do cabelo, eu juro!
- Tudo..

A garota se depara inclusive com um pedido de namoro. Na sequência, eles são incentivados a acariciar Martina e, depois, a fazer uma careta para a garota.

Mas eis que todos são surpreendidos com seguinte pedido: ‘Bata nela’. E sem hesitar, a resposta é unânime: ‘Não’. Logo em seguida, o jornalista questiona um a um sobre a negativa. E as respostas surpreendem:

‘Porque ela é uma menina, não posso fazer isso’;
‘Porque ninguém deveria bater em meninas’;
‘Não quero machucá-la’;
‘Jesus não quer que a gente bata nos outros’;
‘Primeiramente, não posso agredi-la, porque ela é bonita e é uma menina. Como dizem, ‘meninas não devem apanhar, nem com uma flor’;
‘Porque sou contra a violência’;
‘Porque sou homem’.

Com o experimento, Luca pretendia descobrir a reação de crianças em relação à violência contra a mulher, entender como isso muda ao longo do amadurecimento e conscientizar.


Fonte: Marie Claire em 05 de janeiro de 2015

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